Caminhada dos terreiros abre o mês da consciência negra
Considerada a maior mobilização da cultura africana e afro-indígena do estado, o evento reuniu centenas de pessoas no Marco Zero, no bairro do Recife, no Centro da cidade
Para marcar o início do mês da Consciência Negra, a 12° Caminhada dos Terreiros desfilou nesta quinta-feira (1º) pelas ruas do Recife pedindo o fim da intolerância. Considerada a maior mobilização da cultura africana e afro-indígena do estado, o evento reuniu centenas de pessoas no Marco Zero, no bairro do Recife, no Centro da cidade. A manifestação é organizada pela Associação Caminhada dos Terreiros de Pernambuco.
Integrantes de religiões de matriz africana fizeram orações, danças, cultos e cânticos e pediram respeito ao culto dos orixás, caboclos e demais entidades veneradas pelos povos de terreiro. “Nossa luta é pela quebra do racismo e discriminação religiosa, além de efetivar a promoção da igualdade social, nos ajudando a desenvolver um diálogo intra religioso. Essa é uma caminhada para além da população negra, é para a sociedade pernambucana”, afirma Marta Almeida, integrante do Conselho de Igualdade Racial do Estado.
Praticantes de religiões como a umbanda e o candomblé participaram do evento. Membros da Igreja Católica também participaram da celebração. “Viemos aqui manifestar o nosso respeito às autoridades religiosas de matriz afro. Essa caminhada é também de resistência, de combate à intolerância religiosa e ao preconceito racial. Nossa fé não nos torna inimigos, pelo contrário, nos une como irmãos através do amor, disse Frei Carlos.
Por Tamires Melo