Dólar segue em baixa com Guedes e exterior positivo
A volta das apostas de corte de 0,50 ponto da Selic em maio, num cenário de fraqueza econômica e preços mostrando inflação baixa ou deflação, fica em segundo plano
O dólar segue em baixa e alinhado à queda predominante da moeda americana no exterior em meio à menor tensão política interna e a alta dos futuros das bolsas em Nova York e do petróleo diante dos planos ou da reabertura de alguns estados americanos e países europeus. A volta das apostas de corte de 0,50 ponto da Selic em maio, num cenário de fraqueza econômica e preços mostrando inflação baixa ou deflação, fica em segundo plano.
Também ajuda a percepção de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tomou as rédeas na condução da política econômica do País.
Caiu bem no mercado Guedes enfatizar na manhã desta quarta-feira: "Pegamos o País quebrado. Vamos propor quebrar de novo? (referindo-se ao Plano Pró-Brasil lançado pelo ministro da Casa Civil, Braga Netto) . O caminho da retomada já conhecemos: marco do saneamento, choque de energia barata, simplificação de impostos, facilitar investimentos privados", concluiu.
Mais cedo, a confiança da indústria mostrou queda de 39,3 pontos em abril, para 58,2, o menor nível da série histórica. E o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,80% em abril, de 1,24% em março, ficando em linha segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com o resultado, o indicador acumula alta de 2,5% em 2020 e de 6,68% em 12 meses.
Nas duas bases de comparação, o indicador ficou quase em linha com a mediana das estimativas de mercado apurada pelo Projeções Broadcast, de +0,82% no mês e de 6,73% em 12 meses. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve leve aceleração em abril, a 0,13%, ante 0,12% em março.
Às 9h30, o dólar á vista caía 0,96%, a R$ 5,4643. O dólar futuro de maio recuava 0,56%, a R$ 5,4650.