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O preço mundial do arroz alcançou em agosto o maior nível em 15 anos, com um avanço de 9,8% em um mês, depois que a Índia, um produtor crucial, adotou restrições às exportações, anunciou nesta sexta-feira (8) a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Apesar do aumento do preço do arroz, o índice geral de alimentos da FAO caiu 2,1% em agosto, consequência da queda na cotação dos óleos vegetais, laticínios e grãos, em parte devido a uma safra recorde no Brasil que sustenta a oferta.

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O índice - que avalia uma cesta básica de alimentos - está 24% abaixo do valor máximo registrado em março de 2022, pouco depois da invasão da Rússia ao território da Ucrânia, que teve um forte impacto nos preços, pois os dois países são grandes produtores de grãos.

O arroz é a base da alimentação em muitos países e o preço nos mercados internacionais subiu com a pandemia de Covid, o início da guerra na Ucrânia em 2022 e devido aos problemas na produção provocados pelo fenômeno meteorológico 'El Niño'.

A Índia - responsável por 40% do fornecimento global de arroz - proibiu a partir de 20 de julho as vendas ao exterior do arroz branco não-basmati, que representa quase 25% do total de suas exportações, para garantir o consumo de sus habitantes.

"A incerteza sobre a duração da proibição e a preocupação com as restrições à exportação fizeram com que os agentes da cadeia de abastecimento guardassem os estoques, renegociassem os contratos ou interrompessem as ofertas de preços, o que limitou a maior parte do comércio a pequenos volumes e vendas, e às vendas já concluídas", explicou a FAO.

A agência da ONU já havia expressado sua preocupação com a medida adotada pela Índia no início de agosto.

"Esta pressão de alta sobre os preços do arroz gerou uma grande preocupação em termos de segurança alimentar para uma ampla faixa da população mundial, em particular entre os mais pobres", destaca a FAO.

A agência também aponta que "as restrições à exportação podem ter consequências negativas para a produção, consumo e preços que superem a duração da sua aplicação, acarretando o risco de agravar a elevada inflação interna dos preços dos alimentos em muitos países".

- Temor com o impacto do 'El Niño' -

O índice que pede o preço dos cereais caiu 0,7% na comparação com julho, influenciado por uma queda de 3,8% das cotações do trigo em agosto devido à maior disponibilidade de vários dos principais exportadores.

Os preços internacionais dos grãos secundários caíram 3,4% devido ao excedente de oferta por uma safra recorde de milho no Brasil e ao início iminente da colheita nos Estados Unidos.

O índice dos preços do açúcar da FAO subiu 1,3% na comparação com julho e, em agosto, ficou, em média, 34,1% acima do nível registrado há 12 meses.

A alta foi motivada pelos temores provocados pelo impacto do fenômeno 'El Niño' nas plantações de cana-de-açúcar, ao menor nível de chuvas em algumas regiões e ao clima seco na Tailândia.

A pressão de alta sobre os preços foi contida pela boa colheita registada pelo Brasil nesta temporada, pela queda dos preços do etanol e pela desvalorização da moeda brasileira.

O índice de preços dos laticínios da FAO registrou queda de 4% na comparação com julho e o índice da carne caiu 3%.

A noite de réveillon não é só regada por roupas estilosas, pedidos e diversão com os familiares e amigos. O último dia do ano também é marcado pelos pratos deliciosos que fazem o maior sucesso entre as pessoas. Para a virada de 2020, o chef Alesson Ferreira, do Tusali Mercado Orgânico, preparou um arroz simples e que promete fazer sucesso.

Em parceria com o LeiaJá, Alesson disponibilizou uma receita que qualquer um pode fazer na cozinha. O arroz de açafrão com castanhas é uma boa pedida para quem deseja entrar em 2021 com inovações gastronômicas.

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Confira o passo a passo:

Fotos: Cortesia

Os preços internos do arroz, um dos vilões da recente aceleração da inflação de alimentos, deverão experimentar um alívio apenas no início de 2021, com a entrada da nova safra do grão, sustentam pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A redução de tarifas de importação para o arroz produzido fora do Mercosul deverá ter efeito apenas de limitar a alta de preços.

"As menores vendas do arroz beneficiado e a expectativa de importações do arroz de fora do Mercosul podem limitar a alta dos preços nos próximos meses. Com a oferta restrita, apenas com a entrada de uma nova safra no primeiro trimestre de 2021 pode haver algum ajuste negativo de preços", diz um trecho da Nota de Conjuntura 21 da Carta de Conjuntura do quarto trimestre, divulgada no site do Ipea.

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Na comparação de janeiro a setembro de 2020 com relação ao igual período de 2019, o Indicador Esalq/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (Senar-RS) de preço do arroz em casca acumulou um salto de 50,8%. Segundo os pesquisadores do Ipea, a inflação reflete a baixa disponibilidade de arroz no mercado doméstico e os "altos valores das paridades de exportação e importação".

Os preços do arroz passaram a aumentar de forma mais acelerada no terceiro trimestre, quando a produção nacional, colhida no início de cada ano, já estava no mercado. Para tentar reduzir a restrição de oferta, o governo federal liberou a importação de 400 mil toneladas de fora do Mercosul com isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) até 31 de dezembro de 2020.

Nas estimativas do Ipea, a produção de arroz na safra 2020/21 será menor do que a anterior. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) "espera aumento de 1,6% na área plantada, mas produtividade 4,2% menor, resultando em queda de 2,7% da produção", diz a nota técnica do Ipea. "A expansão prevista da área reflete os bons preços do produto", continua o texto. Mesmo assim, o simples aumento da disponibilidade de arroz no mercado doméstico poderá trazer algum alívio para os preços.

Outubro registrou a maior alta da inflação na Região Metropolitana do Recife, que alcançou 0,82%, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (6). No período, o maior aumento de preços foi registrado no setor de alimentos e bebidas, enquanto a maior redução foi verificada no segmento de habitação.

Este é o quinto mês seguido de aumento nos índices da RMR em 2020, consolidando tendência de alta nos preços de produtos e serviços. Nesse sentido, as passagens aéreas foram o produto com maior alta de preço, com 47,67%.

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Mesmo com a inflação em alta no Grande Recife, a região teve a quinta menor variação mensal de preços entre as 16 localidades pesquisadas pelo IPCA. A RMR, no entanto, ostenta a segunda maior inflação acumulada do ano, com 3,62%, ficando atrás apenas do município de Campo Grande (4,36%).

A representante pernambucana no índice também tem o sexto maior índice no acumulado da inflação dos últimos 12 meses, com 4,77%. Nas duas variações acumuladas, os indicadores superam a média brasileira, que marcou inflação de 2,22% no ano e 3,92% nos últimos 12 meses.

Ainda assim, o resultado é ligeiramente inferior ao da média nacional, que registrou 0,86%, o maior percentual para um mês de outubro desde 2002.

Impressão por produto e serviço

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em outubro. O setor de Alimentos e Bebidas, com 1,74%, repetiu o desempenho de setembro e apresentou os maiores índices.

No entanto, a maior variação individual de preço ficou por conta das passagens aéreas, com 47,67%, que foram as principais responsáveis pelo crescimento do índice. Em segundo lugar, está a batata-inglesa, com 25,16%, e em terceiro, o coentro, com 19,98%.

O arroz, cujo aumento de preços chamou a atenção ao longo do ano, ficou em 7º lugar entre os dez produtos com maior reajuste no mês, 15,08%. Já o ritmo da escalada de preços do óleo de soja diminuiu. Em setembro, foi de 39,33%; em outubro, o índice baixou para 9,47%, deixando o item em 12º lugar.

O segundo grupo com maior aumento foi, novamente, o de Artigos de residência, com avanço de 1,57% em outubro frente a setembro. O preço do ar-condicionado subiu 16,67% no período e foi o quarto produto/serviço que mais subiu de preço no mês passado, aumentando o impacto dos utensílios domésticos na inflação do período.

Transportes (1,33%) e Vestuário (1,30%) estão em terceiro e quarto lugar, seguidos por Comunicação (0,33%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,19%), Despesas Pessoais (0,09%) e Educação (0,05%).

Habitação foi o único grupo que apresentou queda, com -0,09%. Os cinco produtos e serviços que mais baixaram de preço em outubro foram a cebola (-11,34%), o mamão (-7,69%), os exames de imagem (-5,82%), a água sanitária (-3,37%) e a melancia (-3,13%).

Com informações de assessoria

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse na noite dessa quinta-feira (29) que o preço do arroz poderá ser reduzido com a chegada da nova safra, em janeiro. A ministra participou da live do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais e explicou as medidas que foram tomadas para conter o preço do produto nas prateleiras dos supermercados. 

Tereza Cristina explicou que a pandemia da Covid-19 desequilibrou o mercado de grãos em todo o mundo. Segundo a ministra, a pandemia provocou aumento no consumo do produto pelos brasileiros e o preço aumentou. Para conter o aumento, o Brasil autorizou a importação da Guiana e do Paraguai para equilibrar o mercado.

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"No mundo houve um desequilíbrio em vários preços dos produtos das commodities. O arroz foi um desses. Nós passamos a comer mais arroz, o auxílio emergencial fez também o aumento dessa demanda. Nós, em setembro, tiramos o imposto de importação, ele parou de subir e hoje tem ligeira queda. Vamos ter nova sofra chegando em janeiro e os preços vão reduzir”, afirmou a ministra.

Plano Safra

A ministra também informou que todos os recursos previstos no Plano Safra deste ano foram contratados e estão sendo investidos pelo setor agrícola, por exemplo, na construção de instalações para produção de aves, suínos e confinamento de gado. 

“O Plano Safra foi um sucesso e hoje nós temos um bom problema, porque o dinheiro de investimento já terminou praticamente”.

A ministra disse ainda que os recursos do plano também estão sendo utilizados na agricultura familiar. Além disso, vários títulos de regularização de terras já foram entregues para produtores rurais que fazem parte do programa. 

“Nós estamos trabalhando para fazer assistência técnica, e o dinheiro do Plano Safra foi muito maior para esse público da pequena agricultura”.

Durante passeio de moto em Brasília neste domingo (25), o presidente Jair Bolsonaro irritou-se com o pedido de um homem, não identificado, sobre o preço do arroz. O chefe do Executivo fez um passeio hoje por regiões do Distrito Federal acompanhado dos ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Braga Netto, da Casa Civil.

Enquanto se preparava para sair da Feira Permanente do Cruzeiro, o mandatário ouviu uma cobrança relacionada à alta no preço do arroz, registrada desde o início de setembro. "Bolsonaro, baixa o preço do arroz, por favor. Não aguento mais", disse o homem.

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O presidente respondeu prontamente e em tom irritado: "Quer que eu baixe na canetada? Você quer que eu tabele? Se você quer que eu tabele, eu tabelo. Mas vai comprar lá na Venezuela". Em seguida, sem receber outro comentário do homem, que deixou o local, Bolsonaro disse: "Fala e vai embora". Pouco depois, o mandatário também saiu do local e retornou ao Palácio da Alvorada.

Desde a alta no preço do produto, que é um dos principais componentes da alimentação diária dos brasileiros, Bolsonaro tem negado a possibilidade de tabelamento de preço. O valor do grão chegou a dobrar depois do aumento da demanda interna e externa, influenciado pela pandemia da covid-19.

Em falas anteriores, Bolsonaro argumentou que o tabelamento de preços já foi feito no passado e não deu certo. "Não posso é começar a interferir no mercado. Se interferir, o material sobra na prateleira, isso que é pior", afirmou para apoiadores no dia 16 de setembro.

A disparada no preço do arroz fez o governo em setembro anunciar a redução total, até o fim do ano, da alíquota de importação para uma cota de 400 mil toneladas de arroz. Sobre o assunto, o chefe do Executivo afirmou em declarações anteriores que a expectativa é normalizar o preço do grão até o fim do ano.

Inflação

Na sexta-feira, 23, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a prévia da inflação oficial. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) atingiu 0,94% em outubro, maior resultado para o mês desde 1995. No ano, o índice acumula alta de 2,31% e em 12 meses atingiu 3,52%.

Os preços dos alimentos e bebidas tiveram a maior alta entre os grupos pesquisados, chegando a 2,24%. Os alimentos para consumo no domicílio subiram 2,95% em outubro, depois do avanço de 1,96% em setembro. A alta foi puxada por itens como o óleo de soja (22,34%), o arroz (18,48%), o tomate (14,25%) e o leite longa vida (4,26%).

Bolsonaro já relacionou a alta no preço do arroz com uma "corrida aos supermercados" e também com a política de isolamento. No dia 14 de outubro, o mandatário destacou para apoiadores que o "homem do campo", que não parou de trabalhar durante a pandemia, garantiu o abastecimento de arroz, mesmo que com preço elevado.

"Acabaram com os empregos, aí sobe o preço do arroz, né? Fique em casa, pô. Já pensou se o homem do campo tivesse ficado em casa? Não teria nem a R$ 30, R$ 35 o pacote de cinco quilos. Não teria arroz", disse na ocasião.

(Colaborou Marcos Pereira)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta (23) pelo IBGE, foi de 0,94% em outubro, maior resultado para o mês desde 1995. No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 2,31% e em 12 meses atingiu 3,52%.

Os preços dos alimentos e bebidas pressionaram o indicador com a maior alta (2,24%) entre os grupos e o maior impacto (0,45 ponto percentual). A maior contribuição veio das carnes (4,83%), na quinta alta consecutiva. O índice também foi puxado pelas altas do óleo de soja (22,34%), do arroz (18,48%), do tomate (14,25%) e do leite longa vida (4,26%). Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-9,95%) e da batata-inglesa (-4,39%).

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O grupo dos Transportes teve a segunda maior variação em outubro (1,34%), puxado pelas passagens aéreas, que subiram 39,90% e contribuíram com 0,13 p.p. no IPCA-15 do mês. Houve altas em todas as áreas, variando desde os 21,66% de Por-to Alegre até os 49,71% de Curitiba. O segundo maior impacto (0,04 p.p.) veio da gasolina (0,85%), sua quarta alta consecutiva, embora menos intensa que no mês anterior (3,19%).

Ainda no grupo dos Transportes, os preços do seguro voluntário de veículo subiram 2,46%, após sete meses consecutivos de quedas. Apenas ônibus interestadual (-2,73%) e gás veicular (-1,36%) tiveram variações negativas.

Os Artigos de residência subiram 1,41%, acelerando em relação a setembro (0,79%), com altas em todos os itens, destacando-se mobiliário (1,75%) e TV, som e informática (1,68%).

Após recuar 0,27% em setembro, o grupo de Vestuário teve alta de 0,84%, puxado por roupas masculinas (1,31%) e infantis (1,07%). Já os preços de roupas femini-nas caíram 0,10%. As joias e bijuterias subiram 1,73%, acumulando alta no ano de 10,68%.

Em Habitação (0,40%), o maior impacto (0,02 p.p.) veio do gás de botijão, alta de 2,07%. Já o gás encanado recuou 0,17%; taxa de água e esgoto subiu 0,16%, e energia elétrica subiu 0,11%.

Em outubro, o IPCA-15 subiu em todas as localidades pesquisadas. O maior resultado foi o da região metropolitana de Fortaleza (1,35%), puxado pelos preços do arroz (23,02%), das carnes (4,79%) e da gasolina (2,78%). Já a menor variação foi a da região metropolitana de Salvador (0,43%), por conta da queda nos preços da gasolina (-5,87%).

Da Agência IBGE

O presidente Jair Bolsonaro reforçou, nesta quarta-feira (14), que trabalhadores do campo garantiram o abastecimento de alimentos no País, como o do arroz mesmo que o preço tenha aumentado significativamente nos últimos meses. Em conversa com apoiadores, o chefe do Executivo associou a alta no preço do produto à política de isolamento adotada como prevenção à pandemia da Covid-19.

"Acabaram com os empregos, aí sobe o preço do arroz, né? Fique em casa, pô. Já pensou se o homem do campo tivesse ficado em casa? Não teria nem a R$ 30, R$ 35 o pacote de cinco quilos. Não teria arroz", declarou. Em nova crítica às medidas de isolamento, Bolsonaro disse ainda que o momento é de "pagar a conta" por conta da política do "fica em casa".

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Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro reforçou para apoiadores que não irá tabelar preços e que o País terá uma supersafra de arroz no fim de dezembro e início do ano que vem. "Agora está vindo uma supersafra de arroz. O homem do campo trabalhou e produziu como sempre. Os empréstimos junto ao Banco do Brasil de pequenos e médios produtores foi enorme", destacou.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste sábado (10), que o preço do arroz deve apresentar queda em breve. Isso porque, de acordo com ele, o Brasil acaba promover a importação de milhares de toneladas do cereal. Isso num primeiro momento. Mais à frente, de acordo com o presidente, o arroz deverá registrar queda de seus preços na esteira da entrada do que ele chama de "supersafra" do produto.

"Na questão da inflação, cesta básica, eu conversei com a ministra Tereza Cristina Agricultura esta semana e ela disse que está chegando no Brasil não sei quantas mil toneladas de arroz, tivemos que importar e vai dar uma diminuída nos preços do arroz. Vem uma supersafra agora no final do ano, começo do ano que vem. Como a gente sabe disso? Pelo volume de crédito do Banco do Brasil", disse Bolsonaro em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais ao lado de uma apoiadora em Guarujá (SP).

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De acordo com o mandatário os preços subiram devido ao aumento da demanda pelo cereal. "Por que aumentou o preço? Tudo que tem uma procura muito grande e o mercado não tem para oferecer, acaba aumentando o preço. O emergencial de R$ 600,00 estimulou um pouco o consumo", disse.

Para o presidente, como as pessoas ficaram em casa em função do distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, o consumo aumentou "porque a tendência de quem fica em casa é visitar mais a geladeira. De acordo com ele, muita gente passou a fazer estoque em casa e isso fez o preço do arroz subir ainda mais.

"Isso aí empurra o preço para cima. Hoje mesmo falei com o Paulo Guedes ministro da Economia, hoje mesmo conversei com o Roberto Campos presidente do Banco Central", disse Bolsonaro.

"No caso da inflação; pessoal, eu sei que é duro! O cara diz, ah, o cara é presidente, tá ganhando bem, tá até barrigudo, é fácil falar paciência. Mas não tem outra alternativa, pô! Vamos ter que enfrentar isso aí."

Segundo o presidente, o pessoal do campo está feliz porque a China está comprando bastante e o preço está subindo no mundo todo. "Aí tem gente que reclama que o preço está subindo aqui e eu falo: malandro, vai plantar arroz também, vai plantar feijão! Agora que tem uma chance do pessoal do campo ganhar bem mais que ganharam nos últimos anos... vivemos numa democracia. Eles vendem pra quem quiser", disse.

Ainda de acordo com Bolsonaro, na semana que vem ele vai ter uma conversa com a ministra Tereza Cristina sobre a soja no Brasil, mas salientou que não vai interferir em nada. "Nós não vamos interferir em nada, dar carteirada, exigir, tabelar nada. isso não existe. Já com a Tereza Cristina, ela está promovendo um grande encontro com os grandes produtores de soja do Brasil para ver como é que fica esta questão para atender o mercado interno", finalizou Bolsonaro.

A Prefeitura de Campinas (SP) cortou o arroz de cestas básicas entregues para famílias de alunos da rede municipal em situação de vulnerabilidade. A distribuição dos produtos começou em abril, após um questionamento do Ministério Público sobre a situação da merenda das famílias no período da quarentena.

Com as escolas em Campinas fechadas desde o dia 23 de março, as famílias dos alunos da rede municipal, com renda per capita entre R$ 89 e R$ 178, passaram a receber o benefício. "Está comprovado que a prefeitura cortou o arroz das cestas. É injustificável permitir que se corte um item tão essencial", disse o vereador Gustavo Petta (PCdoB), presidente da comissão de Educação da Câmara e autor da representação no Ministério Público.

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A disparada do preço do arroz é decorrente do aumento da demanda, tanto por parte do mercado nacional quanto do internacional, ambos influenciados pela pandemia do novo coronavírus. Nas últimas semanas, um pacote de cinco quilos de arroz, que normalmente custa R$ 15, pôde ser encontrado em alguns lugares a R$ 40. Com isso, alguns supermercados já restringem a quantidade que cada cliente pode comprar a mercadoria.

Procurada, a Prefeitura de Campinas responsabilizou o fornecedor. "Por conta da alta do arroz, como são 40 mil cestas, o fornecedor não conseguiu adquirir o produto. A Prefeitura está cobrando do responsável que regularize a situação o mais rapidamente possível. Para compensar, foram incluídos na cesta mais 1/2 quilo de macarrão, 1 kg de carne e 2 litros de suco de uva. A carne fica no freezer da escola e é entregue no momento da retirada da cesta. Além das cestas básicas também são entregues cestas de hortifrutis. Desde abril, foram entregues aproximadamente 400 mil cestas."

Após vários meses de reflexão, o gigante do setor alimentício Mars anunciou a mudança de nome e logotipo de sua famosa marca de arroz Uncle Ben's, para evitar transmitir estereótipos sobre a minoria negra nos Estados Unidos.

O grupo já havia admitido, em junho passado, em meio aos multitudinários protestos contra o racismo e a brutalidade policial para com os negros, que havia "chegado o momento de uma evolução na marca Uncle Ben's, incluindo a figura que a identifica".

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Mars optou, assim, por mudar o nome da marca para "Ben's Original" e abandonar o logotipo com o rosto de um senhor afro-americano. A imagem "poderia" evocar os escravos das plantações de arroz do sul segregacionista.

"Nas últimas semanas, ouvimos milhares de consumidores, nossos próprios funcionários e outras partes afetadas em todo mundo", afirmou a presidente da Mars, Fiona Dawson, em um comunicado divulgado nesta quarta.

"Compreendemos as desigualdades associadas ao nome e à imagem da marca anterior", acrescentou.

Os pacotes com o novo nome e logo estarão nas lojas em 2021.

Além disso, a Mars pretende financiar programas de apoio às comunidades negras de Greenville, no Mississippi, o estado do sul dos Estados Unidos onde se produz o arroz "Ben's Original" há mais de 40 anos.

A Mars não é a única empresa a abandonar logos e nomes considerados insultantes. A Pepsico decidiu mudar a marca Aunt Jemima e seu logo com a imagem de uma mulher negra que adorna frascos de xarope de bordo e misturas para panquecas, presente nas prateleiras americanas por mais de 130 anos.

Uma jovem de 19 anos resolveu celebrar a perda de peso de uma forma diferente. Estudante de Letras, Hannah Martins, decidiu doar para famílias carentes a mesma quantidade de quilos perdidos, em arroz. Para cada cinco quilos queimados ela comprou um pacote de arroz - de peso equivalente - para distribuir entre famílias da cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, que perderam a renda durante a pandemia da Covid-19.

Ao todo, foram 36 quilos perdidos por Hanna. Antes de fazer a doação, ela chegou a tirar foto com sete pacotes de arroz para ilustrar a conquista. A imagem chamou atenção dos internautas e acabou viralizando nas redes. Foram 10 meses entre dietas e exercícios, para conseguir chegar ao peso desejado. 

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Em novembro do ano passado, a jovem pesava cerca de 100 quilos. Foi nesta época que decidiu começar uma rotina de exercícios e reeducação alimentar para tentar chegar ao índice de massa corporal (IMC) adequado. Cinco meses após o início do projeto, a estudante já tinha atingido 75 quilos. No Instagram, diversas pessoas têm compartilhado mensagens de apoio e incentivo.

Nesta segunda-feira (14), a apresentadora Ana Maria Braga protagonizou uma cena bem inesperada no programa 'Encontro'. Em protesto contra alto preço do arroz em todo o País, a apresentadora surgiu usando um conjunto de brincos e colar feito com o alimento.

As imagens sobre o fato durante o programa global da apresentadora logo ganharam repercussão nas redes sociais. Os internautas colocaram o nome de Ana entre os assuntos mais comentados.

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O preço do arroz deve cair no médio prazo em decorrência da busca pelo produto importado, afirmou nesta quinta-feira, 10, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Bastos. Em apresentação dos resultados do 12º e último levantamento da safra 2019/20, divulgado nesta data, ele afirmou: "Historicamente, cotações seguem mais altas no segundo semestre por sazonalidade, porém, como o preço interno já ultrapassa a paridade de importação dos principais mercados produtores, é provável que perca sustentação no médio prazo, pois já há intenso movimento das indústrias de beneficiamento na busca pelo produto no mercado internacional."

A decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de zerar a alíquota de importação de uma cota de 400 mil toneladas de arroz até o fim do ano contribui para a provável perda de sustentação dos preços, segundo Bastos. "Acreditamos que isenção será precificada pelo mercado no curto prazo, e cotações seguirão tendência de estabilidade com tendência de queda nas próximas semanas."

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Além disso, ele acredita que haverá maior oferta do grão produzido no Brasil. "Mesmo com queda nas cotações, os preços ainda devem se manter remuneradores e trazer margem de lucratividade aos produtores de arroz. Com isso, expectativa é que se estimule aumento da área a ser colhida a partir do início de 2021, invertendo a tendência de queda nos últimos anos."

A Conab estima que a colheita do próximo ano fique no patamar das 12 milhões de toneladas, um aumento anual de 7,2%.

Cesta básica no ponto máximo

No mês que vem, a instabilidade dos preços de alimentos da cesta básica deve estar menor, projetou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento. "A Conab acompanha com muito empenho a evolução dos preços dos produtos da cesta básica e a evolução do índice de inflação dos produtos alimentícios", disse ele. "Acreditamos que preços estão no ponto de máxima, e que no próximo levantamento, o cenário já apresente menor instabilidade dos preços."

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu nesta quarta-feira (9) zerar a tarifa de importação do arroz, como antecipou o Estadão/Broadcast. O governo estabeleceu uma cota de 400 mil toneladas do produto até o fim do ano que pode entrar no País sem a taxa. De acordo com o órgão, o montante vale para o arroz com casca e o beneficiado. A medida começa a valer depois da sua publicação no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com fontes do Ministério da Agricultura, o total liberado é considerado suficiente para ajudar a conter a subida no preço do arroz no varejo e garantir que não faltará produto nas prateleiras. Neste ano, até agosto, o Brasil importou 45.087 toneladas de arroz com casca e 372.890 toneladas de arroz beneficiado (sem casca, parbolizado e polido).

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O produto tem pouca importação no Brasil - a ideia é justamente tirar a taxa para que aumente a compra enquanto os preços internos estão altos. A alíquota de importação de países de fora do Mercosul é de 12% para o arroz.

Depois de se reunir com Bolsonaro, em Brasília, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, afirmou que deve ocorrer uma campanha para que o brasileiro troque o arroz por macarrão. João salienta que não há prazo para que o preço do arroz reduza para os consumidores brasileiros.

Segundo o Estadão, o presidente da Abras salienta que a instituição irá promover o consumo do macarrão e orientar o consumidor para que não estoque arroz. Em resposta ao pedido de "patriotismo" feito por Bolsonaro para que os donos de supermercado trabalhassem com lucro "próximo de zero", João explicou que o setor já está fazendo isso. "Sempre fizemos isso nos produtos essenciais".

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Sanzovo Neto reforçou que os mercados não são os culpados pela alta dos preços e que isso se dá ao excesso de demanda e a falta de oferta. "Se você tem menos produtos sendo ofertados, e no caso foi exportado, muitos dos nossos produtos estão sendo exportados, o produtor prefere exportar porque o câmbio está alto e tem uma receita maior do seu produto", explicou.

Um levantamento do Procon Pernambuco confirma que a cesta básica na Região Metropolitana do Recife subiu 1,16% no mês de setembro, passando de R$ 444,06 no mês de agosto, para R$ 449,22 em setembro. O órgão de defesa do consumidor salienta que a cesta básica tem um impacto de 42,99% no salário mínimo do trabalhador brasileiro.

O levantamento foi feito pelo Procon-PE em 21 estabelecimentos do Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. A análise dos preços é feita em 27 itens, entre alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal.

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O documento mostra que de um estabelecimento para outro, a diferença percentual pode chegar até 402,16%. “Estaremos atentos e fiscalizando os supermercados permanentemente para garantir mais essa ferramenta de consulta ao consumidor e, principalmente, verificar se os estabelecimentos estão praticando superfaturamento”, explica o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.

A pesquisa foi realizada entre os dias 01 e 04 de setembro. O levantamento toma como base a cesta básica mensal para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças. 

O diferencial da pesquisa do órgão de defesa do consumidor, em relação às que são realizadas por outros institutos, é que neste levantamento é possível identificar o preço de cada item por estabelecimento, fornecendo ao consumidor os locais e endereços onde o produto encontra-se mais acessível. A pesquisa completa pode ser acessada no site do Procon.

Após o aumento de preço do pacote de arroz, os consumidores se depararam com um novo problema. Nas cidades de Campinas, Americana e Sumaré, no interior de São Paulo, alguns supermercados limitaram a quantidade de pacotes que podem ser comprados pelos clientes.

Nos estabelecimentos, os cartazes mostram as razões do aumento do preço e informam que podem ser adquiridos de três a quatro pacotes de arroz por cliente. Os preços variam entre R$ 19,99 e R$ 24,99.

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De acordo com a reportagem publicada pelo UOL, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou que o setor "tem se esforçado para manter os preços normalizados e vem garantindo o abastecimento regular desde o início da pandemia nas 90 mil lojas de todo o país".

 

Tramita na Câmara dos Deputados um proíbe o aumento de preços, sem justa causa, de itens da cesta básica durante a vigência do estado de calamidade pública decorrente do novo coronavírus, que vai até dezembro.

Pela proposta em análise, a data base de fixação dos preços será dia 1º de março de 2020. Os aumentos após esta data, sem justa causa, serão punidos com multa de R$ 5 mil a R$ 50 mil por item. Reiterada a prática de aumento de preços, o estabelecimento será interditado pelo prazo de 30 dias.

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Autor da proposta, o deputado André Janones (Avante-MG) destaca que, do início do ano até julho, houve aumento médio de 34% no preço do feijão, enquanto o quilo de arroz encareceu em média 23%, conforme estudo realizado por uma plataforma de inteligência de mercado.

“De acordo com levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse), os preços médios de produtos da cesta básica aumentaram, em agosto, em 13 das 17 capitais pesquisadas”, aponta. “Os dados mostram que os produtos mais básicos para o dia a dia do brasileiro aumentaram muito acima da inflação”, critica.

Exportação

Janones também cita avaliação de economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) segundo a qual “entre vender dentro do País e mandar para o exterior, o produtor brasileiro tem escolhido a exportação, porque está ganhando mais dinheiro”.

Conforme o projeto apresentado pelo deputado, o Poder Executivo poderá impor limites à exportação de itens da cesta básica se houver risco de desabastecimento interno ou de aumento exagerado de preços no Brasil.

Outras propostas

Na Câmara, já tramitam outros projetos que visam limitar os preços da cesta básica durante a pandemia, como o PL 2608/20, o PL 2879/20 e o PL 2211/20.

*Da Agência Câmara de Notícias

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), comentou, nesta quinta-feira (9), sobre a alta do preço do arroz e a falta do alimento nas gôndolas de supermercados. O comunista criticou a adoção de um "estado mínimo" e observou que uma das causas do problema é a alta do dólar.

"Solução para falta de arroz ou explosão do seu preço não é importação. Isso é paliativo. Questão central é o papel regulador e fomentador do governo federal, via órgãos como CONAB e BB. Essa ideia de 'estado mínimo' só conduz a desastres. Estado tem que ser presente e eficiente", escreveu o governador no Twitter.

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Para Dino, apesar do problema enfrentado pelo país, onde já há registro do preço do pacote de cinco quilos de arroz custando R$ 40, o presidente não sabe que caminho adotar para reverter o quadro.

"Uma das causas do problema com alimentos que estamos atravessando é o dólar nas alturas. E nem adianta perguntar qual o caminho a Bolsonaro. Ele nada sabe e de nada entende, como já declarou várias vezes. E ainda vão cortar o auxílio emergencial? Absurdo", emendou, sem poupar alfinetadas.

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