Edvan Luiz vai a júri popular pela morte de Mirella Sena
Comerciante será julgado pelas práticas de estupro e homicídio quadruplamente qualificado. Crime aconteceu em abril deste ano, em um flat no bairro de Boa Viagem
O comerciante Edvan Luiz da Silva, 32, será levado a júri popular pela acusação do assassinato da fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo. A pronúncia foi feita pelo juiz da 3ª Vara do Júri da Capital, Odilon de Alencar Luz, na última quinta-feira (29), nove dias após o interrogatório do réu em audiência de instrução. Ainda não há uma data marcada para o julgamento. Em seus depoimentos, ele negou ter cometido o crime.
Edvan será julgado pelas práticas de estupro e homicídio quadruplamente qualificado. Ele é acusado de assassinar Mirella Sena em abril deste ano, dentro do flat que a vítima morava, no bairro de Boa Viagem. No dia do crime, vizinhos disseram que, por volta das 7h, ouviram vários gritos e acionaram o funcionário do prédio, que chamou a polícia.
O corpo dela foi encontrado na sala do imóvel sem roupas e com ferimento à faca no pescoço, além de cortes nas mãos. O apartamento 1206 estava completamente revirado, e durante as investigações, os peritos encontraram manchas de sangue na porta do 1208, onde Edvan Luiz morava com a esposa e era vizinho da vítima. A polícia chegou a bater no apartamento do acusado, mas ele não respondeu.
A 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital recebeu a denúncia do Ministério Público de Pernambuco no último dia 25 de setembro. O texto se baseia no emprego de meio cruel, ocultação, traição, emboscada e meio que dificulte a defesa da vítima, além do feminicídio.
Responsável pela acusação, a promotora de Justiça Christiana Ramalho, se posicionou favorável à manutenção da prisão preventiva do comerciante. Para ela, a medida garante a aplicação da lei penal.
Edvan está preso desde o dia do assassinato no Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. O júri popular deverá ser realizado no Fórum Thomaz de Aquino, onde também aconteceram as duas audiências de instrução. O réu deverá ser julgado por sete jurados.
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