Tópicos | Caminhada dos Terreiros

O município do Paulista sediou, nesta sexta-feira (25), a Caminhada de Terreiros Omulu. Criado em 2008, o evento deste ano teve como tema “Violência não Combina com Fé”. A coordenação é da Marcha de Oxalá e da Caminhada de Terreiros.

Com o intuito de chamar atenção para os casos de intolerância religiosa, adeptos de religiões de matriz afro-indígena - candomblé, umbanda e jurema -, concentraram-se durante a tarde na Praça João Pessoa, no Centro, e caminharam, no início da noite, até a Praça João XXIII, também na área central da cidade.

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Antes da caminhada e após a chegada ao destino final, o grupo realizou apresentações de gira de Jurema, danças e entoou cantos religiosos.

A organizadora da Caminhada e presidente da Marcha de Oxalá, mãe Cris, lembrou que a Caminhada existe na cidade há 14 anos e simboliza um ato de resistência contra a intolerância religiosa, realizada no Mês da Consciência Negra. “Viemos aqui chamar a atenção do Poder Legislativo para que sejam criadas mais leis em defesa e em garantia de mais direitos aos povos de terreiro. Violência não combina com fé. Não somos adoradores do diabo. Adoramos um Deus, adoramos a natureza”.

Dando por iniciadas as festividades e mobilizações do Mês da Consciência Negra, a Caminhada dos Terreiros de Pernambuco chega à sua 13ª edição nesta sexta-feira (1º). O tradicional cortejo das religiões de matriz africana é promovido pela Rede de Articulação Caminhada dos Terreiros de Pernambuco, com apoio da Prefeitura do Recife.

Nesta 13ª edição, o tema da Caminhada será Mexeu com um (a), mexeu com todos (as), convocando à comunhão entre os povos de diferentes gêneros, cores e crenças e à mobilização contra o racismo e a intolerância religiosa. A programação começa às 14h, no Marco Zero, com um breve momento de falas de lideranças religiosas e homenagens, seguidas do Xirê, bonita e solar celebração com cânticos e danças para todos os orixás.

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A Caminhada, que celebra a força de religiões ancestrais do povo negro, matrizes culturais e sociais brasileiras, como o candomblé, a jurema e a umbanda, seguirá pela Avenida Marquês de Olinda, Ponte Maurício de Nassau, Avenida Martins de Barros, Praça da República, Rua do Sol, Avenida Guararapes e Avenida Dantas Barreto até o Pátio de São Pedro.

A Secretaria de Cultura do Recife e a Fundação de Cultura Cidade do Recife irão assegurar tablado, som e toldo para a concentração da caminhada, no Marco Zero, e para a dispersão, no Pátio. Será disponibilizada ainda a Frevioca, além de banheiros químicos na concentração, no percurso e no final do trajeto.

Trânsito

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) preparou uma operação especial de trânsito para acompanhar todo o trajeto. As ações terão início às 14h, com agentes de trânsito realizando monitoramento na Ponte Giratória, ruas da Moeda e Vigário Tenório, além da Avenida Alfredo Lisboa.

A depender da necessidade, a CTTU poderá realizar a interdição temporária do acesso ao Marco Zero, na Avenida Alfredo Lisboa, no Bairro do Recife. Dessa forma, os condutores que seguem pela Ponte Giratória, sentido Centro, deverão realizar o desvio pela Avenida Martins de Barros. Já quando o cortejo estiver na Avenida Martins de Barros, o trânsito será desviado pela Ponte Giratória.

Um efetivo de 15 agentes de trânsito será destacado para acompanhar todo o percurso, montando bloqueios itinerantes ao longo da passagem dos religiosos e garantindo a orientação dos condutores e a segurança viária. As operações seguem até 19h, horário esperado para a dispersão total do público.

*Da assessoria

Para marcar o início do mês da Consciência Negra, a 12° Caminhada dos Terreiros desfilou nesta quinta-feira (1º) pelas ruas do Recife pedindo o fim da intolerância. Considerada a maior mobilização da cultura africana e afro-indígena do estado, o evento reuniu centenas de pessoas no Marco Zero, no bairro do Recife, no Centro da cidade. A manifestação é organizada pela Associação Caminhada dos Terreiros de Pernambuco.

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Integrantes de religiões de matriz africana fizeram orações, danças, cultos e cânticos e pediram respeito ao culto dos orixás, caboclos e demais entidades veneradas pelos povos de terreiro. “Nossa luta é pela quebra do racismo e discriminação religiosa, além de efetivar a promoção da igualdade social, nos ajudando a desenvolver um diálogo intra religioso. Essa é uma caminhada para além da população negra, é para a sociedade pernambucana”, afirma Marta Almeida, integrante do Conselho de Igualdade Racial do Estado.

Praticantes de religiões como a umbanda e o candomblé participaram do evento. Membros da Igreja Católica também participaram da celebração. “Viemos aqui manifestar o nosso respeito às autoridades religiosas de matriz afro. Essa caminhada é também de resistência, de combate à intolerância religiosa e ao preconceito racial. Nossa fé não nos torna inimigos, pelo contrário, nos une como irmãos através do amor, disse Frei Carlos.

Por Tamires Melo

O centro do Recife recebe, nesta quinta-feira (1º), a 12ª edição da Caminhada dos Terreiros de Pernambuco, tradicional cortejo das religiões de matriz africana. O evento tem como objetivo assegurar a visibilidade e o respeito às religiões de matriz africana, como o candomblé, a jurema e a umbanda.

A celebração começa às 14h com concentração no Marco Zero, onde haverá falas de lideranças, danças e cânticos para os orixás. Por decreto instituído em 2015, a caminhada também celebra a abertura do Mês da Consciência Negra. 

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A caminhada seguirá pela Avenida Marquês de Olinda, Ponte Buarque de Macedo, Praça da República, Dantas Barreto, Avenida Guararapes e Pátio de São Pedro. A celebração é promovida pela Associação Caminhada dos Terreiros de Pernambuco, com apoio da Prefeitura do Recife, organização do Movimento Negro Unificado e Ilè Egbe Ase Awo.

Em 2017, a Ouvidoria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) recebeu duas denúncias relacionadas à intolerância religiosa ou preconceito/racismo. Já neste ano, foram computadas 29 notificações do tipo. Para o governo, o crescimento significa que a ouvidoria está sendo mais utilizada pela população.

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Um encontro marcado por celebrações, pedido de respeito e paz foi o clima da 9ª Caminhada dos Terreiros de Pernambuco que aconteceu nesta quarta-feira (4), com concentração no Marco Zero do Recife. Cerca de mil pessoas, entre crianças e idosos, percorreram o trajeto até o Pátio do Carmo.  

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Cláudio Pinho Achogum, organizador do evento, explica que neste ano o público contou com dois trios elétricos entoando músicas religiosas do Candomblé e mais duas freviocas que conduziam os idosos. Pinho ressalta a importância do encontro para a religião Afro. “A Caminhada tem toda importância simbólica, além da tradição por ser a primeira religião do Brasil. O encontro reascende a nossa luta, assim como a de Zumbi”, pontua. 

O organizador explicou que a Caminhada acontece todos os anos no dia 4 de novembro e conta que o diferencial da festa em Pernambuco é o viés puramente religioso. “No nosso evento não são permitidas bebidas, cigarro e todos os cantos são sagrados e entoados para os orixás, nkisi e vodu”, ressalta.

A auxiliar de serviços gerais, Cristiane da Conceição, já faz parte da religião há 13 anos e sempre frequenta a Caminhada. “Nós esperamos todos os anos por esta festa porque ela simboliza o valor que damos à religião. Aqui nós também louvamos aos deuses e àqueles que partiram para outro mundo”, conta. 

Para Michele Miguel, a caminhada é uma afirmação à religião e à cultura, além do respeito ao Candomblé. Ela conta que participa há cinco anos, mas seu terreiro está presente há mais tempo e que junto a ela seu marido e filho também participam. 

As crianças Nathaly e Victor são irmãos e já participaram de duas caminhadas. “Cansa um pouquinho, mas essa é a parte que eu mais gosto”, diz a menina de sete anos que conta entender a importância do evento para a religião. Já seu irmão, de cinco anos, revela que também gosta da celebração final.

Na ocasião, o cantor e compositor pernambucano, Marrom Brasileiro, estava presente e falou com carinho sobre o encontro, além de ressaltar que este é um momento de fé. “Compreendemos que essa caminhada é um ato de fé e acima de tudo de resistência contra o preconceito e a intolerância religiosa e isso é fundamental nessa caminhada: fé e a luta religiosa dos povos de África”. 

Para Mameto Nadja, com nkisi em Iansã Kaiango, esse é um encontro para fortalecer as raízes e ir às ruas. É uma forma de ramar, ou seja, espalhar ramas do Candomblé para outras gerações e reafirmar a força da natureza porque todos os seres humanos são filhos dela. 

A Caminhada seguiu por ruas do Recife, passando pela sede do governo do estado, o Palácio do Campo das Princesas, e foi em direção ao Pátio do Carmo, na área central da cidade. O encerramento foi marcado pela celebração da Jurema Sagrada que, de acordo com o Candomblé, simboliza os pés para caminhar. De acordo com o organizador, essa celebração é tipicamente nordestina. 

A sétima Caminhada dos Terreiros de Pernambuco foi às ruas do Centro do Recife nesta segunda-feira (4). Os seguidores do Candomblé, Umbanda e Jurema, saíram em passeata pedindo a aplicabilidade das leis 10.639 e 11.645, que obriga o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas do Estado. 

Segundo o coordenador geral da Caminhada, Marcos Pereira, o evento também abre o mês da consciência negra em Pernambuco.  “Este é um momento que a gente chama atenção da sociedade mostrando que a religião dos orixás é a primeira religião da humanidade. Entretanto, ela é a mais perseguida”, afirmou. “Pernambuco tem a lei do silêncio mais repressiva que você possa imaginar. A Polícia ainda invade os terreiros de Candomblé nos dias de hoje”, desabafou. 

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O Promotor de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, Westei Conde reconhece que ainda existe o preconceito da sociedade para as religiões africanas. “A caminha tem o papel de trazer para os pernambucanos a necessidade do respeito e da convivência entre diversos cultos de diversas religiões”, contou. Em relação as leis, o representante do Ministério Público afirma que elas já entraram em vigor há mais de uma década. “A dificuldade que nós encontramos é na implementação da lei, mas existe um esforço muito grande para que se dê visibilidade dentro do currículo disciplinar”, explicou.  

Na sua última edição, a caminhada reuniu 32 mil pessoas, este ano a coordenadoria do evento espera em torno de 40 mil. A concentração estava marcada para às 14h, na praça do Marco Zero, situada na área central da cidade. Em seguida o cortejo passou pelas avenidas Marquês de Olinda e Martins de Barro, seguindo pela Praça da República, Rua do Sol e Avenida Dantas Barreto. O evento terminara na Praça do Carmo, ao lado da igreja do Carmo, em Frente ao Memorial Zumbi dos Palmares.

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Representantes das religiões afro-brasileiras se concentraram no Marco Zero, área central do Recife, para a 6º Caminhada de Terreiros de Pernambuco. O evento reuniu mais de 2.000 terreiros do Estado e faz parte das comemorações pelo mês da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro.

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O cortejo homenageia Mãe Biliu, símbolo da luta e da resistência afro-brasileira no Estado, que morreu aos 107 anos, em agosto deste ano, e o sacerdote Pai Paulo Braz, neto biológico de Pai Adão. “Estamos aqui para garantir nosso direito, mostrar resistência pelo nosso povo, não ter vergonha da religião e não se sentir oprimido”, enfatizou um dos coordenadores da Caminhada, Cleyton Gouveia, pai de santo da Casa Amarela de Oxum, situada em Ouro Preto, Olinda, Região Metropolitana do Recife.

Antes de começar a caminhada foi feito um trabalho para Exú (patê para Exú), para abrir os caminhos do cortejo. Algumas personalidade pernambucanas, como Ulisses Dornelas, que interpreta o personagem Palhaço Chocolate, receberam um troféu por serem à favor da causa afro-brasileira.

Durante a celebração, o grande homenageado, o sacerdote Adolfo Feliciano, com mais de 40 anos de terreiro, passou mal. Ele foi socorrido ainda local. Pai Fernando Odé, 52 anos, é pai de santo da Casa dos Olhos do Rei Caçador, no Ibura, Zona Sul do Recife, há mais de quatro décadas. Por mais um ano seguido ele fez questão de participar do cortejo. “Estou desde a primeira edição da caminhada e posso dizer que presenciei uma evolução, mas o preconceito ainda não diminuiu. Estamos aqui em favor da unificação das religiões”.

No roteiro do cortejo, a Avenida Marquês de Olinda, Avenida Martins de Barro, Praça da República, Rua do Sol e Avenida Dantas Barreto. A caminhada termina em frente à Igreja do Carmo, no Memorial Zumbi dos Palmares, onde haverá uma louvação aos Orixás.

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