Diabetes gestacional: o que é e como tratar

Doença tende a desaparecer após a gestação mas enquanto está ativa pode fazer mal à mãe e ao bebê

qui, 31/10/2019 - 17:58
Reprodução/ Instagram A apresentadora Tatá Werneck teve diabetes gestacional no final da gravidez Reprodução/ Instagram

No último dia 23 de outubro, a atriz e apresentadora Tatá Werneck deu à luz a sua primeira filha. Em entrevista a uma colunista de “O Globo”, a mãe de primeira viagem revelou que teve diabetes gestacional. 

Segundo o Ministério da Saúde, a diabetes gestacional afeta entre 2 e 4% das gestantes, aumentando o risco de complicações para a mãe e para o bebê. “Caso não seja identificada o quanto antes e bem tratada, ela pode resultar em uma série de complicações que vão desde malformações no bebê, maior risco de aborto, icterícia neonatal, alterações na formação neurológica da criança, macrossomia fetal, evoluindo para a perda fetal”, explica o ginecologista obstetra Jean Carlos Nascimento.

Segundo o ginecologista, a diabetes gestacional está relacionada com o ganho de peso durante a gestação, má alimentação, histórico de diabetes na família, sedentarismo, entre outras. Os sintomas da doença são os mesmos identificados no diabetes comum, também conhecida como Diabetes Melitus Tipo I, como aumento de peso, maior ingestão de água, tonturas e desmaios, edema nos membros inferiores, retenção de líquidos e vontade de urinar várias vezes. O Tratamento pode variar entre medicamentos orais ou uso de insulina, cada caso depende de uma avaliação.

A melhor maneira de prevenir a doença é ter um acompanhamento nutricional durante a gestação e manter uma dieta saudável, com restrições para doces e carboidratos. “Por meio das consultas de pré-natal é possível descobrir a doença, por isso a importância de um acompanhamento regular”, orienta Nascimento.

O ginecologista ressalta que o bebê não nasce com diabetes nesses casos, mas pode haver complicações decorrentes da diabetes gestacional. “A diabetes mal tratada pode levar ao aborto, internações por descontrole glicêmicos, sequelas renais e oftalmológicas, entre outros agravantes”, finaliza Nascimento.  

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