Ato lembra 15 anos do assassinato de irmã Dorothy Stang

Manifestação ocorreu na praça do Operário, próximo ao mercado de São Brás, na região central de Belém

sex, 14/02/2020 - 13:51

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Em uma celebração com canto, música e protesto, um grupo de pessoas se reuniu para lembrar o assassinato da religiosa Dorothy Stang, morta em 2005, na cidade de Anapu, sudoeste do Pará. O ato foi realizado no último dia 12 de fevereiro, na praça do Operário, em Belém.

Dorothy Stang nasceu nos Estados Unidos, mas foi naturalizada brasileira.  Pertencente à congregação das irmãs de Notre Dame de Namur, trabalhou como agente da CPT (Comissão Pastoral da Terra) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Sua atividade missionária foi marcada pela luta para cessar os conflitos agrários e pela defesa do território da Amazônia.

Jucelio Pantoja, um dos organizadores do evento, falou sobre a importância de atos como esse. “A gente tem o dia do martírio de Dorothy como um marco na luta e fortalecimento pela defesa da Amazônia. Estamos aqui com diversas organizações sociais populares, organizações religiosas em vista de provocar na população questionamentos sobre a necessidade de se defender a Amazônia nessa atual conjuntura que estamos vivendo”, disse.

A missionária Dorothy foi assassinada aos 73 anos, quando se dirigia a uma reunião de pequenos agricultores, no assentamento Esperança, em Anapu. Durante o seu percurso ela foi abordada por dois homens. Discutiu e acabou sendo morta com seis tiros, no dia 12 de fevereiro de 2005.

Ramiro Carrera conheceu Dorothy no ano de 2001, quando trabalhava como secretário de Administração e Educação da prefeitura de Anapu. “Foi uma pessoa que me impressionou pelo idealismo que ela tinha pelos trabalhadores rurais daquele lugar”, lembra.

A morte da missionária se tornou um símbolo da luta por reforma agrária planejada e responsável. Irmã Dorothy é lembrada, destacaram os manifestantes, como uma semente que foi plantada para dar esperança por quem luta em favor da floresta e pelo fim conflitos violentos na Amazônia.

Por Sandy Brito.

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