Índia e China vão realizar cúpula informal esta semana

Será a segunda reunião desse tipo realizada pelos dois países mais populosos do mundo, depois da realizada em abril em Wuhan, na China

qua, 09/10/2019 - 06:49
Handout Nerendra Modi e Xi Jinping, em Johannesburgo, em 26 de julho de 2018 Handout

China e a Índia confirmaram oficialmente nesta quarta-feira (9) que realizarão "uma cúpula informal" na sexta e sábado na Índia, na qual participarão o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o presidente chinês Xi Jinping.

Será a segunda reunião desse tipo realizada pelos dois países mais populosos do mundo, depois da realizada em abril em Wuhan, na China.

"Xi Jingping visitará Chennai, na Índia, nos dias 11 e 12 de outubro para a segunda cúpula informal", anunciou o ministério indiano das Relações Exteriores.

De acordo com o ministério, a reunião "proporcionará uma oportunidade para os dois líderes continuarem suas discussões sobre questões gerais de importância bilateral, regional e global e trocarem opiniões sobre o aprofundamento do desenvolvimento de uma estreita colaboração entre a Índia e a China".

Mas os dois líderes também falarão sobre questões em que há divergências. Entre eles, a preocupação da China com a decisão da Índia de revogar a autonomia constitucional do estado de Jamu e Caxemira (norte) e dividi-lo em dois territórios administrados diretamente por Nova Délhi.

A China reivindica algumas partes do Ladaj, um deserto do Himalaia na fronteira com Xinjiang e Tibet, que estão na parte oriental da Caxemira.

A Índia também se opôs à iniciativa chinesa do Cinturão e Rota da Seda, um programa global de infraestruturas que inclui um grande projeto na Caxemira administrada pelo Paquistão, território reivindicado por Nova Délhi.

A China apoia o Paquistão na Caxemira, uma região disputada por Índia e Paquistão há 70 anos.

"Desde a reunião de abril, as relações entre os dois países progrediram e a cooperação aumentou em várias áreas. Além disso, os dois países administraram adequadamente suas diferenças e questões delicadas", disse Geng Shuang, porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China.

COMENTÁRIOS dos leitores