Outubro registra maior inflação do ano no Grande Recife

A maior variação individual de preço ficou por conta das passagens aéreas, com 47,67% de aumento, seguida pela batata inglesa, com 25%

por Vitória Silva sex, 06/11/2020 - 11:53
Pixabay Batata inglesa foi uma das vilãs, com 25% de aumento Pixabay

Outubro registrou a maior alta da inflação na Região Metropolitana do Recife, que alcançou 0,82%, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (6). No período, o maior aumento de preços foi registrado no setor de alimentos e bebidas, enquanto a maior redução foi verificada no segmento de habitação.

Este é o quinto mês seguido de aumento nos índices da RMR em 2020, consolidando tendência de alta nos preços de produtos e serviços. Nesse sentido, as passagens aéreas foram o produto com maior alta de preço, com 47,67%.

Mesmo com a inflação em alta no Grande Recife, a região teve a quinta menor variação mensal de preços entre as 16 localidades pesquisadas pelo IPCA. A RMR, no entanto, ostenta a segunda maior inflação acumulada do ano, com 3,62%, ficando atrás apenas do município de Campo Grande (4,36%).

A representante pernambucana no índice também tem o sexto maior índice no acumulado da inflação dos últimos 12 meses, com 4,77%. Nas duas variações acumuladas, os indicadores superam a média brasileira, que marcou inflação de 2,22% no ano e 3,92% nos últimos 12 meses.

Ainda assim, o resultado é ligeiramente inferior ao da média nacional, que registrou 0,86%, o maior percentual para um mês de outubro desde 2002.

Impressão por produto e serviço

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em outubro. O setor de Alimentos e Bebidas, com 1,74%, repetiu o desempenho de setembro e apresentou os maiores índices.

No entanto, a maior variação individual de preço ficou por conta das passagens aéreas, com 47,67%, que foram as principais responsáveis pelo crescimento do índice. Em segundo lugar, está a batata-inglesa, com 25,16%, e em terceiro, o coentro, com 19,98%.

O arroz, cujo aumento de preços chamou a atenção ao longo do ano, ficou em 7º lugar entre os dez produtos com maior reajuste no mês, 15,08%. Já o ritmo da escalada de preços do óleo de soja diminuiu. Em setembro, foi de 39,33%; em outubro, o índice baixou para 9,47%, deixando o item em 12º lugar.

O segundo grupo com maior aumento foi, novamente, o de Artigos de residência, com avanço de 1,57% em outubro frente a setembro. O preço do ar-condicionado subiu 16,67% no período e foi o quarto produto/serviço que mais subiu de preço no mês passado, aumentando o impacto dos utensílios domésticos na inflação do período.

Transportes (1,33%) e Vestuário (1,30%) estão em terceiro e quarto lugar, seguidos por Comunicação (0,33%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,19%), Despesas Pessoais (0,09%) e Educação (0,05%).

Habitação foi o único grupo que apresentou queda, com -0,09%. Os cinco produtos e serviços que mais baixaram de preço em outubro foram a cebola (-11,34%), o mamão (-7,69%), os exames de imagem (-5,82%), a água sanitária (-3,37%) e a melancia (-3,13%).

Com informações de assessoria

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