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Os filhos do neozelandês Edmund Hillary e do nepalês Tenzing Norgay Sherpa presidiram nesta segunda-feira (29), no Nepal, a celebração do 70º aniversário da histórica conquista do Everest, a montanha mais alta do mundo, por seus pais.

"Por muitas razões, não foram apenas Ed Hillary e Tenzing Norgay que alcançaram o cume do Everest, mas toda a humanidade", disse Peter Hillary em uma escola fundada por seu pai, Edmund, na isolada localidade de Khumjung, a 3.790 metros de altitude.

"De repente, cada um de nós podia partir", acrescentou.

A conquista do "Teto do Mundo", que culmina aos 8.849 m de altitude, em 29 de maio de 1953, mudou o montanhismo para sempre e cobriu de glória o neozelandês e seu guia nepalês no mundo todo.

Membros das respectivas famílias se juntaram a moradores e autoridades locais na manhã de hoje para inaugurar o Escritório de Turismo Sir Edmund Hillary, instalado no mesmo prédio da escola inaugurada em 1961.

Lâmpadas foram acesas em frente aos retratos de Edmund Hillary e Tenzing Norgay Sherpa. Seus filhos, Peter Hillary e Jamling Norgay Sherpa, cortaram a fita vermelha, inaugurando o centro, oficialmente.

Um museu renovado também foi inaugurado em nome de Tenzing Norgay em Namche Bazar, o maior centro turístico na estrada do acampamento-base do Everest.

Em Katmandu, autoridades e centenas de montanhistas participaram de uma manifestação com faixas comemorativas.

Os melhores alpinistas nepaleses, entre eles Kami Rita Sherpa, apelidado de "o homem do Everest", que alcançou o cume pela 28ª vez na semana passada, foram homenageados em uma cerimônia.

Sanu Sherpa, o único que já escalou duas vezes os 14 picos mais altos do mundo, pediu ao governo que apoie os guias nepaleses, que assumem enormes riscos para acompanhar alpinistas estrangeiros em suas subidas.

Nas últimas sete décadas, mais de 6.000 pessoas escalaram o pico mais alto do mundo, de acordo com o site Himalayan Database. Mais de 300 alpinistas perderam suas vidas no mesmo período de tempo, incluindo 12 este ano.

Com cinco alpinistas desaparecidos no momento, 2023 é um ano recorde em termos de mortalidade no Everest.

O alpinista nepalês Kami Rita Sherpa alcançou nesta terça-feira (23) o topo do Monte Everest pela 28ª vez, o que representa o recorde, um dia após um compatriota ter igualado sua marca anterior.

"Kami Rita Sherpa chegou ao topo do Everest esta manhã. É a 28ª vez", declarou à AFP Thaneshwor Guragain, da empresa Seven Summit Treks, que organizou a expedição.

Na segunda-feira, Pasang Dawa Sherpa, de 46 anos, havia igualado o recorde estabelecido por Kami Rita Sherpa na semana passada ao escalar pela 27ª vez a montanha, de 8.849 metros.

Os dois já escalaram a maior montanha do mundo duas vezes na atual temporada.

Kami Rita Sherpa, um guia de 53 anos com mais de duas décadas de experiência e conhecido como "o homem do Everest", escalou a montanha pela primeira vez em 1994, quando trabalhava para uma expedição comercial.

Desde então, ele escalou o Everest quase todos os anos, geralmente liderando a primeira equipe que fixa as cordas para abrir o caminho até o topo do planeta para os demais alpinistas.

O Nepal tem oito das 10 maiores montanhas do mundo e a cada ano recebe centenas de alpinistas durante a temporada de escalada na primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), com temperatura mais amena e ventos de menor intensidade.

As autoridades do país emitiram este ano 478 autorizações para alpinistas estrangeiros.

Como a maioria precisa de um guia local, especialistas calculam que mais de 900 pessoas, um recorde, tentarão escalar o Everest nesta temporada, que vai até o início de junho.

A indústria do alpinismo no Himalaia é baseada na experiência dos guias, geralmente nascidos nos vales do Everest.

Mais de 500 pessoas já escalaram o Everest, de acordo com os dados do Departamento de Turismo do Nepal.

Uma aventura que provoca várias mortes a cada ano. Na atual temporada, 10 alpinistas morreram tentando escalar o Everest, incluindo quatro guias.

Um alpinista americano faleceu no monte Everest, anunciou o organizador da expedição nesta terça-feira (2), na primeira morte de um alpinista estrangeiro na atual temporada na maior montanha do planeta.

O homem de 66 anos estava no período de aclimatação na área do campo base 2, que fica a 6.400 metros de altura, quando faleceu na segunda-feira.

"Não estava bem e faleceu no campo 2. Esforços estão em curso para o transporte do corpo", declarou à AFP Pasang Thsering Sherpa, da empresa Beyul Adventure.

Ele acrescentou que as condições meteorológicas ruins complicam a operação para a retirada do corpo.

A Beyul Adventure é a parceira local da empresa americana International Mountain Guides.

A temporada de escalada do Everest na primavera (hemisfério norte, outono no Brasil) teve um início trágico no mês passado com as mortes de três nepaleses.

O trio passava pela traiçoeira geleira Khumbu durante uma missão de abastecimento quando um bloco de gelo se desprendeu e empurrou o grupo para uma fenda.

O Nepal emitiu 466 permissões de escalada do Everest para alpinistas estrangeiros nesta primavera.

Como a maioria precisa de um guia local, especialistas calculam que mais de 900 pessoas tentarão escalar o topo do mundo nesta temporada, que vai até o início de junho.

Isto pode provocar novamente um grande tráfego e engarrafamentos no caminho até o pico, em particular se o período para chegar ao topo for reduzido devido ao tempo ruim.

Na média, cinco alpinistas morrem a cada ano na maior montanha do mundo.

Em 2019, no entanto, 11 pessoas morreram e quatro óbitos foram atribuídos às aglomerações.

O Nepal tem oito das 10 maiores montanhas do mundo. O país recebe centenas de alpinistas durante a temporada de escalada na primavera.

Lakpa Sherpa escalou o Everest sete vezes. Mas esta temporada de 2021, marcada pela Covid-19, a recusa das autoridades nepalesas em admitir as infecções e dois ciclones que impediram as subidas, é sem dúvida a mais difícil da sua carreira como guia.

"Esta temporada tem sido muito difícil. Já estávamos trabalhando sob a pressão da covid e o (mau) tempo nos traiu", explicou o organizador de expedições à AFP.

Este ano, foram numerosos os candidatos à subida do pico mais alto do mundo (8.848,86 metros), depois do cancelamento da temporada de 2020.

O Nepal emitiu em 2021 um número recorde de 408 autorizações de subida e flexibilizou as regras de quarentena na esperança de atrair mais alpinistas. Mas não implementou nenhum plano preciso para detectar, isolar ou controlar o aumento das infecções por Covid-19.

Algumas semanas após o início da temporada, um alpinista norueguês, Erlend Ness, confirmou que não estava bem no acampamento-base e testou positivo para a Covid-19 em Katmandu depois de ser evacuado. Seguiram-se outros casos de contágio.

Apesar disso, Lakpa Sherpa decidiu manter as expedições que sua agência Pioneer Adventure havia planejado com 23 clientes.

O curto período de boas condições climáticas para escalar o Everest coincidiu com uma segunda onda epidêmica no Nepal, especialmente virulenta, com mais de 9.000 infecções diárias em maio.

"Antes havia acessos de tosse, resfriados comuns e risco de avalanches e fissuras. Mas este ano, o perigo está no fato de que, em caso de infecção por covid, não dá para escalar porque (essa doença) dificulta respirar e causa cansaço", explica o guia Mingma Dorji Sherpa.

- "Muito doente" -

Dois islandeses, Sigurdur Sveinsson e Heimir Hallgrímsson, chegaram ao topo apesar de terem contraído a doença.

Depois que alcançaram os 7.000 m, começaram a tossir e suspeitaram que estavam infectados, mas continuaram sua expedição até o cume. Os sintomas pioraram na descida.

"No campo 2 estávamos muito doentes, com tosse, dor de cabeça e cansaço (...) Tínhamos que descer o mais rápido possível", disseram na quinta-feira.

Ambos testaram positivo quando chegaram ao acampamento-base e foram isolados em sua barraca.

Apesar do aparecimento de casos, as autoridades nepalesas sempre se recusaram a reconhecer a existência de infecções no Everest.

O organizador Lukas Furtenbach, o primeiro a cancelar sua expedição devido à situação sanitária, acredita que o governo nepalês deveria prorrogar a validade das autorizações de subida, no valor de US$ 11 mil, para seus clientes.

"O Nepal convidou as expedições estrangeiras e garantiu nossa segurança (...) Meus clientes não se sentiam seguros no acampamento-base", afirma.

A indústria criticou fortemente o governo nepalês por continuar a autorizar escaladas.

"Não há desculpas para as mentiras flagrantes, negações e dissimulações do (governo) nesta temporada", comentou na sexta o blogueiro especializado Alan Arnette.

O cancelamento da temporada no ano passado foi uma grande perda para a economia do Nepal, país que depende muito do turismo.

Além da pandemia, dois ciclones atingiram a Índia em maio e limitaram o acesso ao telhado do mundo.

Na semana passada, quando o segundo ciclone atingiu o território indiano, uma gigantesca tempestade de neve caiu no Everest, sepultando as tendas dos últimos candidatos à ascensão.

O número total de alpinistas que chegaram ao topo este ano ainda não foi publicado, mas o ministério do Turismo estima que seja em torno de 400, contra 644 em 2019.

Dois alpinistas, um americano e um suíço, morreram no Monte Everest, as primeiras vítimas da temporada de 2021 - anunciaram nesta quinta-feira (13) os organizadores da expedição no Nepal.

Os dois faleceram na quarta-feira (12), informou à AFP Mingma Sherpa, da agência Seven Summit Treks.

O alpinista suíço Abdul Waraich, de 40 anos, "sofreu uma exaustão" depois de alcançar o cume (8.848,86 metros), relatou Chhang Dawa Sherpa, da mesma empresa.

"Enviamos dois sherpas adicionais com oxigênio e alimentos, mas infelizmente não conseguiram salvá-lo", declarou.

O alpinista americano Puwei Liu, de 55 anos, conseguiu chegar ao escalão Hillary, mas foi vítima da cegueira da neve e de exaustão. Ele recebeu ajuda para continuar a descida, segundo os organizadores. Alcançou o campo 4, onde faleceu pouco depois.

O tempo ruim impede no momento a recuperação dos corpos dos alpinistas para sua repatriação, informou Thaneshwor Guragain, da Seven Summit Treks.

Durante as últimas temporadas, o Everest registrou um número crescente de alpinistas que tentaram alcançar o topo, uma situação que provocou uma superlotação que seria a culpada por várias mortes.

O Ministério nepalês do Turismo decretou novas regras para limitar o número de alpinistas que tentam alcançar o "teto do mundo".

A pandemia acabou com a temporada passada. Este ano, no entanto, apesar dos riscos de contrair covid-19 durante a expedição, o Nepal flexibilizou as regras de quarentena com o objetivo de atrair mais alpinistas.

A China instalará uma "linha de demarcação" da fronteira no topo do Everest para evitar qualquer risco de contaminação por Covid-19 por parte dos alpinistas procedentes do Nepal, informou a imprensa chinesa.

Primeira nação afetada pela pandemia em dezembro de 2019, a China conseguiu conter em grande medida a doença desde a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil) de 2020 e agora teme um retorno dos contágios a partir do exterior.

Embora as fronteiras estejam praticamente fechadas desde março de 2020, a China tem a intenção de ampliar sua vigilância ao topo do planeta, que compartilha com o Nepal, a 8.848 metros de altura.

Os guias de alta montanha estabelecerão uma linha de demarcação no topo antes de permitir a escalada no lado chinês (norte), informou a agência de notícias Xinhua.

O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva pelo diretor da Associação Tibetana de Montanhismo.

A agência estatal não detalhou como a China marcará especificamente seu território no estreito cume da maior montanha do mundo, onde apenas alguns alpinistas podem permanecer ao mesmo tempo.

O presidente da Associação de Montanhismo do Nepal, Santa Bir Lama, expressou dúvidas sobre a questão.

"Não estou a par da decisão, mas existe apenas um cume e seria praticamente impossível criar uma separação entre alpinistas dos dois lados" disse Bir Lama.

Funcionários tibetanos citados pela agência afirmaram que adotarão "as medidas mais estritas de prevenção da epidemia" para evitar o contato com os alpinistas que fazem a escalada a partir do lado sul.

Desde o início da temporada, o Nepal já organizou mais de 30 retiradas médicas, algumas motivadas pela covid-19, no campo base localizado a 5.364 metros de altura sobre o nível do mar.

O Nepal, país vizinho da Índia, é gravemente afetado por uma segunda onda de coronavírus, no momento em que planejava retomar o turismo, que em 2020 foi reduzido a zero.

A cidade montanhosa de Khumjung, no Himalaia, deveria estar lotada um pouco antes do início da temporada de escalada do Everest, mas o coronavírus forçou o "fechamento" da maior montanha do planeta e ameaça o sustento dos famosos sherpas locais.

Apesar da ausência de casos do vírus na localidade - onde vive a etnia dos sherpas, colaboradores essenciais para os alpinistas do Everest - a atividade na cadeia de montanhas está paralisada devido ao fechamento global das fronteiras e da suspensão dos voos.

Phurba Nyamgal Sherpa - que escala o Everest e outras montanhas desde que tinha 17 anos - está preocupado com o futuro, assim como centenas de outros guias e trabalhadores de expedições na região.

O equipamento de escalada está inutilizado dentro das casas de Khumjung. Os hotéis e "tea shops" destinados aos turistas e montanhistas estão vazios, algo inimaginável em outros anos às vésperas do início da temporada de ataque ao topo do Everest, de 8.848 metros de altura.

O Nepal suspendeu em 12 de março as autorizações para todas as expedições em suas montanhas.

A situação representa uma perda de pelo menos quatro milhões de dólares em permissões de escalada ao Everest: cada uma custa 11.000 dólares.

Sherpa e outros guias, cujas atividades geralmente representam o único sustento de suas famílias, enfrentam um problema ainda maior.

De fato, a temporada do Everest, do início de abril ao fim de maio, permite alimentar as famílias dos sherpas durante todo o ano, graças aos seus ganhos, que oscilam no período entre 5.000 e 10.000 dólares.

"Não vamos às montanhas porque queremos, esta é nossa única maneira de trabalhar", declarou Sherpa à AFP em sua casa, onde mora com a esposa e o filho de seis anos.

Sherpa, 31 anos, chegou ao topo do Everest oito vezes e ajudou dezenas de pessoas a escalar a maior montanha do mundo.

No ano passado, a temporada registrou um recorde de 885 pessoas no topo do Everest, 644 delas escalando a partir do lado nepalês.

Mas o coronavírus deixou os acampamentos base desertos.

Namche Bazaar, a última localidade antes dos acampamentos, também está deserta.

Os sherpas não são os únicos afetados. O turismo contribui com quase 8% para o PIB do Nepal e gera quase um milhão de empregos.

O Nepal, que ainda se recupera de um terremoto devastador em 2015, esperava atrair este ano o número recorde de dois milhões de turistas.

Apesar das dificuldades, os moradores da região do Everest concordam com a decisão do governo. O risco de infecção é real.

Na temporada de escaladas, centenas de montanhistas e sherpas nepaleses convivem em condições de proximidade.

Além disso, à medida que o ar se torna mais rarefeito é cada vez mais difícil respirar em altitudes elevadas, o que representa um sério risco adicional a uma epidemia de qualquer tipo.

O renomado alpinista Phurba Tashi Sherpa, que escalou o Everest 21 vezes, afirma que o coronavírus provocaria um verdadeiro caos em caso de propagação nas cidades do Himalaia.

"Embora custe o nosso trabalho, é uma boa decisão", disse.

A China cancelou as permissões para escalar o Everest devido à pandemia de coronavírus, anunciaram nesta quinta-feira (12) organizadores da expedição, a poucas semanas do início da alta temporada

A maior montanha do planeta é acessível pela China por seu flanco norte e pelo Nepal a partir do sul. Esta última via é tradicionalmente a de maior fluxo e não foi fechada até o momento.

Várias agências de alpinismo informaram à AFP que as autoridades chinesas anunciaram o fechamento de sua via rumo ao monte de 8.848 metros de altura. A temporada de primavera (hemisfério norte), a mais propícia para a dura escalada da montanha, acontece em abril e maio.

A pandemia do novo coronavírus, que surgiu na China em dezembro, já deixou quase 4.600 mortos e 125.000 infectados em 113 países.

Um alpinista americano morreu durante a descida do Everest, anunciaram as autoridades do Nepal, o que eleva a 11 o número de vítimas fatais na maior montanha do mundo na atual temporada.

Christopher John Kulish, 61 anos, alcançou o topo da montanha, de 8.848 metros, e retornou na segunda-feira (27) ao acampamento base mais elevado do Everest.

"Ele teve um problema cardíaco e morreu, de acordo com os organizadores da expedição", afirmou Mira Acharya, funcionário do Departamento de Turismo do Nepal.

A atual temporada, que pode superar o recorde de 807 pessoas no topo do Everest, registrado em 2018, foi uma das mais letais desde 2015.

Além das 11 pessoas mortas no Everest, nove alpinistas faleceram em montanhas com mais de 8.000 metros de altura na região do Himalaia.

Um alpinista britânico e outro irlandês morreram no Everest, elevando a dez o número de vítimas fatais na maior montanha do planeta na atual temporada, onde o grande fluxo cria perigosos engarrafamentos na chamada "zona da morte".

"Um alpinista britânico chegou ao pico da montanha, mas desmaiou e morreu 150 metros abaixo", afirmou Murari Sharma, da Expedição Everest Parivar. A vítima era Robin Fisher, de 44 anos.

"Nossos guias tentaram ajudá-lo, mas ele faleceu pouco depois do desmaio", declarou Murari Sharma.

Outro organizador de escaladas confirmou no Facebook a morte de um irlandês de 56 anos na sexta-feira no flanco tibetano da montanha.

Ele havia decidido retornar sem ter alcançado o pico, mas morreu na tenda de campanha no North Col, uma passagem da montanha a 7.000 metros de altitude.

Esta semana também morreram um alpinista americano, um austríaco, um nepalês e quatro indianos. Um irlandês está desaparecido e foi dado como morto depois de ter caído perto do pico.

Ao menos quatro mortes foram atribuídas aos engarrafamentos na chamada "zona da morte".

Desde o início desta temporada, foram registradas cenas de engarrafamentos impressionantes na montanha de 8.848 metros de altitude. O período entre o fim de abril e o mês de maio é considerado mais vantajoso para a escalada do monte, pois as condições meteorológicas são menos extremas.

Até sexta-feira, quase 600 alpinistas alcançaram o topo do Everest na temporada, de acordo com dados divulgados pelas autoridades nepalesas.

Fotos impactantes divulgadas nos últimos dias mostram uma longa fila de alpinistas, muito próximos uns dos outros, arrastando suas botas de escalada na área entre o cume e o desfiladeiro sul, onde fica o último acampamento na encosta do Nepal.

Os analistas afirmam que o engarrafamento é provocado pela proliferação de permissões de escalada, assim como pelo reduzido número de "janelas" meteorológicas adequadas para chegar ao topo. Desta maneira, todas as expedições iniciam o ataque final ao Everest durante os mesmos dias.

Na altura extrema, o oxigênio é mais escasso na atmosfera, e os alpinistas precisam recorrer a garrafas de oxigênio para alcançar o topo.

Uma altitude de 8.000 metros acima do nível do mar é considerada a "zona da morte".

"Permanecer muito tempo na zona da morte aumenta os riscos de congelamento, de sofrer o mal da altitude, ou mesmo de morte", explica à AFP Ang Tsering Sherpa, ex-presidente da Associação de Alpinistas do Nepal.

No ano passado, foram registradas cinco mortes na temporada de escalada do Everest.

Desde que as autoridades nepalesas liberaram a escalada no Monte Everest nos anos 1990, as expedições comerciais aumentaram, assim como o número de alpinistas.

Este ano, o Nepal concedeu para a temporada de primavera (hemisfério norte) o recorde de 381 permissões, ao preço de 11.000 dólares por pessoa, de acordo com os últimos dados disponíveis.

Cada titular de uma permissão é acompanhado por um guia, o que significa que mais de 750 pessoas estão na rota para a escalada.

Ao menos 140 receberam permissões para escalar o Everest a partir do flanco norte, no Tibete.

Dois alpinistas, um americano e uma indiana, morreram no Everest, anunciaram nesta quinta-feira (23) suas expedições, em um período de grande fluxo de montanhistas que tentam escalar a maior montanha do planeta.

O americano Donald Lynn Cash, 55 anos, desmaiou na quarta-feira (22) no topo do Everest, a 8.848 metros de altura, quando estava fazendo fotos.

"Nossos dois sherpas o ajudaram a recuperar a consciência, mas ele faleceu quando o transportavam de volta", afirmou à AFP Pasang Tenje Sherpa, da expedição Pioneer Adventure.

A indiana Anjali Kulkarni, também de 55 anos, faleceu durante a descida, depois de alcançar o topo.

O organizador da expedição de Kulkrani, Arun Trek, atribuiu o acidente ao fluxo excessivo de montanhistas e afirmou que isto atrasou a descida da alpinista.

Quatro pessoas morreram na atual temporada, após o falecimento na semana passada de um alpinista indiano e da provável morte de um irlandês que caiu perto do topo da montanha e não teve o corpo localizado.

No ano passado aconteceram cinco mortes durante escaladas ao Everest.

A cada ano centenas de alpinistas do mundo inteiro viajam ao Nepal entre abril e maio, a temporada mais favorável, para escalar o Everest. A ascensão é extremamente perigosa e provoca vítimas com frequência.

Na quarta-feira, quase 200 pessoas tentavam chegar ao topo do Everest, em um dia de boas condições meteorológicas.

"Não sabemos o número de pessoas que conseguiram chegar ao topo, mas foi um dia de muito movimento. As expedições reclamam que é preciso esperar duas horas ou mais para chegar ao topo", disse Gyanendra Shrestha, funcionário do governo que estava no campo base.

O Everest foi escalado pela primeira vez em 1953 pelo neozelandês Edmund Hillary e o nepalês Tenzing Norgay.

Um montanhista indiano se tornou a primeira pessoa a morrer em 2019 no Everest, onde um irlandês também está desaparecido - informaram os oficiais da expedição nesta sexta-feira (17).

Ravi Thakar, 28 anos, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (17) em sua barraca no acampamento 4, localizado a 7.920 metros de altitude, a última parada antes do topo da montanha mais alta do planeta.

Sua equipe se recuperava do esforço depois de ter realizado a façanha pretendia. "Uma operação para trazer o corpo está em andamento", disse Mingma Sherpa, da agência Seven Summit Treks, à AFP.

Um alpinista da mesma expedição, o irlandês Seamus Lawless, 39 anos, está sendo procurado depois de ter deslizado no dia anterior em uma área de 8.300 metros de altitude.

Os dois alpinistas eram de uma equipe de oito pessoas que incluía Saray Khumalo, a primeira mulher negra africana a chegar ao topo do Everest. No ano passado, cinco pessoas perderam a vida no Everest.

Todos os anos, centenas de alpinistas do mundo inteiro vão ao Nepal entre abril e maio, a estação mais favorável, para escalar o Everest. A ascensão é extremamente perigosa e muitas vezes há vítimas.

O Everest foi conquistado pela primeira vez em 1953 pelo neozelandês Edmund Hillary e o nepalês Tenzing Norgay.

O alpinista chinês Xia Boyu, amputado das duas pernas, completou nesta segunda-feira (14) seu sonho de alcançar o cume do Everest, uma proeza realizada depois de várias tentativas.

A quinta vez foi a vitoriosa: o cidadão chinês de 69 anos chegou ao topo, a 8.848 metros de altitude, nas primeiras horas dessa segunda-feira.

"Chegou à cúpula esta manhã, com outros sete membros de sua expedição", confirmou Dawa Futi Sherpa, da agência organizadora Imagine Trek and Expedition.

Xia Boyu teve medo de não poder tentar mais uma vez, quando o Nepal proibiu, no ano passado, a subida ao topo de pessoas duplamente amputadas e de cegos. A medida foi suspensa pela Justiça, devido a seu caráter discriminatório.

Xia fez parte da equipe chinesa que, em 1975, sofreu uma tempestade no topo. Faltando oxigênio e exposto a temperaturas polares, o alpinista sofreu um congelamento severo e perdeu ambos os pés.

Suas duas pernas tiveram de ser amputadas em 1996, logo abaixo do joelho, depois que os médicos descobriram um linfoma, um tipo de câncer no sangue.

Persistente, o sexagenário voltou ao pé do Everest em 2014, mas a temporada foi encurtada por uma avalanche que custou a vida de 16 sherpas.

Sem desistir, voltou no ano seguinte, mas um forte terremoto atingiu o Nepal. Apenas no Everest foram 22 mortos, em uma avalanche no campo base.

Durante sua última tentativa, em 2016, o mau tempo o obriga a voltar quando estava a 200 metros do cume.

"Meu sonho é escalar o Everest. Tenho que fazer isso. Representa também um desafio pessoal, um desafio do destino", disse ele no mês passado, à AFP, em Katmandu.

O único duplo amputado a chegar ao topo do mundo antes dele foi o neozelandês Mark Inglis, em 2006.

A tradicional temporada de primavera está em pleno apogeu nesse momento no Everest. O clima oferece uma pequena janela com condições menos extremas do que o resto do ano.

No domingo, chegaram ao cume os primeiros alpinistas da alta temporada. No total, quase 700 pessoas devem tentar escalar o Everest nas próximas semanas.

Corpos de quatro alpinistas foram encontrados em um campo do Monte Everest, anunciou nesta quarta-feira (24) uma empresa que organiza expedições, o que eleva a 10 o número de mortos na atual temporada de escalada ao "topo do mundo".

Os alpinistas falecidos foram encontrados na terça-feira no campo IV, situado a 7.950 metros de altura, por um grupo de socorristas que procurava o corpo do alpinista eslovaco Vladimir Strba, que morreu no domingo.

"Nossos socorristas encontraram os corpos de quatro alpinistas em uma barraca no campo IV ontem (terça-feira). Ainda não sabemos quem são nem como eles morreram", afirmou Mingma Sherpa, diretor da Seven Summits Trek, agência com sede em Katmandu que organiza expedições e operações de resgate no Everest.

De acordo com a imprensa local, os corpos encontrados são os de dois alpinistas estrangeiros e dois guias. Até o momento não foi possível contactar uma fonte do governo nepalês no campo base do Everest para confirmar a informação. Outros quatro alpinistas morreram no fim de semana no Everest, entre eles Strba e o médico americano Roland Yearwood.

Os dois estavam acima dos 8.000 metros, na denominada "zona da morte", um setor em que a altitude e a falta de oxigênio aumentam os riscos associados ao mal da montanha, condição que afeta o funcionamento dos órgãos.

O corpo do alpinista indiano Ravi Kumar, de 27 anos, foi encontrado na segunda-feira, dois dias depois do jovem ter alcançado o topo do Everest, a 8.848 metros. Um australiano faleceu no domingo no lado tibetano da montanha.

O alpinista suíço Ueli Steck morreu no fim de abril quando escalava o monte Nuptse, diante do Everest, ao cair mais de 1.000 metros. O nepalês Min Bahadur Sherchan, 85 anos, que tentava recuperar o título de alpinista mais idoso a escalar o Everest, morreu no início de maio em um campo base.

Desde o início da temporada, 382 alpinistas conseguiram chegar ao topo pelo lado sul e 120 escalaram o Everest pelo lado tibetano. Em 2016, cinco alpinistas morreram no Everest e 640 pessoas chegaram ao cume.

Desde a primeira escalada ao topo do Everest em 1953, mais de 300 pessoas, em sua maioria nepalases, morreram nas montanhas do Himalaia.

Três alpinistas morreram no fim de semana no Monte Everest e um continua desaparecido, informaram as autoridades locais nesta segunda-feira (22), no balanço mais grave desde a avalanche que deixou 18 mortos há dois anos.

Nos últimos três dias, mais de 10 alpinistas foram resgatados da maior montanha do planeta, que tem 8.848 metros de altura, informaram as equipes de emergência à AFP.

A montanha, conhecida pelo clima imprevisível, fortes ventos e temperaturas extremamente baixas, provocou a morte do alpinista eslovaco Vladamir Strba, que foi encontrado no domingo (21) a poucos metros do topo, informou Kamal Parajuli, representante do Departamento de Turismo do Nepal.

Strba estava acima dos 8.000 metros, área conhecida como "zona da morte", onde também foi encontrado o corpo do americano Roland Yearwood. A zona une o perigo da falta de oxigênio com a dificuldade da escalada.

A terceira vítima fatal, um alpinista australiano, foi encontrada na ladeira do Tibete, segundo a imprensa, que citou a Associação de Montanhismo local. O australiano de 54 anos, natural de Queensland, passou mal ao chegar aos 7.500 metros e morreu na tentativa de descida.

Um quarto alpinista está desaparecido desde sábado (20) e o guia nepalês que o acompanhava foi encontrado no acampamento 4, pouco abaixo dos 8.000 metros, com sintomas severos de hipotermia. Com as três mortes do fim de semana, o balanço da temporada chega a cinco vítimas fatais.

Na atual temporada mais de 120 alpinistas alcançaram o topo do Everest pelo lado sul e outros 80 pela ladeira do Tibete. Centenas de pessoas tentam escalar a montanha antes das monções, no início de junho, que marca o fim da curta temporada.

Uma alpinista indiana chegou neste domingo (21) ao topo do Monte Everest pela segunda vez em menos de uma semana, estabelecendo um novo recorde.

Anshu Jamsenpa, de 37 anos, que tem dois filhos, completou no dia 16 de maio a primeira escalada da maior montanha do mundo (8.848 m). Após um breve descanso, iniciou a aventura novamente.

Sua expedição recebeu a bênção do Dalai Lama, o líder espiritual da principal corrente do budismo tibetano.

"Anshu alcançou o topo do Everest às 8H00 (23H15 de Brasília, sábado) pela segunda vez, estabelecendo um novo recorde", afirmou Dawa Lama, da empresa Dream Himalaya Adventures.

O recorde de duas escaladas do Everest por uma mulher em uma temporada, certificado pelo livro Guinness, pertencia desde 2012 à alpinista nepalesa Chhurim Sherpa.

O alpinista Min Bahadur Sherchan, de 86 anos, morreu no acampamento base do Everest ao tentar se tornar a pessoa mais velha da história a chegar ao topo da montanha, um recorde que ostentou entre 2008 e 2013.

Fontes confirmaram à Agência EFE que Sherchan, um militar reformado, morreu na tarde de sexta-feira (5) no interior de sua barraca no acampamento, que fica a 5.365 metros de altitude. Ele tinha chegado ao local como parte de um grupo de cinco alpinistas, segundo o enviado do Departamento do Turismo do Nepal, Gyanendra Shrestha.

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"Há em andamento uma investigação para esclarecer as causas da morte. Os médicos suspeitam de um ataque cardíaco", disse Shrestha. O diretor da companhia contratada pelo grupo, Shiva Thapa, também confirmou a morte do militar reformado.

Em 2008, Sherchan, então com 77 anos, se tornou o alpinista mais velho a subir ao topo do Everest, uma façanha que foi superada em 2013 pelo japonês Yuichiro Miura, que tinha 80 anos.

O incidente ocorre uma semana depois da morte do suíço Ueli Steck, um dos alpinistas mais importantes do mundo, que caiu perto do segundo acampamento do Everest.

Mais de 350 alpinistas receberam a autorização do governo do Nepal para escalar o Everest nesta temporada, um número recorde depois de anos de uma crise no setor devido ao terremoto que atingiu o país em 2015 e a avalanche que, um ano antes, matou 16 montanhistas.

As autoridades do Nepal proibiram um casal de policiais indianos de escalar o Everest nos próximos 10 anos por falsificação das provas de que teriam alcançado o cume da maior montanha do planeta.

Dinesh e Tarakeshwari Rathod afirmaram que chegaram ao cume de 8.848 metros em 23 de maio. Mas as declarações foram questionadas por outros alpinistas que acusaram o casal de ter falsificado as fotos no topo. O Departamento de Turismo nepalês considerou que a escalada era válida, mas depois abriu uma investigação.

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"Nossa investigação mostra que o casal simulou ter realizado a ascensão. Determinamos uma proibição de escalar em todas as montanhas do Nepal durante 10 anos", declarou o diretor do departamento, Prasad Dhakal.

A análise das fotos dos dois indianos mostra que eles utilizaram e distorceram as imagens de outros alpinistas. "Apesar de várias tentativas para que esclarecessem o ocorrido, (os alpinistas) não cooperaram com nossa investigação. Os dois sherpas que os ajudaram estão em fuga", afirmou Dhakal.

"Esta proibição deve servir de advertência para os alpinistas, para que cumpram com as normas éticas", disse. Muitos alpinistas iniciaram carreiras como palestrantes ou escritores depois de alcançar o topo do mundo.

No total, 456 pessoas, mais de 250 delas estrangeiras, escalaram o cume do Everest na última temporada, após dois anos marcados por catástrofes mortais. O alpinismo é uma importante fonte de recursos para o Nepal, ainda afetado pelas consequências do terremoto que deixou quase 9.000 mortos em 2015.

Um alpinista indiano morreu durante a descida do monte Everest, e dois colegas da vítima estavam desaparecidos, anunciou nesta segunda-feira (23) a agência que organizou a expedição. O indiano é a quinta vítima fatal de 2016 durante expedições no Himalaia.

Ele havia alcançado no sábado (21) o topo da maior montanha do planeta, de 8.849 metros, mas perdeu a consciência durante a descida do escalão Hillary, uma passagem vertical de gelo, e faleceu no domingo. O alpinista integrava um grupo de quatro indianos que perderam o contato com a agência no sábado à tarde, informou Loben Sherpa, da empresa Trekking Camp Nepal.

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Os funcionários da agência conseguiram manter contato com ele e outro integrante da expedição, Sunita Hazra, no domingo para ajudá-los a chegar ao Campo 3. Mas o paradeiro dos outros dois alpinistas ainda é desconhecido. "Morreu quando os guias o transportavam", disse Loben Sherpa à AFP. "Enviamos um helicóptero para transportar Sunita. Não temos nenhuma notícia dos outros dois".

Mais de 350 alpinistas, 140 deles estrangeiros, conseguiram alcançar este ano o topo da maior montanha do planeta, após dois anos marcados por catástrofes mortais. Mas nos últimos dias, quatro alpinistas morreram no Himalaia.

Um holandês e uma australiana faleceram durante a descida na semana passada. Um guia nepalês morreu na quinta-feira passada depois de escorregar e cair de 2.200 metros no monte Lhotse, a quarta maior montanha do mundo.

Outro alpinista indiano faleceu depois de ficar doente durante a descida do monte Dhaulagiri.

Uma alpinista australiana e um holandês morreram no Everest após conquistarem seu cume, devido ao mal de altitude, anunciou neste sábado (21) a agência organizadora de ambas as expedições à montanha mais alta do mundo.

A alpinista australiana descia do acampamento 4 para o 3 quando passou mal e morreu neste sábado, informou à AFP Phurba Sherpa, representante da agência de montanhismo local Seven Summit Treks. "Após alcançar o cume, ontem, disse que se sentia muito fraca e que estava sem energia, sintomas do mal de altitude", contou. "Tinha cerca de 30 anos".

"O alpinista holandês Eric Arnold apresentou os mesmos sintomas e morreu no acampamento 4 no maciço, enquanto descia do cume, descreveu a agência. "Recebemos as notícias de seu líder de equipe, Arnold Coster, no acampamento base", indicou Sherpa.

Esta era a quinta vez que Arnold, 35, tentava alcançar o cume, de 8.850 metros. Ele foi um dos alpinistas que sobreviveram, no ano passado, a uma avalanche no Everest, após um terremoto. Cerca de 330 alpinistas atingiram o cume do Everest nesta temporada, após dois anos consecutivos em que ocorreram vários desastres.

Em 2015, houve o grande terremoto do Nepal, que matou 18 pessoas no acampamento base do Everest. Em 2014, uma avalanche matou 16 guias nepaleses.

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