Há três tipos do novo coronavírus, diz pesquisa

Estudo da Universidade de Cambridge conclui que a manifestação do vírus encontrada no Brasil é mais parecida com aquele que circulou na Europa do que o encontrado na China

por Marília Parente sab, 11/04/2020 - 10:47
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m estudo realizado pela Universidade de Cambridge apontou que o novo coronavírus possui três tipos de manifestação, sendo cada um deles correspondente ao percurso traçado pelo vírus desde dezembro de 2019. De acordo com a pesquisa, os casos que se apresentaram no Brasil são muito ligados ao tipo que circulou na Europa do que ao correspondente encontrado na China.

“A rede algorítmica (que analisou a proximidade das variações do vírus em cidadãos de diversos países) reflete uma ligação mutante entre o genoma viral da Itália e do Brasil”, escrevem os autores da pesquisa. Tais conclusões foram tiradas a partir da análise das mutações do vírus nos primeiros 160 sequenciamentos genéticos desses invasores encontrados em humanos.

Os cientistas também utilizaram como metodologia um mapeamento de linhagens de códigos genéticos similar ao modelo usado para identificar os movimentos migratórios das populações humanas pré-históricas. A estratégia permite buscar rotas de infecção conectando os pontos entre os casos conhecidos. Detectar a maneira como o vírus se espalha permite elaborar, por exemplo, as medidas que podem ser adotadas para conter a transmissão da doença de uma região do país para outra.

Tipos

Os pesquisadores dividem os mais de 1.000 sequenciamentos genéticos do novo coronavírus em três grandes grupos: A, B e C, sendo B derivado de A e C derivado de B. Considerado original, o tipo A é o mais próximo do vírus encontrado em morcegos e pangolins. Já o tipo B tem mais incidência no Leste da Ásia, de não se disseminou muito. Os cientistas acreditam que isso pode ter ocorrido porque o vírus encontrou resistência imunológica ou ambiental para se espalhar entre pessoas de outras regiões do mundo.

Por fim, o tipo C, considerado o majoritário na europa, foi localizado, inicialmente, nos primeiros pacientes de países como França, Itália e Suécia. É nesta categoria de sequenciamentos genéticos que se encontra a manifestação que se apresentou no Brasil.

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