Páscoa: ovos de chocolate podem estar até 800% mais caros

Estudo realizado pela Escola Paulista de Defesa do Consumidor avaliou lojas que mantêm vendas em ambientes virtuais

por Alex Dinarte qua, 08/04/2020 - 15:46
Carlos Luz / Flickr Carlos Luz / Flickr

Uma pesquisa elaborada por instituições ligadas ao Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo apontou divergências em preços de produtos como ovos de chocolate e caixas de bombons, itens em alta por causa da Páscoa. De acordo com o estudo, a diferença de preço por quilo dos itens chegou a 775,09%. A estimativa corresponde às mercadorias comercializadas em 32 lojas que mantêm ambientes de venda pela internet.

De acordo com a Escola Paulista de Defesa do Consumidor, responsável pelo estudo junto ao Núcleo de Inteligência e Pesquisa do Procon-SP, o preço das caixas de bombons variam entre R$ 34 e R$ 297,53. Por quilo, o valor médio foi de R$ 113,55. Já no grupo dos ovos de chocolate, a média por quilo foi de R$ 242,34. A variação de valores dos itens desta categoria foi de R$ 112,25 a R$ 509,80.

Para que a população não seja vítima dos valores abusivos cobrados por alguns comerciantes pela web, o Procon orienta que os consumidores façam uma comparação entre os preços praticados nas lojas virtuais. Além de analisar a quantia a ser paga, é importante que haja a checagem do peso do produto, informações como data de validade e cobrança do frete.

Os produtos vendidos com chamarizes, como personagens e brindes, podem ter o custo mais elevado. Os ovos de chocolate que trazem brinquedos devem apresentar a inscrição "Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade" na embalagem. Além desta especificação, é obrigatória a indicação de faixa etária indicativa ou o registro de que não há restrições de idade para a utilização do objeto. Os itens devem conter a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Denúncias

O consumidor que flagrar algum valor de produto ou serviço que considere abusivo, pode recorrer ao Procon. Com o período de isolamento social em curso, considerando a orientação de manter o isolamento e evitar sair de casa, o órgão dispõe canais de atendimento para receber denúncias e orientar a população sobre os procedimentos corretos em relação à prática abusiva pela internet no www.procon.sp.gov.br, pelo aplicativo disponível para Android e iOS ou pelas redes sociais.

O consumidor também pode marcar o perfil @proconsp no Twitter, Facebook ou Instagram e apontar o endereço físico ou o site do estabelecimento suspeito de infração.

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