Dois alpinistas morrem no Everest
No ano passado aconteceram cinco mortes durante escaladas ao Everest
Dois alpinistas, um americano e uma indiana, morreram no Everest, anunciaram nesta quinta-feira (23) suas expedições, em um período de grande fluxo de montanhistas que tentam escalar a maior montanha do planeta.
O americano Donald Lynn Cash, 55 anos, desmaiou na quarta-feira (22) no topo do Everest, a 8.848 metros de altura, quando estava fazendo fotos.
"Nossos dois sherpas o ajudaram a recuperar a consciência, mas ele faleceu quando o transportavam de volta", afirmou à AFP Pasang Tenje Sherpa, da expedição Pioneer Adventure.
A indiana Anjali Kulkarni, também de 55 anos, faleceu durante a descida, depois de alcançar o topo.
O organizador da expedição de Kulkrani, Arun Trek, atribuiu o acidente ao fluxo excessivo de montanhistas e afirmou que isto atrasou a descida da alpinista.
Quatro pessoas morreram na atual temporada, após o falecimento na semana passada de um alpinista indiano e da provável morte de um irlandês que caiu perto do topo da montanha e não teve o corpo localizado.
No ano passado aconteceram cinco mortes durante escaladas ao Everest.
A cada ano centenas de alpinistas do mundo inteiro viajam ao Nepal entre abril e maio, a temporada mais favorável, para escalar o Everest. A ascensão é extremamente perigosa e provoca vítimas com frequência.
Na quarta-feira, quase 200 pessoas tentavam chegar ao topo do Everest, em um dia de boas condições meteorológicas.
"Não sabemos o número de pessoas que conseguiram chegar ao topo, mas foi um dia de muito movimento. As expedições reclamam que é preciso esperar duas horas ou mais para chegar ao topo", disse Gyanendra Shrestha, funcionário do governo que estava no campo base.
O Everest foi escalado pela primeira vez em 1953 pelo neozelandês Edmund Hillary e o nepalês Tenzing Norgay.