Empresas de ônibus querem aumentar tarifa para R$ 3,55

Decisão será tomada na próxima sexta-feira (12)

seg, 08/01/2018 - 16:35
Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo Pela proposta da Urbana, o valor da tarifa do Anel A salta de R$ 3,20 para R$ 3,55 (10,94% de reajuste); o Anel B, de R$ 4,40 para R$ 4,90 (11,36%); Anel D, de R$ 3,45 para R$ 3,85 (11,59%); e Anel G, de R$ 2,10 para R$ 2,35 (11,90%) Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo

O Governo de Pernambuco está convocando o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) para definir o reajuste da tarifa de ônibus na próxima sexta-feira (12). A proposta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) é de uma média de reajuste de 11,44%.

Pela proposta da Urbana, o valor da tarifa do Anel A salta de R$ 3,20 para R$ 3,55 (10,94% de reajuste); o Anel B, de R$ 4,40 para R$ 4,90 (11,36%); Anel D, de R$ 3,45 para R$ 3,85 (11,59%); e Anel G, de R$ 2,10 para R$ 2,35 (11,90%). Os empresários alegam que o transporte público sofre acentuada queda de demanda e aumento do custo do setor.

“Tal cenário ainda é agravado pelas deficiência do sistema viário da nossa Região, pela insuficiência de corredores e faixas exclusivas para o transporte coletivo e pelo grave problemas fraudes cometidas no uso do serviço (sic)”, diz texto assinado por Fernando Bandeira, presidente da Urbana-PE.

A proposta do Governo de Pernambuco só será conhecida durante a reunião da sexta-feira, que está marcada para as 8h30 na Secretaria das Cidades, no Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran). No último ano, a via em frente ao local acabou sendo palco de manifestações por parte de grupos contrários ao reajuste.

Desta vez não parece que será diferente. A Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP) já se posicionou contrária à reunião. “Infelizmente, temos um sistema de transporte sucateado, inseguro, sem investimentos, sem implementação do SIMOP (que permitiria controlar os serviços das empresas de ônibus), sem seguro (desde que - seguradora Nobre faliu, não houve contratação de uma nova), com o roubo dos créditos do VEM pela URBANA-PE, sem conclusão das obras de mobilidade e com apenas 2 lotes (dos 7 ao total) com os contratos de concessão assinados. Além do mais, os relatórios de qualidade não são publicizados, ou seja, as empresas operam sem responsabilidade alguma”, o movimento critica.

 

O vereador Ivan Moraes (PSOL) também criticou a postura do governo. “Os membros do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) que representam a sociedade civil foram comunicados hoje da data da reunião do CSTM, mas não tiveram acesso a nenhuma outra informação, como as planilhas de custo das empresas”, assinalou. 

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