Mulher é acusada de queimar boca da filha em Olinda
Criança contou que a agressão ocorreu porque estava deixando algumas tarefas sem responder, o que teria irritado sua mãe
Uma mulher de cerca de 30 anos é suspeita de queimar a boca da filha de oito anos com uma colher quente por causa de tarefa escolar. A mulher foi levada para a Delegacia de Peixinhos, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR), na última segunda-feira (18).
O caso chegou inicialmente ao Conselho Tutelar de Olinda. Uma equipe foi até onde a vítima se encontrava, na casa de uma prima, e constatou a veracidade da denúncia. “A mãe nega. Primeiro ela negou que tivesse acontecido algo, mas ela não sabia que a gente já tinha visto a menina. Aí depois ela disse que foi um acidente, que uma grelha do fogão caiu no rosto da criança”, contou o conselheiro Eurico Guedes ao LeiaJá.
A garota relatou que a queimadura foi feita pela mãe com uma colher quente. A mulher teria se irritado com a filha, pois ela estaria deixando páginas do livro de tarefa sem responder. A suspeita diz que o suposto acidente ocorreu na última quarta-feira (13), já a menina não sabe precisar a data do fato.
Segundo Guedes, a mãe estava evitando que a vítima saísse de casa para não ser vista com os ferimentos, inclusive não indo mais à escola. Entretanto, a mãe cedeu que a menina fosse para a casa da prima para não parecer que estivesse tentando esconder algo.
O Conselho Tutelar encaminhou a criança para uma unidade de saúde, pois ela não tinha recebido atendimento médico até então. A Polícia Civil também a encaminhou para o Instituto de Medicina Legal (IML) para a realização do exame do Corpo de Delito.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) será acionado pelo conselho para acompanhar o caso. A menina foi levada para a casa da prima. “Achei o ambiente bem agradável. Ela se sente bem lá, chama a prima de ‘tia’ até”, resumiu o Eurico Guedes. A mãe está em liberdade. A suspeita também é acusada de ameaçar os conselheiros. Segundo informações, ela tem outros dois filhos que são criados pela avó e uma recém-nascida cujo paradeiro o Conselho Tutelar não soube informar.