Vigília: Grupo acende velas e denuncia morte de internos

Ato público foi realizado na escadaria do Palácio do Campo das Princesas e denunciou 28 mortes de adolescentes dentro das unidades de ressocialização de Pernambuco

por Eduarda Esteves ter, 16/08/2016 - 09:40
Reprodução/Facebook Grupo deixou a escadaria do Palácio do Campo das Princesas com velas acesas para lembrar dos 28 adolescentes mortos dentro do sistema de ressocialização de PE Reprodução/Facebook

No fim da tarde da segunda-feira (15), integrantes do Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Pernambuco (DCA/PE) realizaram um ato público para denunciar a situação atual do sistema de ressocialização de adolescentes de Pernambuco. O grupo se reuniu na Praça da República e seguiu para o Palácio do Campo das Princesas, área central do Recife.

Durante o ato, os participantes de todas a regiões do Estado se reuniram em um grande círculo na frente da sede da gestão estadual e criticaram a violência dentro do sistema socioeducativo pernambucano. A principal denúncia é de que, de acordo com o Fórum DCA, de 2012 até 2016, 28 adolescentes foram assassinados dentro das unidades da Funase de Pernambuco.

Por fim, o grupo protocolou e entregou na sede do Governo do Estado uma Nota Pública, na qual explica os motivos do protesto e pede o fim do descaso e medidas mais efetivas do Estado, que são responsáveis pelos internos. Após entregar o documento, os participantes acenderam velas e as deixaram acesas na escadaria do Palácio do Campo das Princesas. O intuito era lembrar dos jovens que perderam a vida pela irresponsabilidade da gestão.

No documento entregue e direcionado a Paulo Câmara, intitulado "Sobre a falência do Sistema Socioeducativo e as mortes nas Unidades de Internação do Estado de Pernambuco", o Fórum pediu garantia dos direitos. "No Estado de Pernambuco, a política de garantia de Direitos Humanos para adolescentes inseridos no sistema socioeducativo em cumprimento da medida de privação de liberdade se define em política que prende e julga e em vez de ressocializar, mata".

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