Prefeito dá 24h para explicações sobre menino torturado
O Conselho Tutelar afirma que realizou visitas na residência onde o menor de 11 anos era torturado, entretanto verificou apenas risco médio
Após o resgate do menino de 11 anos, que foi despido, torturado e acorrentado em um barril de metal pela família, o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), estipulou o prazo de 24h para que as secretarias responsáveis apresentem relatório sobre o atendimento prestado ao menor. No sábado (30), ele afirmou que comeu as próprias fezes, pois não recebia comida há cinco dias.
O ciclo familiar da vítima era acompanhado pelo Conselho Tutelar e pela Rede de Assistência Social do município do Interior de São Paulo. Contudo, nenhum dos órgãos identificou a tortura contra o garoto, denunciada por vizinhos.
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O Ministério Público, representado pela Promotoria da Infância e Juventude da cidade abriu processo para investigar o trabalho das entidades fiscalizadoras, sobretudo no último ano. A vítima foi internada em um hospital, onde se recupera dos traumas físicos.
O pai do menino, um auxiliar de serviços gerais de 31 anos, afirmou que torturava o filho para educá-lo. Ele foi preso em flagrante com a companheira, uma faxineira de 39 anos, e com sua filha, uma vendedora de 22 anos.