Além da Covid: Casos de dengue ainda preocupam o País

Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde chama atenção para a prevenção da doença

por Kauana Portugal ter, 27/04/2021 - 12:40
Venilton Kuchler/ ANPr Mosquito Aedes Aegypti é o principal transmissor da dengue, chikungunya e zica vírus Venilton Kuchler/ ANPr

De acordo com o boletim de arboviroses divulgado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (26), os registros de pessoas com dengue despencaram em todo o Brasil. Apesar disso, a doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, ainda causa preocupação pelo país, sobretudo durante os períodos mais chuvosos, quando a água parada transforma-se em um berçário para o desenvolvimento de novas larvas.

Segundo os números do boletim, entre os dias 3 de janeiro e 20 de março, foram notificados 120.531 casos possíveis de dengue, uma redução de 73,8% em relação ao mesmo período de 2020. Também de acordo com as observações do documento, o Acre está vivendo uma epidemia de dengue neste momento, com a incidência de 13.202 casos prováveis, um aumento de mais de 200% em comparação com o ano passado.

Apesar disso, a pasta também alertou para a proximidade de sintomas entre a dengue e a Covid-19, a exemplo de febre, dor de cabeça, indisposição e falta de apetite. "Desde fevereiro de 2020, o Brasil enfrenta uma pandemia da COVID-19 e, desde a confirmação dos primeiros casos, observou-se uma diminuição dos registros de casos prováveis e óbitos de dengue. Esta diminuição pode ser consequência de uma subnotificação ou atraso nas notificações das arboviroses associadas a mobilização das equipes de vigilância e assistência para o enfrentamento da pandemia e ao receio da população em procurar atendimento em uma unidade de saúde", informa o material.

O país também registrou 9.390 casos de chikungunya e outros 636 de zika, doenças também transmitidas pelo Aedes Aegypti.

Responsabilidade maior em decorrência da pandemia

Devido à pandemia da Covid-19, os agentes de combate a endemias não podem mais entrar nas casas para checar os focos do mosquito Aedes Aegypti. Diante disso, a responsabilidade da população também aumenta, sendo recomendado que os moradores de bairros reservem um tempo para revisitar a casa pelo menos uma vez por semana, e acabar com possíveis pontos de água parada, ambientes propícios para a proliferação do mosquito.

 

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