Primeira morte por botulismo é confirmada no Recife

Essa é uma doença raríssima

por Jameson Ramos seg, 26/03/2018 - 12:59
Pixabay O último registro da doença foi em 2016 Pixabay

Passados mais de 2 meses desde que uma família foi contaminada pela bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo, o senhor José Ronaldo, de 69 anos, acabou morrendo depois de complicações em seu estado de saúde. Ele estava internado num hospital particular, juntamente com a sua esposa, Lúcia Barbosa, de 65 anos. Ela ainda está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), já José foi enterrado às 11h da manhã de hoje (26), no cemitério Santo Amaro, Centro do Recife, segundo apurações da imprensa local.

Tanto o casal, como o seu filho, identificado como Ronaldo Alves, 48 anos, haviam se entoxicado no dia 1º de janeiro, depois que comeram algo no almoço que tinha alto teor da toxina. Ronaldo estava sob os cuidados do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, e há cerca de um mês teve alta médica. Na época, os três deram entrada no mesmo hospital, sendo os mais velhos transferidos para um hospital da rede particular. Essa bactéria é desenvolvida em alimentos industrializados como enlatados e em embutidos como salsicha. 

"Essa bactéria forma o que chamamos de espóro, o que dá mais vida a bacteria sem o meio externo atingir e matar esses organismos. É uma doença não tão comum de acontecer", afirmou na época, o infectologista, Demétrius Montenegro. Ela impede que os nervos trabalhem normalmente, causando por exemplo a paralisia da face. 

Depois de 2 anos, esse foi o primeiro caso registrado no Estado e o primeiro de todos que causou uma morte. Em 2007 doi confirmado um caso, e em 2016 foram confirmados três pela Secretaria Estadual de Saúde; todos os pacientes evoluíram bem e sem sequelas. Essa toxina é a mesma utilizada para os procedimentos com o botox, como ficou conhecida.

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