Câmara da Itália aprova volta da celebração de missas
Análise veio após acordo entre Igreja Católica e governo
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (06) o acordo firmado entre a Conferência Episcopal Italiana (CEI) e o governo do país para a retomada de missas, cultos e demais celebrações religiosas no país.
A emenda analisada pela Casa foi apresentada por três parlamentares e tem como base a garantia de que medidas de segurança para evitar a propagação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) serão tomadas.
O texto insere a suspensão das "cerimônias civis e religiosas entre as atividades que o governo pode decidir revogar para combater o coronavírus", mas acrescenta que a decisão política deve incluir a "adoção de protocolos sanitários, citados no acordo com a Igreja Católica, e com as confissões religiosas diferentes da católica, para a definição das medidas necessárias para o fim da realização das funções religiosas em condições de segurança".
Durante o debate, os partidos Liga e Irmãos da Itália (FdI) criticaram a emenda porque ela não previa uma data para o retorno das celebrações e propuseram um retorno rápido. Mas, a sugestão não foi adotada e ambas as siglas se abstiveram de aprovar o texto final. Todos os outros grupos políticos foram favoráveis à emenda.
As negociações do governo com a CEI começaram após o Gabinete de Giuseppe Conte excluir a possibilidade de retorno das celebrações na fase dois do combate à pandemia de Covid-19, iniciada no dia 4 de maio.
Na mesma data, a entidade que representa a Igreja Católica na Itália anunciou que conseguiu chegar a um entendimento com os representantes governamentais e se comprometeu a adicionar nas igrejas dispensers de álcool em gel e também a manter um distanciamento seguro entre as pessoas. Para as igrejas que tiverem condições, também será indicado o uso de termômetros nas entradas.
Apesar de representar os católicos, o acordo da CEI também inclui as cerimônias religiosas de outras fés. As missas e cultos estão suspensos na Itália desde 10 de março, quando a nação entrou em lockdown para conter a disseminação da Covid-19.
Da Ansa