Detalhes da prisão foram apresentados nesta terça-feira (19) Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu um homem por assassinar a amante, que estava grávida de três meses, e queimar o corpo dela no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), na segunda-feira (18). Segundo a polícia, a vítima, de 26 anos, foi assassinada por ter decidido manter a gestação.

A mulher desapareceu na noite de 28 de novembro de 2020 após ir se encontrar com o suspeito. Na tarde do dia seguinte, seu corpo foi encontrado carbonizado em uma mata próxima à BR-101, no município do Cabo.

De acordo com a Polícia Civil, o homem era noivo e mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima. Ele teria exigido que a amante interrompesse a gravidez, o que ela não obedeceu. Cerca de 15 dias antes do crime, ela teria contato para familiares dele sobre a gestação, o que resultou no fim do noivado.

"Ela só queria que ele reconhecesse a paternidade do filho, mas ela não queria um relacionamento com ele", conta o delegado Marcos de Castro, adjunto da Delegacia de Homicídios do Cabo de Santo Agostinho. Os investigadores também obtiveram áudios em que o acusado ameaçava a vítima. 

A perícia não conseguiu confirmar se a mulher foi carbonizada após já estar morta. Em interrogatório, o suspeito nega tanto o crime quanto ter mantido qualquer relacionamento com a mulher. Entretanto, se recusou a entregar material genético para análise de compatibilidade com o feto.

O homem vai responder por feminicídio, ocultação de cádaver, fraude processual e aborto sem consentimento da gestante. Ele foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na RMR.