Bares e restaurantes da periferia alavancam vendas em 34%
Enquanto isso, os estabelecimentos próximos aos centros financeiros da capital paulista tiveram 89% de queda no movimento
Os proprietários de bares e restaurantes da periferia de São Paulo tiveram crescimento de 34% no fluxo de clientes entre os últimos meses de abril e junho. É o que mostra um estudo realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurante (Abrasel).
Por outro lado, os integrantes do setor de alimentação fora do lar (AFL) instalados em regiões de grande fluxo da capital paulista perderam 89% do movimento no mesmo período.
De acordo Abrasel, o isolamento social fez com que o esquema home-office fosse o responsável por alavancar pedidos nos restaurantes dos bairros. No entanto, entre os mais prejudicados estão estabelecimentos situados em centros financeiros, como dos bairros do Itaim Bibi e Vila Olímpia, na região sul da capital.
Nos arredores das avenidas Brigadeiro Faria Lima e Engenheiro Luís Carlos Berrini, por exemplo, mais da metade do comércio não tem faturado 10% da renda dos tempos pré-pandemia.
Sem o fluxo dos clientes, a opção foi optar pelo serviço de entrega. Segundo o levantamento da instituição, cerca de 80% dos bares e restaurantes passaram a operar com o sistema de delivery.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016 a cidade de São Paulo tinha 80 mil estabelecimentos AFL registrados.
No Brasil
O estudo da Abrasel ainda mostra que, em todo o país, 64% das empresas do segmento afirmam que só conseguiram manter 25% do faturamento durante a pandemia do novo Coronavírus. No total, 55% dos estabelecimentos do setor optaram pelo serviço de entrega em domicílio para seguir em atividade.