Repórter recebe ameaças após criticar Vinicius Jr.
María Moran revelou as mensagens ofensivas por meio de suas redes sociais e já acionou a polícia
Jornalista da BeIN Sports e da Gol TV, a espanhola María Moran denunciou ameaças de estupro e ataques a sua filha sofridas nesta semana após pergunta feita ao técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid, sobre Vinicius Júnior, constantemente alvo de racismo nos jogos do futebol espanhol. A repórter revelou as mensagens ofensivas por meio de suas redes sociais e já acionou a polícia.
Na segunda-feira, em entrevista coletiva, a jornalista perguntou a Ancelotti "se Vini Jr. deveria receber um cartão vermelho como aprendizado pelos constantes protestos contra a arbitragem". Em resposta, o treinador defendeu o atacante, ao afirmar que o número de amarelos que recebe da arbitragem já é "mais do que suficiente". Desde então, María recebeu ataques da torcida do Real Madrid por meio de suas redes.
A repórter publicou nas suas redes algumas das mensagens que recebeu nos últimos dias. Além de ameaças de estupro, María foi chamada de "prostituta". Sua filha, fruto da relação com o goleiro holandês Jasper Cillessen, também foi alvo de ataques.
"Esses são alguns dos muitos comentários que venho recebendo por exercer meu trabalho como jornalista. Minha filha tem 18 meses", escreveu a repórter em suas redes sociais. "(Mensagens dizendo) Que me estuprariam, que a minha filha é bastarda, insultos a um bebê... tudo está denunciado junto à Polícia Nacional."
Esta não é a primeira vez que María vem a público se defender. Em março, revelou que Cillessen a havia abandonado após dar a luz a sua filha. A advogada da jornalista, em entrevista ao jornal Marca, disse que a bebê foi abandonada pelo jogador ainda no hospital e que o avô de Maria pagou todos os custos relacionados à internação - cerca R$ 6,6 mil.
"Tive que ficar calada, não levantar a voz por medo de perder o emprego, por medo de perder você (sua filha). Porque infelizmente as ameaças neste país, na maioria das vezes, se concretizam", escreveu a repórter em suas redes sociais à época. Hoje com 34 anos e no NEC Nijmegen, da Holanda, Cillessen tem passagens pelo Valencia e pelo Barcelona.