Vaquinha online quer ajudar a tirar lixo do Rio Capibaribe

A meta é alcançar 10 mil reais para viabilizar o projeto de retirar cerca de 20 toneladas de lixo do Rio Capibaribe no próximo dia 31 de agosto

ter, 07/08/2018 - 15:25
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens A meta é retirar cerca de 20 toneladas de lixo do Rio Capibaribe Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Para custear uma competição entre pescadores ribeirinhos e retirar a maior quantidade de lixo possível do Rio Capibaribe, a Organização Não-Governamental (ONG) Recapibaribe e o Rotaract Club Recife Encanta Moça estão promovendo uma vaquinha online até o dia 15 deste mês. A meta é alcançar 10 mil reais para viabilizar o projeto que prevê compra de cestas básicas para as famílias dos pescadores participantes, dos equipamentos de proteção individual, café da manhã para todos os envolvidos na ação e, também, premiação dos vencedores.

Pela internet, o valor mínimo da doação é de R$ 25. Outras doações, inclusive de empresas, podem ser feitas até o dia 20 de agosto. Neste caso, os interessados devem entrar em contato com Ítalo Mafra, Presidente do Rotaract Club Recife Encanta Moça, pelo telefone 81 9.9725.0033. A ideia é que cerca de 100 pescadores participem do evento, que deve acontecer no dia 31 de agosto, e retirem, em apenas um dia, o mínimo de 20 toneladas de lixo do rio da área que corresponde do Capibar, em Casa Forte, Zona Norte do Recife, até o Sport, na Ilha do Retiro, Zona Oeste da Cidade. 

“Nós estamos desenvolvendo esse projeto há mais de 20 anos em prol do rio, para mostrar que esse cuidado seria sem custo alto, caso todos cuidassem de sua parte”, afirma a diretora e fundadora da ONG Recapibaribe, Socorro Cantanhede. “Todo mundo quer um rio limpo, bonito e com peixes, então todos que vivem nas cidades por onde ele passa deveriam lutar e cuidar dele”, concluiu Cantanhede.

 Com 240 km de extensão e cortando 42 municípios do estado de Pernambuco, o rio Capibaribe nasce na serra de Jacarará, no município de Poção, em Pernambuco e deságua na Bacia do Pina, no Oceano Atlântico. Uma análise feita pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) em 2016 apontou que o curso de água está poluído em toda a sua extensão. Isso se deve, principalmente, às elevadas concentrações de amônia, fósforo e coliformes termotolerantes. O lançamento de esgotos domésticos e efluentes industriais acima da capacidade de autodepuração do rio também contribuem para a poluição do local.

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