Sargento da PM será sepultado na tarde deste sábado (20)
Policial estava internado desde o dia 1° de julho após ser baleado em troca de tiros no Agreste de Pernambuco
O sargento da Polícia Militar Moacir Moreira da Silva, de 48 anos, será sepultado às 16h deste sábado (20) em Palmares, Mata Sul de Pernambuco, sua cidade natal. O policial faleceu na sexta-feira (19) após ter sido baleado no dia 1° de julho em Santa Cruz do Capibaribe, Agreste do Estado. No mesmo dia da troca de tiros, o soldado André José Silva faleceu dentro da viatura.
O Hospital Regional do Agreste (HRA) informou que o sargento morreu em decorrência de insuficiência respiratória grave. O quadro evoluiu para uma parada cardiorrespiratória, sem resposta às manobras de reanimação.
A Polícia Militar lamentou a morte. Em nota, a corporação afirmou: “o sargento Moacir deixa como legado o exemplo de profissional dedicado, que não hesitou ao enfrentar os algozes com a bravura de quem sempre colocou a própria vida a serviço do combate à criminalidade, visando a paz social”.
O enterro do policial ocorrerá no Cemitério Parque das Palmeiras. Na ocasião, ele receberá as honras fúnebres militares. Moacir deixa esposa e dois filhos.
O caso - Os criminosos invadiram um estabelecimento comercial e praticaram um assalto em Santa Cruz do Capibaribe. Durante a perseguição da polícia, houve troca de tiros e dois policiais foram atingidos, um morrendo no local.
No dia seguinte ao fato, uma ação de resposta da Polícia Militar de Pernambuco resultou em oito suspeitos mortos na Paraíba. Os assassinados foram identificados como Marcela Virgínia Silva do Nascimento, 32 anos; José Pedro Agostinho da Silva, 30; Manoel José de Lima, 37; Adson Berigue de Lima, 29; José Adson de Lima; idade não informada; Reniere Alves de Souza; 32; Wedy Souza Vieira, 22; e um adolescente de 17 anos. Andson Berigue de Lima era vereador em Betânia, município do Sertão pernambucano.
Os corpos foram empilhados em picapes, fotografados e filmados pela população. O Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH-PB) emitiu nota de repúdio, chamando a ação policial de "espetáculo macabro". O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) investiga possíveis excessos da polícia na ocasião.