Empresa doa coxinhas para caminhoneiros em protesto

Vídeo que registrou o momento repercutiu nas redes sociais

por Nathan Santos qui, 24/05/2018 - 18:08
Reprodução/WhatApp Vídeo foi compartilhado nas redes sociais Reprodução/WhatApp

Mesmo com os transtornos causados pela crise dos combustíveis, grande parcela da população se mostra favorável ao protesto dos caminhoneiros. O argumento é de que toda a sociedade brasileira sofre com os aumentos nos preços da gasolina, diesel e etanol. Na cidade de Gravatá, Agreste de Pernambuco, um exemplo dessa solidariedade foi registrado em vídeo. O registro repercutiu nas redes sociais.

Um dos administradores da unidade da empresa 'Rei das Coxinhas', situada na BR-232, em Gravatá, resolveu fazer uma doação. De acordo com o gerente do restaurante, Wellington Bezerra, por volta das 10h30 desta quinta-feira (24), caminhoneiros que estavam protestando na rodovia receberam cerca de 300 coxinhas, refrigerantes e água mineral. A ideia foi do administrador David Josinaldo dos Santos.

“Quando a gente chegou de carro os caminhoneiros pensaram que a gente queria furar o bloqueio. Aí quando perceberam que era coxinha gritaram e se organizaram em uma fila. Não teve confusão, foi tudo tranquilo”, contou Wellington. “A ideia da empresa é uma forma de prestar solidariedade ao movimento dos trabalhadores. Em minha opinião, por exemplo, todo protesto é válido. O preço do combustível está um absurdo”, acrescentou o gerente. 

O rapaz reforçou que o ato não teve cunho político. Segundo ele, foi apenas uma maneira de ajudar os trabalhadores, já que muitos estavam sem comer em decorrência da participação no ato. Além dos caminhoneiros, integraram o protesto taxistas e moto taxistas da região. 

O curioso da história é que o movimento de clientes do próprio restaurante apresentou uma diminuição hoje, segundo o gerente da unidade. Ele disse ainda que o estoque de produtos, no entanto, está abastecido. 

Ainda nesta quinta-feira, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, em entrevista à Rádio Band News, afirmou que a paralização só terminará com a sanção do projeto de lei que prevê zerar, até o fim de 2018, o PIS-Cofins que incide sobre o óleo diesel. Eles exigem sanção presidencial e publicação no Diário Oficial da União.

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