Quase 2.400 crianças morreram no Iêmen desde 2015
Ao menos 10 mil pessoas já foram mortas em decorrência da guerra civil no país
Quase 2.400 crianças morreram e 3.600 ficaram gravemente feridas ou mutiladas no Iêmen nos últimos três anos, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A instituição pediu às partes envolvidas na guerra que respeitem a população civil, após a morte ontem (9) de mais de 50 pessoas, 29 delas menores de idade, em um bombardeio na província de Saada.
"Pedimos a todas as partes em conflito que, por favor, respeitem as leis humanitárias, as leis da guerra e que não se produzam mais ataques contra civis, infraestruturas civis, como hospitais, escolas e pontos de saneamento, mas especialmente as crianças, que são as mais vulneráveis", afirmou o representante do Unicef no país, Meritxell Relano, em sua conta no Twitter.
Relano acrescentou que as crianças mortas no bombardeio em Saada viajavam em um caminhão, aparentemente para atividades em uma escola de uma região muito afetada pelo conflito. A coalizão árabe confirmou que houve um lançamento de um míssil pelos rebeldes houthis, rebeldes xiitas apoiados pelo Irã, após a morte de um civil no dia anterior.
A guerra no Iêmen começou em 2014, quando os rebeldes ocuparam Sana e outras províncias, mas se agravou em 2015 com a intervenção da coalizão militar composta por países sunitas e liderados pela Arábia Saudita, a favor das forças leais ao presidente iemenita Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi. Ao menos 10 mil pessoas já foram mortas em decorrência do conflito.