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Em meio à pandemia do coronavírus, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo aplicou mais de R$ 28,4 milhões em multas nos estabelecimentos de todo o estado. De acordo com o órgão, a maioria das infrações é devido à cobrança de preços abusivos no comércio, ação que infringe o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Grande parte das autuações recai sobre farmácias, supermercados, hipermercados e outros varejistas. Segundo a fiscalização do Procon-SP, a elevação de preços dos produtos tidos como fundamentais para o período de crise sanitária (alimentos, álcool em gel, máscaras, entre outros) é ilegal. Só no segmento do comércio foram mais de 5 mil multas. Ainda de acordo com a instituição, no interior paulista o valor total de punições foi de R$ 23,5 milhões. Já na cidade de São Paulo, as multas somam cerca de R$ 4,9 milhões.

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Em entrevista ao portal do governo paulista, Fernando Capez, Secretário de Defesa do Consumidor, reiterou que a fiscalização continua. "Não é admissível que as empresas aproveitem o momento de dificuldade pelo qual passamos para aumentar preços sem justificativa ou ainda para exercer práticas que complicam ainda mais a vida das pessoas. As nossas equipes continuarão a fiscalizar e quem infringir a lei será punido".

De acordo com o Procon paulista, até o último dia 20 de agosto, foram registradas cerca de 15,9 mil queixas nos canais de atendimento do órgão. Para registrar os casos que possam infringir o CDC, a população pode acessar o site do Procon, www.procon.sp.gov.br, ou baixar o aplicativo "Procon.SP" (disponível para iOS ou smartphones). Também é possível realizar as denúncias por meio das redes sociais do órgão. Basta marcar @proconsp na publicação e indicar o endereço físico ou o site do estabelecimento na internet.

No estado de São Paulo, a multa do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) aos estabelecimentos por prática de preços abusivos já supera os R$ 3 milhões. A punição afeta principalmente comércios como farmácias, supermercados e revendedores de gás. De acordo com o órgão, 34 empresas foram autuadas por desobedecerem o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

As multas são resultado da fiscalização do Procon-SP, que intensificou o trabalho para coibir que empresas do segmento comercial não elevassem a média de preço dos produtos. Muitos estabelecimentos aproveitaram a pandemia causada pelo novo coronavírus para explorar os consumidores impondo valores mais altos em mercadorias como máscaras de proteção, álcool em gel, gás de cozinha e alimentos. Entre as instituições autuadas estão 12 farmácias, 12 supermercados, oito fornecedores de gás e outras duas empresas de segmentos distintos.

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De acordo com o Procon-SP, todos os estabelecimentos autuados têm direito à defesa prevista em Lei. Segundo o órgão, desde março deste ano, mais de 2,5 mil denúncias relacionadas às práticas abusivas foram registradas. Ainda de acordo com a instituição, 2.933 varejistas foram inspecionados desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de calamidade pública devido à pandemia.

Uma pesquisa elaborada por instituições ligadas ao Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo apontou divergências em preços de produtos como ovos de chocolate e caixas de bombons, itens em alta por causa da Páscoa. De acordo com o estudo, a diferença de preço por quilo dos itens chegou a 775,09%. A estimativa corresponde às mercadorias comercializadas em 32 lojas que mantêm ambientes de venda pela internet.

De acordo com a Escola Paulista de Defesa do Consumidor, responsável pelo estudo junto ao Núcleo de Inteligência e Pesquisa do Procon-SP, o preço das caixas de bombons variam entre R$ 34 e R$ 297,53. Por quilo, o valor médio foi de R$ 113,55. Já no grupo dos ovos de chocolate, a média por quilo foi de R$ 242,34. A variação de valores dos itens desta categoria foi de R$ 112,25 a R$ 509,80.

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Para que a população não seja vítima dos valores abusivos cobrados por alguns comerciantes pela web, o Procon orienta que os consumidores façam uma comparação entre os preços praticados nas lojas virtuais. Além de analisar a quantia a ser paga, é importante que haja a checagem do peso do produto, informações como data de validade e cobrança do frete.

Os produtos vendidos com chamarizes, como personagens e brindes, podem ter o custo mais elevado. Os ovos de chocolate que trazem brinquedos devem apresentar a inscrição "Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade" na embalagem. Além desta especificação, é obrigatória a indicação de faixa etária indicativa ou o registro de que não há restrições de idade para a utilização do objeto. Os itens devem conter a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Denúncias

O consumidor que flagrar algum valor de produto ou serviço que considere abusivo, pode recorrer ao Procon. Com o período de isolamento social em curso, considerando a orientação de manter o isolamento e evitar sair de casa, o órgão dispõe canais de atendimento para receber denúncias e orientar a população sobre os procedimentos corretos em relação à prática abusiva pela internet no www.procon.sp.gov.br, pelo aplicativo disponível para Android e iOS ou pelas redes sociais.

O consumidor também pode marcar o perfil @proconsp no Twitter, Facebook ou Instagram e apontar o endereço físico ou o site do estabelecimento suspeito de infração.

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