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Depois de três anos sem casos, o Estado de São Paulo já registrou duas mortes por febre amarela desde janeiro. São quatro casos confirmados e, em dois, os pacientes se recuperaram, segundo a Secretaria de Saúde do Estado. Em todo o Brasil, foram cinco casos e três mortes por febre amarela até agora. Os registros deste ano já superam todas as notificações de 2022, quando houve quatro casos e dois óbitos.

A doença é transmitida pela picada de mosquitos. Grave e muitas vezes letal, a febre amarela pode ser prevenida pela vacinação. A pasta estadual recomendou que todos municípios intensifiquem a vacinação para evitar o avanço da doença. Segundo a secretaria, as duas vítimas não haviam sido imunizadas. O Estado não registrava casos desde o início de 2020, quando um caso, com provável infecção em Santa Catarina, foi confirmado.

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O surto ocorre na região de São Carlos, no centro-leste do Estado, e atinge quatro municípios paulistas, dois deles na divisa com Minas. O óbito mais recente aconteceu em 30 de abril e vitimou um homem de 44 anos, morador de São João da Boa Vista. O caso só foi confirmado na última sexta-feira, 26, após exames. Embora residente na Vila Valentin, na área urbana, ele esteve na zona rural antes de apresentar sintomas.

A prefeitura informou ter feito mutirões para vacinar toda a zona rural. Além disso, o Departamento de Saúde de São João da Boa Vista realiza há uma semana a nebulização contra os mosquitos transmissores da febre amarela em bairros periféricos da área urbana. A cidade não tinha casos de havia sete anos.

Outro óbito foi registrado em São Sebastião da Grama, em fevereiro, mas só foi confirmado na semana passada. Na quinta-feira, 25, a prefeitura usou sua página no Facebook para comunicar a ocorrência. "A Gerência de Saúde alerta toda população que houve um óbito causado por febre amarela. A única maneira de prevenção é com a vacina", postou, pedindo aos não vacinados para se dirigirem ao Centro de Saúde.

A vítima era moradora de Monte Santo de Minas, na divisa com São Paulo, mas foi internada e morreu na cidade paulista. Em fevereiro, outro paciente pegou a doença em São Sebastião da Grama, mas se recuperou. Ele era morador de Mococa, cidade vizinha.

Em 29 de março, depois de encontrar um macaco-prego morto com o vírus da doença na zona rural, a prefeitura de Mococa realizou mutirão de vacinação em 31 propriedades rurais, entre sítios e fazendas.

O primeiro caso paulista de febre amarela deste ano aconteceu em janeiro, em Vargem Grande do Sul, na divisa com Minas. O paciente, de 73 anos, foi internado em estado grave, mas se recuperou. A prefeitura mobilizou equipes e vacinou 113 moradores da zona rural, vizinhos da vítima. No lado mineiro, a Secretaria de Saúde registrou a morte, em março, de um trabalhador rural de 41 anos, morador de Monte Santo de Minas. O paciente havia se deslocado para o interior de São Paulo antes de apresentar os sintomas.

Vacina pode ser tomada gratuitamente

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que, desde o primeiro caso confirmado em janeiro, a pasta, junto com os municípios, reforçou a vacinação nas regiões, realizando investigação epidemiológica e ambiental dos locais prováveis de infecção, além da investigação da presença dos insetos e coleta de material biológico de material de macacos para exames. Todos os municípios do Estado foram alertados para detectar precocemente casos suspeitos.

A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário de imunização e as doses estão disponíveis, gratuitamente, em todos os postos de saúde do Estado. A 1ª dose deve ser aplicada aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. A partir dos 5 anos, para aqueles que não estão com a vacina em dia, é recomendada dose única.

Ainda segundo a pasta, a cobertura vacinal foi de 82% no Estado nos três primeiros meses deste ano. Em 2022, o índice ficou em 64,4%. Para quem mora no interior, a imunização é imprescindível, diz a secretaria. "A vacina da febre amarela tem um período de 10 dias para criar anticorpos. Desta forma, para quem frequenta zona de mata, acampamentos, trilhas e cachoeiras é de suma importância a imunização o quanto antes", disse, em nota.

No Estado de São Paulo, desde que a doença reemergiu em 2016 e avançou pelo interior, todo o Estado é considerado área de risco, com recomendação de vacina. Naquele ano, foram 648 casos e 230 óbitos.

Conforme o Ministério da Saúde, a vacinação contra a febre amarela está indicada para todo território nacional no calendário de rotina dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). O público-alvo do imunizante é todo cidadão residente no Brasil ou estrangeiro em visita, com idades entre 9 meses e 59 anos. A indicação é de ao menos uma dose de vacina após os cinco anos de idade - crianças que receberam a dose aos 9 meses devem receber um reforço aos 4 anos de idade.

A cobertura vacinal este ano no País está em 48,7%, ante 60,6% no ano anterior. Ainda segundo o ministério, o Programa de Vigilância da Febre Amarela Silvestre atua com diferentes áreas para impedir a transmissão urbana e detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle. Desde 2019, houve 31 óbitos no País pela doença.

Tire suas dúvidas

1. Como é transmitida? Pela picada de mosquitos portadores do vírus de febre amarela. Em regiões de campo e floresta, o principal mosquito transmissor é o Haemagogus. O vírus também pode ser transmitido pelo Aedes aegypti, na forma urbana da doença. Casos de transmissão urbana, no entanto, não são registrados no País desde 1942.

2. A febre amarela é transmitida de pessoa para pessoa?

Não.

3. Qual é o papel dos macacos na transmissão?

Primatas podem se contaminar com o vírus, exercendo também o papel de hospedeiros. Se picados, os animais transmitem o vírus para o mosquito, aumentando, assim, as chances de propagação da doença.

4. Quais sintomas provocados pela febre amarela?

A febre amarela é classificada como doença infecciosa grave. Provoca calafrios, dor de cabeça, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Os primeiros sintomas aparecem entre 3 a 6 dias depois da infecção.

5. Qual é a evolução da doença?

Para maior parte dos pacientes, os sintomas perdem a intensidade a partir do 3º ou 4º dia da infecção. Em alguns casos, porém, a doença entra em sua fase considerada tóxica.

6. O que ocorre nos casos graves?

Cerca de 10% dos pacientes desenvolvem a forma grave da doença. Ela geralmente ocorre após um período breve de melhora dos primeiros sintomas. A febre reaparece, há hemorragias, insuficiência hepática, insuficiência renal. Um dos sintomas é a coloração amarelada da pele e do branco dos olhos. Também não é incomum pacientes apresentarem vômito com sangue, sintoma da hemorragia. Cerca de 50% dos pacientes que desenvolvem a forma grave morrem num período entre 10 e 14 dias.

7. Qual é o tratamento? Não há tratamento específico.

A medida mais eficaz é a vacinação, para evitar a contaminação da doença.

8. Posso me vacinar a qualquer hora?

Sim, a imunização é oferecida na rede pública de saúde e pode ser procurada a qualquer momento do ano.

9. Quais são as reações possíveis à vacina?

Os efeitos colaterais graves são raros. Mas 5% da população pode desenvolver sintomas como febre, dor de cabeça e dor muscular de 5 a 10 dias. É infrequente a ocorrência de reações no local da aplicação.

10. A vacina deve ser tomada por toda a população?

A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, pessoas imunossuprimidas e com reação alérgica a ovo. Idosos acima dos 60 anos, gestantes, pessoas portadoras do vírus HIV ou com doenças hematológicas devem consultar um médico antes de se vacinar.

11. Já sou vacinado. Preciso repetir a dose?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, estudos mostram que uma só aplicação é capaz de dar imunidade por toda a vida. O Brasil era o único país a adotar ainda o esquema vacinal em duas doses. Em caso de dose fracionada, uma nova vacina deve ser tomada após nove anos.

12. Quem tomou a vacina em dose integral há mais de dez anos deve tomar de novo?

Desde 2017, o Ministério da Saúde adota a resolução da OMS: apenas uma dose é suficiente para proteger durante a vida toda. Sobre a possibilidade de contaminação mesmo tendo tomado a vacina, o Ministério da Saúde diz que "algumas pessoas podem não desenvolver anticorpos suficientes para proteger contra a doença, essa é uma situação rara, mas pode acontecer, por isso destacamos que a imunidade é entre 95% a 99%, ou seja, essa variação de 5% significa que não vai proteger entre 1% a 5% da população mesmo sendo vacinada." Apesar da polêmica em torno do número de doses, do ponto de vista burocrático e internacional, os viajantes precisam ter tomado apenas uma dose integral na vida para obter o certificado.

13. Quando o viajante deve tomar a vacina contra a febre amarela?

A vacina é essencial para quem viaja a áreas endêmicas dentro do País. Segundo o Ministério da Saúde, hoje são: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Algumas delas, porém, apresentam mais riscos do que outras. E também para alguns países que exigem o certificado internacional de vacinação - Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) - como forma de se protegerem da disseminação da doença.

Três homens acusados de matar dois presos em 2017, dentro da Penitenciária de Tupi Paulista, interior de São Paulo, foram condenados a penas que chegam a 48 anos de reclusão em regime fechado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado. A sentença foi definida na semana passada pelo Tribunal do Júri, realizado na Comarca de Tupi Paulista. A decisão cabe recurso e a defesa de dois dos condenados vai pedir anulação do Júri.

O caso aconteceu em 12 de janeiro de 2017. Três homens, identificados como Gerson da Silva Gomes, Alex Laurindo de Oliveira e Eric Vinicius Vicente de Souza, que cumpriam pena na Penitenciária de Tupi Paulista, entraram em confronto com outros dois detentos, Davi de Cássio Horácio e Daniel Sampaio Alves, e teriam cometido o assassinato da dupla dentro de uma cela. Conforme consta nos autos, o crime foi cometido com "extrema brutalidade".

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De acordo com os registros, o grupo teria matado Davi e Daniel por asfixia com uma corda de costurar bola. Em seguida, o trio teria decapitado uma das vítimas e mutilado um dos corpos.

Na época, prisões de Manaus, no Amazonas, e Boa Vista, em Roraima, registraram dezenas de mortes de presos após confrontos entre detentos de diferentes facções criminosas. Os assassinatos na Penitenciária de Tupi Paulista foram os primeiros óbitos a serem registrados prisões paulistas naquele ano.

Na época, os detentos envolvidos no crime declararam que não faziam parte de grupos criminosos e que a briga teria sido motivada porque Davi e Daniel seriam "caguetas", e não por rivalidade entre facções. Mas, para o Judiciário, o trio e as vítimas pertenciam a grupos rivais.

Gerson da Silva Gomes e Alex Laurindo de Oliveira foram condenados a 48 anos de reclusão em regime fechado, enquanto Eric Vinicius Vicente de Souza, que chegou a confessar ter assassinado Daniel, foi condenado a 36 anos e 9 meses de prisão, também em regime fechado.

O juiz Vandickson Soares Emidio considerou que o duplo homicídio foi cometido de forma cruel, sem possibilidade de defesa das vítimas e por motivo fútil. O magistrado também levou em conta os fatos de os crimes terem sido praticados dentro de uma penitenciária e de os três réus já serem reincidentes.

Defesas pedem anulação do Júri

O Estadão procurou a defesa dos condenados. Edson de Moura Cordeiro, advogado de Alex Laurindo de Oliveira, e Rogerio Calazans Plazza, que defende Gerson da Silva Gomes, alegam que os seus clientes não são os autores dos crimes e pedem anulação do Júri.

"Todos os demais 34 detentos que estavam na cela em momento algum se reportaram ao Gerson como autor ou ter tido qualquer participação no homicídio da duas vítimas", afirmou Plazza, que já protocolou recurso de apelação no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Edson Cordeiro também nega autoria do crime por parte do seu cliente e afirmou que não há provas suficientes para incriminar Alex Laurindo. Ele também vai pedir a anulação da sentença. A defesa de Eric Vinicius Vicente de Souza não quis se manifestar.

A polícia de El Salvador prendeu nesta quinta-feira Pedro Hernández, presidente do Alianza, time da primeira divisão do futebol local, e outros dirigentes da equipe, além de funcionários do estádio Cuscatlán, onde morreram 12 torcedores na noite de sábado passado, durante jogo envolvendo o time da casa. Mais de 100 pessoas ficaram feridas na tragédia.

A Procuradoria de El Salvador confirmou nesta quinta-feira as prisões de Pedro Hernández, de Edwin Abarca Ventura, gerente de segurança do Alianza; Zoila Córdova, gerente financeira do clube; Reynaldo Avelar, gerente geral da EDESSA, empresa proprietária do estádio; e Samuel García Montano, responsável pela segurança do local.

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Os detidos vão se apresentar diante da Justiça nos próximos dias e serão processados criminalmente pelos crimes de homicídio culposo, lesão corporal culposa e danos públicos. As acusações se referem todas à tragédia que aconteceu no início da partida entre Alianza e FAS, na noite de sábado, pelas quartas de final do campeonato nacional.

De acordo com as autoridades e depoimentos de testemunhas, centenas de torcedores se revoltaram na entrada do estádio ao não conseguirem entrar, mesmo alegando ter ingresso em mãos. Eles pressionaram o portão, forçaram o acesso e iniciaram uma correria nas arquibancadas, que culminou em 12 mortes e centenas de feridos.

O Ministério Público garantiu que os organizadores da partida venderam mais ingressos do que deveriam. "Depois de esgotarem os bilhetes disponíveis para o evento esportivo, decidiram vender ilegalmente bilhetes emitidos para jogos anteriores", disse o órgão.

Imagens transmitidas pela televisão local mostraram as consequências da debandada dos torcedores do Alianza. Dezenas de pessoas chegaram ao campo, onde receberam tratamento médico. Os torcedores que conseguiram escapar da confusão permaneceram no local, agitando as camisas, tentando aliviar a situação das vítimas que estavam caídas na grama, sem movimento.

O porta-voz do grupo de resgate Comandos de Salvamento, Carlos Fuentes, disse que foram feitos mais de 500 atendimentos no estádio, que tem capacidade para cerca de 35 mil pessoas. As 100 pessoas em estado mais grave foram transferidas para hospitais nacionais e para o Instituto Salvadorenho de Previdência Social, algumas apresentavam sinais de asfixia e outras "diferentes tipos de trauma".

Uma mulher foi presa nesta segunda-feira, 22, sob a suspeita de ter pagado pelo assassinato do pai e do irmão em Votuporanga, no interior de São Paulo. Viviane Moré e o marido, Carlos Ramos, que também foi preso, são acusados de também terem encomendado a morte da mãe dela, mas a genitora havia viajado e não foi encontrada em casa pelos assassinos.

Segundo a Polícia Civil, Viviane planejou eliminar a família para herdar sozinha o patrimônio dos pais, avaliado em R$ 2 milhões. Ela e o marido Carlos Ramos pagariam R$ 30 mil para os autores dos crimes - R$ 10 mil por morte.

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O duplo homicídio aconteceu na madrugada de 11 de maio, no sítio da família. Policiais militares foram ao local depois de receber um pedido de socorro, através de um grupo de vigilância solidária, via WhatsApp. Eles encontraram o proprietário Wladmyr Ferreira Baggio, de 56 anos, e seu filho Vitor Moré Baggio, de 22, amarrados em cadeiras e com os olhos vendados na cozinha do sítio.

Os dois tinham marcas de tiros na cabeça e sinais de espancamento. Wladmyr estava morto e Vitor chegou a ser levado para a Santa Casa da cidade, mas morreu no hospital.

A suspeita inicial foi de latrocínio, pois o carro do sitiante foi carregado com objetos retirados da propriedade. Com a chegada rápida da polícia, os criminosos fugiram por uma mata levando apenas dinheiro e o celular de Wladmyr. Horas depois do crime, dois suspeitos foram presos. Um deles foi visto por testemunhas rondando o sítio no dia anterior.

De acordo com o delegado Rafael Latorre, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o suspeito, de 29 anos, acabou confessando o crime e revelando onde havia escondido um revólver calibre 38, luvas e as roupas usadas na ocasião. Ele apontou também o comparsa, de 34 anos. "O plano era forjar um roubo, mas a polícia chegou muito rápido e não deu tempo. Uma tenente da PM viu a palavra 'socorro' na mensagem enviada pelo Wladmyr e avisou o 190 (telefone de emergência da PM)", disse.

Segundo o delegado, o fato de o suspeito ter assumido sozinho e rapidamente a autoria dos crimes, inclusive confessando ter feito os disparos sem razão para isso, já que os dois estavam amarrados, levantou suspeita. "Fomos à cadeia ouvi-lo novamente e ele acabou dando todos os detalhes, inclusive sobre um encontro que tiveram com os mandantes, três dias antes, em um posto de combustível."

O delegado requisitou as imagens de câmeras do posto e não teve mais dúvidas. "O casal se encontrou com os dois executores no posto e não teve o cuidado de disfarçar, pois nem abasteceu o veículo. Foram até lá só para combinar o crime, que incluía também a morte da mãe dela, mas a senhora tinha viajado para Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul, para visitar sua genitora, que estava doente", disse.

Os executores receberiam R$ 30 mil pelos crimes - R$ 10 mil por assassinato, incluindo o da mãe de Viviane.

Segundo o delegado, o homem assassinado tinha um estabelecimento comercial na cidade e morava com o filho e a esposa na chácara, próxima ao aeroporto de Votuporanga. O patrimônio do casal, entre bens e dinheiro, foi avaliado em cerca de R$ 2 milhões.

"O que o criminoso preso disse é que a mulher tinha desentendimentos com a família e queria eliminar os pais e o irmão para ficar como única herdeira de todo o patrimônio. Houve problema porque a mãe sobreviveu", contou.

O mandado de prisão do casal foi expedido pela justiça de Votuporanga, que também autorizou a conversão da prisão temporária em preventiva. Os dois autores diretos do crime, presos em flagrante, também já tiveram a prisão preventiva decretada. Eles tinham passagens por furto e roubo.

O casal não tinha passagens pela polícia. Os quatro acusados vão responder por latrocínio duplo com agravantes.

Em redes sociais, circula uma postagem feita por Viviane logo após o assassinato do irmão. "Sua jornada infelizmente veio ao fim, que iansã tenha lhe acompanhado em sua passagem e que seja recebido com muitas festas no Orum. Sempre terei contigo somente as boas lembranças", escreveu, citando termos de cultos de matriz africana.

A advogada Mariflavia Peixe de Lima, que assumiu a defesa do casal Viviane e Carlos, disse que os investigados, seus clientes, têm direito à ampla defesa e ao contraditório. "Qualquer afirmação sobre a situação antes de uma sentença transitada em julgado, essa defesa abomina", disse, em nota.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos outros dois acusados.

Nesse Dia das Mães, a Agência Brasil ouviu histórias de mães que lutam pela verdade e pela memória de seus filhos, perdidos na guerra velada que ocorre todos os dias nas periferias das grandes cidades brasileiras. São casos emblemáticos que representam um desafio a ser enfrentado e superado, segundo especialistas ouvidos pela nossa reportagem. 

O Dia das Mães deste ano não vai ser comemorado pela pedagoga Ana Paula de Oliveira, de 46 anos, moradora da favela de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Ela é mãe de Johnatha de Oliveira Lima, assassinado com um tiro nas costas aos 19 anos de idade. Em 14 de maio, há 9 anos, o jovem não voltou mais para casa. 

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“Meu filho não estava no lugar errado, não estava na hora errada, não tinha feito nada de errado, simplesmente era mais um jovem preto dentro de uma favela.”

E, para ela, foi morto pela polícia por ser negro, pobre e morador da periferia. Essa é a maior ferida de Ana Paula Oliveira. Ela conta que no dia do crime o jovem voltava para casa de sua família, após deixar um pavê na casa de sua avó e levar a namorada em casa. O trajeto era curto, pois todos moravam na mesma comunidade, mas o que aconteceu no caminho mudou a vida deles para sempre.  

Uma discussão entre policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e moradores da comunidade, indignados com a truculência policial, terminou com tiros sendo disparados para o alto e na direção das pessoas que protestavam. O jovem, que apenas passava pelo local, sem sequer estar envolvido no conflito, foi atingido e morreu. 

“E aí quando eu recebo essa notícia eu fico perguntando por quê? Por que que a polícia matou meu filho?”, conta a mãe Ana Paula Oliveira. Aparentemente, não havia uma explicação razoável para uma morte tão banal. Demorou um tempo até que ela conseguisse se reerguer para lutar por justiça pelo seu filho.  

Ao participar dos primeiros atos contra a letalidade policial no estado do Rio de Janeiro, a pedagoga se deu conta de que havia algo em comum entre tantas mães, de tantas comunidades diferentes, não só do Rio, mas de todo o Brasil: mães negras vestindo camisetas com fotos dos filhos negros mortos pela polícia. Não era uma mera coincidência.  

Passados 9 anos do crime, Ana Paula continua aguardando uma resposta da Justiça para o crime. “Desde o assassinato eu encontrei outras mães e impulsionadas por uma mesma luta, que é a busca pela verdade e por justiça, por nossos filhos, a gente acabou formando o movimento das Mães de Manguinhos”, explica a pedagoga. 

Brasília (DF) - Gabriela Ashanti ampara uma mãe Foto: Arquivo Pessoal

Rede de apoio 

A quantidade de coletivos de mães que tiveram os filhos assassinados pelo Estado é um indicador de que existe um preconceito estrutural na sociedade, seja pela truculência policial ou pela conivência do Poder Judiciário com tantas mortes sem punição. É o que afirma a jornalista e doutoranda em Direitos Humanos e Cidadania pela Universidade de Brasília (UnB), Maíra de Deus Brito. 

“Existe um racismo estrutural e uma truculência policial que o Estado permite que aconteça. A partir do momento que a gente não vê investigações sérias, a gente não vê punição. Enquanto sociedade, estamos deixando isso acontecer. Estamos, literalmente, perdendo nosso futuro quando a gente permite que esses jovens partam tão cedo, de maneira tão violenta e abrupta”, conclui Maíra Brito. 

Na Bahia, essa rede de apoio às mães que perderam seus filhos para a letalidade policial também está muito presente. O projeto Minha Mãe Não Dorme, do grupo Odara – Instituto da Mulher Negra, com sede em Salvador, busca sensibilizar a sociedade brasileira e baiana para os danos e impactos causados tanto pela violência policial quanto pelo tráfico de drogas na vida de adolescentes, jovens negros, suas mães e familiares. A ação tem como foco o apoio, articulação, fortalecimento e diálogo com as mães de jovens assassinados em decorrência da violência urbana. 

“É importante que jovens e mães tenham noção da sua realidade porque nós não podemos naturalizar esses níveis e esses tipos de violência que têm sido perpetrados contra a comunidade negra historicamente. Então, não é porque são violências que ocorrem há muito tempo, eu diria até que são violências seculares, que elas devem ser normalizadas, naturalizadas”, afirma Gabriela Ashanti coordenadora do projeto Minha Mãe Não Dorme. 

Quando essas mães encontram outras que perderam filhos em circunstâncias muito parecidas, explica Gabriela Ashanti, elas se dão conta de que não foi um caso isolado, não foi um acidente ou algo aleatório. “Elas começam a se dar conta ou ficar mais atentas a essa violência policial e a essa letalidade como um fenômeno social que precisa de estratégias pra ser combatido”.  

Outro objetivo, segundo a coordenadora do projeto, é de dimensão subjetiva e psicossocial, ao buscarem estratégias para se fortalecerem emocionalmente justamente em um momento em que estão fragilizadas pela perda e, sobretudo, pela forma como elas sofreram essa perda.   

“A forma como esses filhos são tirados delas faz com que emocionalmente fiquem mais fragilizadas, fiquem com um luto que vai sendo acrescido de indignação, de revolta, de uma série de outros sentimentos e sensações e emoções, que faz com que esse luto se agrave, se intensifique, se estenda inclusive. Então, quando elas se encontram vão buscando as estratégias de se fortalecerem e se sustentarem, inclusive emocionalmente, uma vai apoiando a outra e uma vai se espelhando na outra também nas formas de resistir emocionalmente”, detalha Gabriela Ashanti. 

Supressão de direitos 

Uma das mães atendidas pelo Instituto da Mulher Negra é Edineide Barbosa do Carmo. Em 2017, ela e a filha, Mirella do Carmo Barreto, de apenas 6 anos, estavam estendendo roupas em casa, no bairro São Caetano, em Salvador, quando policiais militares supostamente entraram no bairro em busca de criminosos que teriam roubado um celular. Testemunhas, no entanto, alegam que os policiais chegaram atirando, sem nenhum motivo aparente, e que um dos disparos atingiu a pequena Mirella, que morreu horas depois na UPA de San Martin. 

Brasília (DF) - Edineide Barbosa do Carmo com sua filha Mirella do Carmo Barreto. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgaçāo

Após 6 anos, o crime permanece sem solução e a Justiça realizou apenas uma audiência de instrução. “O sentimento de passar o Dia das Mães sem a minha filha, nesse ano de 2023, é algo muito doloroso. Ao lembrar do aniversário de 13 anos dela, que estaríamos juntas comemorando o Dia das Mães, igual a todas as mães. E de mim foi tirado esse direito”, afirma Edineide. A primeira audiência de instrução aconteceu em 2018, e, após longos 5 anos, a segunda audiência deve ocorrer no próximo dia 30 de maio. 

A vendedora ambulante Bruna Mozer teve seu filho de 18 anos executado, em 2018, na comunidade do Miquiço, no Rio de Janeiro. Ela conta que o filho tomou um tiro no ombro, mas se entregou para a polícia militar (PM), mas mesmo assim deram outro tiro fatal. No inquérito policial, os PMs alegaram auto de resistência seguido de morte. “Meu filho Marcos Luciano Mozer foi assassinado pelo Estado do Rio de Janeiro. Eles poderiam ter levado meu filho preso. Que auto de resistência é esse que a pessoa leva um tiro nas costas e um na cabeça? Ele não morreu em troca de tiros, morreu deitado no chão, já rendido”, questiona. 

Para piorar, explica Bruna Mozer, o Estado enterrou o filho dela como indigente. Mesmo se apresentando ao Instituto de Medicina Legal (IML) com a certidão de nascimento e CPF, ela não conseguiu a liberação do corpo e nem o atestado de óbito do filho. Por isso, teve que entrar com pedido de retificação com apoio da Defensoria Pública do Rio. “Até hoje, 5 anos e 5 meses depois, ainda não me deram essa retificação e continuo lutando e aguardando”, lamenta Bruna Mozer.  

Meu filho tem nome 

O ponto comum entre tantas histórias de violência policial contra jovens negros é a tentativa de desumanizar e criminalizar as vítimas, retirando direitos básicos fundamentais, na tentativa de justificar essas práticas violentas do braço armado do estado, afirma Ana Paula Oliveira. 

Ela lembra que o filho dela tem nome e tem sobrenome. “Ele tem uma mãe, ele continua sendo meu filho, e vou lutar por ele até o fim. Nós, mães pretas, já educamos nossos filhos a ter que sair com a identidade, a ter que o tempo todo que se identificar, e ter que comprovar que são produtivos, que estudam, que trabalham. Olha meu filho, olha, mostra a carteirinha da escola, mostra que é você, né? E mesmo assim eles não têm a vida garantida”. 

Fórum Brasileiro de Segurança

Dados da 16ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados em 2022, mostram que ao menos 43.171 pessoas foram vítimas de ações de policiais civis ou militares de todo o país, desde 2013, ano em que esse monitoramento começou a ser feito. Os números não incluem as mortes por intervenções de policiais Federais e Rodoviários Federais. 

O relatório aponta que a letalidade policial diminuiu 6,5%, em 2021, mas a mortalidade de negros se acentuou. Enquanto a taxa de mortalidade entre vítimas brancas retraiu 30,9%, a taxa de vítimas negras cresceu em 5,8%. Segundo o documento, oito em cada 10 vítimas são pessoas negras e a metade delas, jovens entre 12 e 29 anos - mais de 90% são homens. “O percentual de pretos e pardos vítimas de intervenções policiais é ainda mais elevado do que supúnhamos, chegando a 84,1% de todas as vítimas com raça/cor identificados”, aponta a 16ª edição do Anuário. 

“Essa política de segurança pública é genocida e tem um alvo. Então, comecei a ter esse entendimento, e isso vai causando uma revolta ainda maior, uma vontade de seguir na luta, de continuar denunciando toda essa violência do estado”, afirma Ana Paula Oliveira, ao relembrar que o policial que matou seu filho já respondia por triplo homicídio e duas tentativas de homicídio na Baixada Fluminense. A vítima não tinha antecedentes criminais e estava apenas caminhando pela rua. 

Com a finalidade de reduzir mortes e a violência contra a juventude negra, além de enfrentar o racismo estrutural, o Governo Federal, por meio do Decreto Presidencial nº 11.444/2023, publicado em 21 de março, instituiu um grupo de trabalho para a elaboração do Plano Juventude Negra Viva. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 7 meses.

Os duelos de artilharia entre Gaza e Israel continuavam nesta quinta-feira (11), pelo terceiro dia consecutivo, com um balanço de 29 mortos, incluindo várias crianças, no enclave palestino, e um falecido no Estado hebreu.

A explosão da violência, a mais significativa entre Gaza e Israel desde agosto de 2022, começou na terça-feira com ataques israelenses contra o movimento Jihad Islâmica, considerado "terrorista" por Israel, UE e Estados Unidos.

A União Europeia pediu um "cessar-fogo imediato que ponha fim às operações militares de Israel em Gaza e ao inaceitável lançamento de foguetes contra Israel".

Por sua vez, os Estados Unidos instaram todas as partes a "garantir que sejam evitadas as mortes de civis e reduzida a violência", enquanto o secretário-geral da ONU reiterou que estava acompanhando "com grande preocupação a perigosa escalada em Gaza e Israel".

Nesta quinta-feira, um homem morreu em Rehovot, ao sul de Tel Aviv, e várias pessoas ficaram feridas depois que um foguete caiu em um prédio residencial, segundo a polícia e os serviços de emergência.

Em Gaza, controlada pelo movimento islâmico Hamas, o Ministério da Saúde relatou 29 mortos desde terça, entre eles crianças, e mais de 80 feridos.

Também morreram combatentes da Jihad Islâmica e da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), informaram os dois grupos armados.

Jornalistas da AFP testemunharam numerosos ataques israelenses contra Gaza e lançamentos de foguetes contra o território israelense ao longo do dia.

Nas localidades adjacentes à Faixa de Gaza, as sirenes de alerta soavam em intervalos regulares.

O exército afirma que 25% dos foguetes disparados da Faixa de Gaza caíram nesse território e mataram quatro pessoas, três delas menores de idade.

A AFP não conseguiu obter uma reação do Hamas nem da Jihad Islâmica a essas declarações.

Nesta quinta, o exército israelense declarou ter atacado 191 alvos em toda a Faixa de Gaza, incluindo locais de lançamento de foguetes da Jihad Islâmica.

- Situação "muito perigosa" -

No hospital Al Shifa, em Gaza, Suhail Al Masri, de 32 anos, veio ver seu filho ferido em um ataque. "Se não fosse por isso, não teria saído de casa, porque a situação é muito perigosa", comentou à AFP.

"Israel está bombardeando de todos os lados e os lançamentos de foguetes da resistência não cessaram", acrescentou.

Por sua vez, a Jihad Islâmica afirmou que "os assassinatos israelenses não ficarão impunes" e que "todas as opções estão sobre a mesa", enquanto o Hamas destacou que a "resistência está unificada".

O Irã, que apoia a Jihad Islâmica, denunciou as "atrocidades dos sionistas" e prometeu a "derrota" do "regime de ocupação", segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Naser Kanani.

"Esta manhã, eliminamos o responsável pelos ataques com foguetes da Jihad Islâmica em Gaza, e há uma hora eliminamos o seu adjunto", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, referindo-se a Ali Ghali e Ahmed Abu Daqqa, líderes da organização palestina.

"Já disse antes: quem nos atacar arrisca sua vida e quem o substituir arrisca sua vida", disse ele durante uma visita a uma base militar.

A Faixa de Gaza, um pequeno território devastado pela pobreza e pelo desemprego, onde 2,3 milhões de palestinos vivem sob o bloqueio israelense, tem sido palco de várias guerras com Israel desde 2008.

- Tentativas de mediação -

O Egito, mediador habitual entre Israel e os grupos armados de Gaza, está tentando negociar um cessar-fogo.

Mohammed al Hindi, secretário do departamento político da Jihad Islâmica, viajou para o Cairo nesta quinta, indicou à AFP uma fonte da organização palestina sob anonimato.

Na cidade israelense de Rehovot, Ran Lev, de 82 anos, explicou que estava no quarto andar de um prédio atingido por um foguete.

"Ouvi a sirene e percebi que tinha 90 segundos para chegar ao abrigo", conta. "O prédio foi atingido" antes, mas "eu saí (...) e estava tudo bem".

Em agosto de 2022, três dias de confrontos entre Israel e a Jihad Islâmica terminaram com 49 palestinos mortos, incluindo 19 crianças, de acordo com a ONU. Mais de mil foguetes foram lançados de Gaza contra Israel e três pessoas ficaram feridas.

Um homem abriu fogo, nesta quinta-feira (11), em uma fábrica de automóveis da Mercedes em Sindelfingen, no sudoeste da Alemanha, e matou duas pessoas – informou a polícia, acrescentando que um suspeito foi detido.

"Um homem de 53 anos entrou na fábrica por volta das 7h45 (2h45 em Brasília) e atirou em duas pessoas", relatou a polícia de Ludwigsburg, em um comunicado.

Os seguranças da fábrica neutralizaram o suspeito dentro da fábrica e o entregaram à polícia. O indivíduo foi preso sem oferecer resistência, disseram as autoridades.

As vítimas, dois homens de 44 anos, não resistiram aos ferimentos e morreram. A polícia informou no Twitter que não houve mais feridos. A motivação do ataque está sendo investigada.

Em um comunicado, a Mercedes-Benz confirmou que duas pessoas morreram e que tanto as vítimas quanto o suspeito eram funcionários de um fornecedor terceirizado.

"Estamos profundamente abalados e tristes com as trágicas notícias desta manhã em Sindelfingen. Nossos pensamentos estão com as vítimas, suas famílias e todos os colegas da fábrica", acrescentou a empresa.

O Plenário da Câmara dos Deputados interrompeu a sessão nesta terça-feira (9) por um minuto em pesar pelas mortes do ex-deputado David Miranda e da cantora Rita Lee. Miranda faleceu aos 37 anos após nove meses de internação por infecção gastrointestinal. Já Rita Lee faleceu aos 75 anos em decorrência de câncer de pulmão.

“Em nome da Mesa Diretora desta casa, expresso o nosso sincero luto”, disse o deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), no comando dos trabalhos.

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Em viagem a Nova Iorque, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também expressou o seu pesar em sua conta no Twitter. Lira destacou que Rita Lee marcou a história da música brasileira e lamentou a morte de Miranda após uma luta intensa pela vida.

A homenagem em Plenário foi solicitada pela deputada Laura Carneiro (PSD-RJ). Ela afirmou que David Miranda foi um atuante parlamentar da bancada do Rio de Janeiro e chegou a destinar recursos a abrigos LGBT na cidade do Rio. Carneiro também afirmou que Rita Lee é uma das maiores artistas brasileiras e participou da transformação do País. “São registros tristes e homenagens que têm de ser feitas”, disse.

Os deputados Paulão (PT-AL) e Marcelo Calero (PSD-RJ) também prestaram homenagens. "Hoje é um dia muito triste para a cultura nacional pela perda da nossa querida Rita Lee, uma artista completa, icônica. É também um dia triste para a política do Rio de Janeiro, porque hoje nós perdemos o deputado David Miranda. Que nós tenhamos essas duas figuras tão importantes em nossos corações e, sobretudo, em nossas orações", disse Calero.

*Da Agência Câmara de Notícias

Um incêndio registrado no túnel de uma mina de ouro no sul do Peru deixou pelo menos 27 trabalhadores mortos, segundo autoridades locais. As causas do incidente ocorrido na madrugada do sábado (6), em Yanaquihua, no Departamento de Arequipa, estão sendo investigadas. Investigações preliminares indicam que um curto-circuito provocou uma explosão a cerca de 100 metros de profundidade.

A mineradora Yanaquihua informou em comunicado que 175 trabalhadores foram evacuados durante a emergência e que as 27 pessoas que morreram prestavam serviços a uma empreiteira contratada.

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O Ministério Público do Distrito de Arequipa afirmou estar realizando investigações na mina para esclarecer os fatos. Pelo Twitter, a Presidência do Peru expressou solidariedade aos familiares dos mortos. Fonte: Associated Press.

No dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência de saúde pública da Covid-19, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, culpou a esquerda pelas mais de 701 mil vítimas fatais da doença no Brasil. Nessa sexta-feira (5), em entrevista à Revista Oeste, o cardiologista defendeu a postura do governo Bolsonaro ao longo da pandemia. 

Quarto e último ministro da Saúde de Bolsonaro após uma troca constante desde o início da crise sanitária, Queiroga sugeriu que, em pouco mais de um ano e meio à frente da pasta, conseguiu reconstruir o sistema de saúde do Brasil. 

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“Recuperamos o que a esquerda destruiu no passado”, afirmou o ex-ministro. “Fecharam 40 mil leitos de terapia intensiva. Acho que a esquerda é grande culpada pelos óbitos que tivemos no Brasil. Eles destruíram o sistema de saúde, e nós tivemos de recuperá-lo durante a pandemia”, complementou. 

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Com a entrada do governo Lula, os novos integrantes da pasta identificaram 38,9 milhões de vacinas contra a Covid-19 fora da validade. Antes mesmo do prejuízo de R$ 2 bilhões, o ex-presidente e membros do primeiro escalão do antigo governo desistimulavam a campanha de imunização. Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid também indicaram atraso na compra das doses imunizantes e indícios de corrupção no processo de aquisição

Queiroga foi categórico e garantiu que “não houve atraso na compra” de insumos para o Brasil. "Temos certeza que trabalhamos para fortalecer o Sistema Único de Saúde, para aumentar sua capacidade de vigilância e melhorar a condição da atenção primária à saúde”, defendeu.

Pouco mais de uma semana após seis pessoas morrerem no desabamento do Edifício Leme, em Olinda, a prefeitura informou que monitora 110 edificações desocupadas no município. Com maioria de “prédios-caixão”, todas as construções foram oficialmente condenadas por risco de desabamento. 

A gestão pontuou que, desde 2017, mantém um grupo de trabalho responsável por entrar com ações judiciais para pedir a demolição dos prédios irrecuperáveis, conforme vistoria da Defesa Civil. 

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A maior parte das construções com alto risco de queda são as do tipo caixão, assim como era o Edifício Leme. De acordo com a prefeitura, há casos de necessidade imediata de demolição. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também foi procurado para indicar como acompanha a situação da moradia em Olinda, mas não se pronunciou até a publicação.

Culpa das seguradoras

O município culpa as seguradoras por permitir que famílias voltem a morar em prédios condenados. O entendimento é de que a única solução para evitar novos desabamentos é as seguradoras, como Caixa e Sulamerica, facilitarem a demolição dos prédios inservíveis. Após a saída dos proprietários, as empresas também devem pagar as indenizações pelos imóveis adquiridos. 

A prefeitura  informou que paga o auxílio-moradia de R$ 260 para 1.027 famílias e reforçou presta assistência social e jurídica aos moradores em condições de ocupação irregular. O município conta com três locais de acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade.

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Demolição

Nessa quinta-feira (4), foi dado início ao processo de demolição do Edifício Marquês de Felipe, localizado na Rua Professor Olímpio Magalhães, em Jardim Atlântico. 

A destruição do prédio ficou a cargo da Caixa Seguradora, responsável pelo imóvel, em cumprimento a uma ordem judicial para que assuma a responsabilidade sobre a construção.

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Após horas de buscas durante a noite, a polícia sérvia disse que prendeu nesta sexta-feira (5) o suspeito do ataque a tiros que matou pelo menos oito pessoas e feriu 14, no segundo ataque a tiros em massa no país em dois dias.

Em comunicado, a polícia disse que o homem, de 21 anos, identificado pelas iniciais U.B., foi preso perto da cidade sérvia de Kragujevac, cerca de 140 km ao sul de Belgrado. A polícia disse que continua a investigar o caso. A mídia local informou que o agressor disparou com armas automáticas.

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A detenção ocorreu após uma busca durante toda a noite por centenas de polícias, que isolaram uma área a sul de Belgrado onde aconteceu o atentado. "Ouvi alguns sons de tak-tak-tak", recordou Milan Prokic, um residente de Dubona, uma aldeia perto da cidade de Mladenovac. Prokic disse que inicialmente pensou que os aldeões disparavam para celebrar um parto, como é tradição na Sérvia e nos Bálcãs.

"Mas não era isso. É uma vergonha, uma grande vergonha", acrescentou Prokic. "Dizem que o homem os matou sem motivo. Dizem que houve uma discussão aqui no centro da cidade, que ele foi para casa, pegou as armas e voltou para os matar."

Prokic disse que não acreditava nisso: "Se fosse verdade, por que é que ele foi às vilas vizinhas para matar?". Outro cidadão de Dubona também disse que ouviu tiros na noite de quinta-feira e saiu de casa.

"Senti o cheiro a pólvora. Ouvi barulho na direção da escola. Vimos pessoas deitadas no chão", disse o homem, que se recusou a dar o seu nome por temer pela sua segurança. O atirador disparou aleatoriamente contra pessoas em três vilas perto de Mladenovac, a cerca de 50 quilômetros a sul da capital, disse a RTS.

O Ministro do Interior da Sérvia, Bratislav Gasic, classificou os ataques a tiros de quinta-feira como "um ato terrorista", segundo a imprensa estatal.

O ataque ocorreu um dia depois de um rapaz de 13 anos ter usado as armas do pai para matar oito crianças e um guarda numa escola em Belgrado. O derramamento de sangue provocou choque em uma nação dos Balcãs marcada por guerras, mas pouco habituada a assassinatos em massa.

Segundo a mídia sérvia, o atirador é filho de um militar. O ataque ocorreu na vila de Dubona, perto de Mladenovac. Em três cidades vizinhas, a polícia isolou a área e vasculhou casa por casa à procura do agressor. Entre os mortos está um policial, que estava de folga no momento, assim como sua irmã.

Embora a Sérvia esteja repleta de armas que sobraram das guerras dos anos 90, o ataque de quarta-feira na escola foi o primeiro na história moderna do país. O último ataque a tiros em massa antes do desta semana foi em 2013, quando um veterano de guerra matou 13 pessoas numa vila no centro da Sérvia.

A cultura das armas está muito difundida na Sérvia e em outros países dos Bálcãs. A região tem um dos números mais elevados de armas per capita da Europa. As armas são frequentemente disparadas para o ar durante as celebrações e o culto do guerreiro faz parte das identidades nacionais.

Os peritos têm alertado repetidamente para o perigo que representa o número de armas no país altamente dividido, onde os criminosos de guerra condenados são glorificados e a violência contra grupos minoritários fica muitas vezes impune. Os especialistas também referem que as décadas de instabilidade resultantes dos conflitos dos anos 90, bem como as dificuldades econômicas atuais, podem desencadear tais explosões.

Dragan Popadic, professor de psicologia na Universidade de Belgrado, disse à Associated Press que o ataque a tiros na escola expôs o nível de violência presente na sociedade e causou um profundo choque.

"As pessoas foram subitamente abaladas para a realidade e para o oceano de violência em que vivemos, para como tem crescido ao longo do tempo e para como a nossa sociedade tem sido negligenciada durante décadas", alertou. "É como se tivessem acendido lanternas sobre as nossas vidas e já não nos podemos meter na nossa vida." (Com agências internacionais).

A Justiça condenou a quatro anos de prisão por homicídio culposo (não intencional) o dono da escola responsável pelo treinamento dos nove bombeiros mortos na queda de uma gruta, em outubro de 2021, em Altinópolis, no interior de São Paulo. O empresário Sebastião Francisco de Abreu Neto foi condenado ainda a indenizar em R$ 50 mil os familiares de cada vítima do acidente. A defesa do empresário vai recorrer - ele está em liberdade.

A decisão levou em conta que o dono da escola não deveria ter permitido a realização do curso na gruta devido às más condições climáticas para o treinamento. Quando a entrada da caverna desmoronou, chovia intensamente na região. A sentença cita ainda trecho da denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) de que a gruta não era indicada para o treinamento por ser uma formação de arenito, estrutura geológica sujeita à perda de estabilização e desmoronamentos.

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O juiz acatou a tese do MP-SP de que houve negligência do dono da escola. A negligência teria consistido em autorizar a realização do curso sem observar as normas técnicas cabíveis e as medidas de precaução necessárias para garantir a segurança de todos os participantes, segundo a promotoria.

O advogado do empresário, Wesley Felipe Martins dos Santos Rodrigues, informou que vai entrar com recurso contra a decisão condenatória. Segundo ele, o curso não era ministrado pela empresa de Abreu Neto, que apenas cedia sua estrutura para o instrutor, um profissional qualificado que acompanhava os bombeiros e também morreu no acidente. Conforme o defensor, a gruta era aberta ao público e o acidente se deu por causas naturais.

De acordo com a investigação, 28 bombeiros civis e instrutores participavam de um curso de salvamento em caverna na gruta Duas Bocas, na zona rural de Altinópolis. No início da noite de 30 de outubro, o treinamento foi suspenso por causa da chuva, mas um grupo de dez bombeiros não conseguiu sair do local devido ao mau tempo e decidiu passar a noite na entrada da gruta. O desabamento da laje de arenito aconteceu durante a madrugada.

Dos dez bombeiros soterrados, apenas um conseguiu se salvar, apesar da rápida mobilização das equipes de socorro. As vítimas - quatro mulheres e cinco homens - atuavam como bombeiros civis em Batatais, cidade da região. O laudo da perícia descartou ação humana, como escavação ou uso de máquinas, no desabamento, mas apontou falhas na formação rochosa composta por arenito, devido ao desgaste produzido pela ação do clima.

Um helicóptero caiu em uma fazenda no distrito de Água Vermelha, em São Carlos, no interior de São Paulo, na tarde dessa quarta-feira (3). De acordo com o Corpo de Bombeiros, as vítimas foram o piloto e o copiloto da aeronave, identificados como Eber e Ricardo. Eles morreram carbonizados após o veículo ser tomado por chamas, já em terra. Os condutores tinham como destino a Agrishow, em Ribeirão Preto, uma das maiores feiras agrícolas do país e que começou na última segunda-feira (1º). 

O helicóptero caiu em uma fazenda no quilômetro 259 da rodovia Thales de Lorena Peixoto, próximo à Fazenda Pixoxó, e as mortes foram confirmadas ainda no local, que é de difícil acesso para o resgate. Ainda segundo as equipes de combate a incêndio, durante o acidente, as vítimas acabaram lançadas para fora da aeronave, foram atingidas pelo combustível que vazou e tiveram os corpos carbonizados. 

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Imagens exibidas pela EPTV, afiliada da TV Globo, mostram chamas ao fundo de uma área de mata. As causas da queda devem ser investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira. Ao todo, 12 bombeiros foram ao local, além de socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). 

O Comitê de Emergência para a Covid-19 se reunirá no próximo dia 4 de maio para sua 15ª sessão que definirá, entre outras coisas, se a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve manter a pandemia de Covid-19 ainda como uma Emergência Sanitária Pública de Interesse Internacional (Pheic).

O grupo, que foi convocado pelo diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, teve sua primeira reunião em 22 e 23 de janeiro de 2020, logo após os primeiros casos serem notificados formalmente pela China. No dia 30 do mesmo mês, o Comitê informou o diretor de que o novo coronavírus Sars-CoV-2 era uma Pheic.

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Os especialistas, desde então, encontram-se a cada três meses para analisar as orientações para a crise sanitária.

Da Ansa Brasil

Uma criança de 11 anos e uma jovem de 19 morreram após terem sido baleados, no Complexo do Chapadão, zona norte do Rio, na madrugada deste domingo, 30.

Além das duas vítimas fatais, a mãe da jovem, de 43 anos, foi atingida na perna por munição de arma de fogo e segue hospitalizada.

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As três estariam em uma festa na comunidade, quando homens passaram em uma moto atirando. A principal suspeita é que o ataque tenha a ver com uma disputa entre traficantes rivais da região. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso.

De acordo com a Polícia Militar, a jovem, Kailany Fernandes, sua mãe, Erika Cristina, e a criança foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Costa Barros, onde fica o complexo de favelas. A criança e a jovem não resistiram e morreram. Erika foi transferida para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, onde segue internada.

Policiais do 41º Batalhão de Polícia Militar foram acionados para checar a entrada de Erika no hospital e, ao chegarem ao local do crime, constataram a morte das duas outras pessoas.

Um elefante selvagem, conhecido por se alimentar em armazéns de arroz e que matou pelo menos seis pessoas no sul da Índia, foi imobilizado com tranquilizantes e transferido para uma reserva, informou a mídia local neste domingo (30).

O mamífero conhecido como Arikomban (elefante amante do arroz) se tornou popular por roubar lojas de grãos no estado de Kerala, sul da Índia.

Uma equipe de 150 guardas florestais capturou o elefante no sábado (29). O India Express informou que foram necessários cinco tiros de dardos tranquilizantes contra o animal.

Por fim, Arikomban foi levado para um caminhão com a ajuda de outros quatro elefantes kumki - animais treinados para capturar outros membros de sua espécie.

Antes de ser liberado em uma reserva, a equipe colocou um cordão com GPS para localizá-lo.

Esta não foi a primeira vez que as autoridades tentaram capturar este elefante, que estima-se ter cerca de 30 anos.

Arikomban conseguiu escapar em 2017, apesar de ter sido atingido por vários dardos tranquilizantes.

Os ambientalistas atribuem os crescentes conflitos com os animais à rápida expansão dos assentamentos humanos em florestas e corredores de vida selvagem.

Um vazamento de gás em uma cidade industrial no nordeste da Índia matou 11 pessoas, informaram neste domingo (30) as autoridades locais.

O vazamento ocorreu em Giaspura, área industrial da cidade de Ludhiana, no estado de Punjab.

"Há onze mortes confirmadas", disse o comissário de polícia de Ludhiana, Mandeep Singh Sidhu, aos repórteres. Ele contou também que outras quatro pessoas foram hospitalizadas.

A causa do vazamento ainda não foi determinada, acrescentou Sidhu.

"Quando as amostras de sangue forem comparadas com as amostras do NDRF (National Disaster Response Team), só então poderemos dizer-lhes a causa exata, o tipo de gás", explicou o responsável.

Segundo o canal local NDTV, havia cinco mulheres e dois jovens de 10 a 13 anos entre as onze vítimas.

Vazamentos em áreas industriais atribuídos a padrões de segurança e controles deficientes são comuns na Índia.

Em agosto passado, pelo menos 112 mulheres foram hospitalizadas após um vazamento em uma fábrica no estado de Andhra Pradesh, no sul.

Este incidente ocorreu depois que quase 200 mulheres ficaram inconscientes em junho, após um vazamento na mesma área, informou a NDTV.

Um homem atirou em seus vizinhos, matando um garoto de 8 anos e quatro adultos dentro de uma casa perto de Houston, no Texas (EUA), depois que a família pediu para que ele parasse de atirar em seu quintal porque estavam tentando dormir, informaram autoridades norte-americanas neste sábado, 29. O ataque aconteceu na noite da sexta-feira, 28, pouco antes da meia-noite (hora local).

Segundo o xerife do condado de San Jacinto, Greg Capers, havia 10 pessoas na casa.

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Acredita-se que todas as vítimas são de Honduras. Duas delas foram encontradas deitadas sobre duas crianças em um quarto.

"As senhoras hondurenhas que estavam deitadas sobre essas crianças estavam fazendo isso em um esforço para proteger a criança", disse Capers.

Outras três crianças "cobertas de sangue" foram encontradas na casa e levadas para um hospital.

Ele afirmou que as autoridades ainda estavam procurando por Francisco Oropeza, de 38 anos, após o tiroteio na cidade de Cleveland, cerca de 72 quilômetros ao norte de Houston.

Uma pessoa na casa tem um vídeo do suspeito andando até a porta da frente com o rifle. As autoridades estavam usando cães farejadores e um drone aéreo na busca por Oropeza, que eles acreditam estar intoxicado no momento do tiroteio e teria fugido para uma floresta densamente arborizada a poucos quilômetros da cena do crime.

Capers disse ainda que seus delegados tinham ido à casa de Oropeza pelo menos uma vez antes e falou com ele sobre disparar sua arma no quintal. Não ficou claro se alguma ação foi tomada na época.

O ataque foi o mais recente ato de violência armada no que tem sido um ritmo recorde de tiroteios em massa nos EUA até agora neste ano. Alguns dos ataques envolveram rifles semiautomáticos. Neste ano, em todo os EUA, houve pelo menos 18 tiroteios que deixaram quatro ou mais pessoas mortas, de acordo com um banco de dados mantido pela Associated Press e USA Today, em parceria com a Northeastern University. Fonte: Associated Press.

Dois adolescentes foram presos e acusados de homicídio no Alabama, sul de Estados Unidos, depois que um ataque a tiros em uma festa de aniversário no fim de semana deixou quatro mortos e mais de trinta feridos, informaram autoridades locais nesta quarta-feira (19).

T. R. M., de 17 anos, e T. M., de 16, foram presos e acusados de homicídio, disse o sargento Jeremy Burkett, porta-voz da polícia do Alabama, em coletiva de imprensa.

Os dois adolescentes, da localidade de Tuskegee, cerca de 60 quilômetros a leste da capital do estado, foram detidos na noite de terça, informou.

Apesar de serem menores de idade, ambos serão apresentados à Justiça como adultos, afirmou o procurador Mike Segrest, acrescentando que quatro vítimas hospitalizadas continuavam em estado grave.

No sábado, uma festa "Sweet 16", que comemorava os 16 anos de uma jovem, similar às festas de 15 anos latino-americanas, terminou em tragédia na pequena cidade de Dadeville, no Alabama, quando o ataque a tiros matou quatro jovens de 17 a 23 anos e feriu outras 32 pessoas.

Philstavious Dowdell, irmão da adolescente que fazia aniversário, está entre os mortos. O jovem era um atleta de destaque e havia recebido uma bolsa para jogar futebol na Universidade de Jacksonville.

A festa teria terminado em violência quando a mãe da aniversariante disse que estava ciente de que havia pessoas armadas no local e pediu que fossem embora, segundo reportagens da imprensa local.

As autoridades ainda não deram qualquer informação sobre os motivos do ataque.

Apesar de pouca idade das vítimas e das circunstâncias trágicas, o ataque provocou uma reação política relativamente modesta, apesar de o presidente Joe Biden criticar a violência armada como "ultrajante e inaceitável".

A epidemia de violência armada nos Estados Unidos não dá sinais de trégua.

O ataque no Alabama ocorreu poucos dias após o funcionário de um banco matar cinco pessoas em seu local de trabalho no Kentucky.

Também houve uma série de ataques nos quais pessoas foram baleadas após tocar a campainha errada, se aproximar da casa errada e também de carros.

A crescente taxa de mortalidade por armas de fogo nos Estados Unidos é incomparável com a de outros países desenvolvidos.

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