No Recife, ato em apoio a caminhoneiros pede 'Lula livre'

Manifestação também pedia a redução do preço do gás e apoiava os petroleiros, que entraram em greve de advertência nesta quarta-feira (30)

qua, 30/05/2018 - 19:50
Chico Peixoto/LeiaJáImagens Ato na Avenida Conde da Boa Vista, centro do Recife Chico Peixoto/LeiaJáImagens

O centro do Recife, nesta quarta-feira (30), foi palco de protesto em apoio aos petroleiros e caminhoneiros. Os manifestantes também pediam a liberdade do ex-presidente Lula. O ato foi organizado pela frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, com participação de vários sindicatos. 

O grupo seguiu da Praça do Derby, no bairro do Derby, até a Rua da Aurora, no bairro da Boa Vista. Segundo o coordenador do Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco e Paraíba (Sindmetro), Rogério Almeida, as refinarias estão ficando ociosas. “As pessoas perguntam ‘como assim petroleiro está pedindo redução do preço dos combustíveis? Estamos pedindo isso sim, é pauta nossa também porque o preço baixo está ligado a nossas refinarias do Brasil voltar a processar 100% do nosso petróleo. Desde que Temer assumiu o poder, ele reduziu a produção das refinarias a 70%”, disse. Os petroleiros iniciaram greve de 72 horas nesta quarta-feira. Na próxima sexta (1°), eles pretendem fazer um ato em frente à Refinaria Abreu e Lima, onde um acampamento foi montado.

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) era um dos grupos participantes do protesto. “Só o povo na rua é capaz de barrar esse retrocesso. Os preços são uma extorsão ao povo brasileiro. A gasolina aumenta quase que diariamente. As famílias humildes não conseguem comprar o gás mensalmente”, denunciou Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol.

A manifestação foi encerrada por volta das 19h15. No chão da Avenida Conde da Boa Vista, os participantes escreveram frases como “Petrobras pública” e “#LulaLivre”. 

Mais cedo, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) proferiu uma decisão para aumentar valor da multa a ser paga pelos petroleiros. A Justiça já havia estipulado um valor para que as entidades sindicais dos petroleiros se abstivessem de paralisar as atividades, o que não foi obedecido. Os representantes de sindicatos dos petroleiros se reunem nesta noite para discutir se há ilegalidade no ato e qual será a defesa. 

Na pauta dos petroleiros, além da retomada da produção interna de combustíveis e redução do preço do diesel, gasolina e gás de cozinha, está manutenção dos empregos, a não privatização de refinarias e a saída de Pedro Parente, presidente da Petrobras.

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