Confundido com estuprador, homem passou 17 anos na prisão

Eugênio Fiúza de Queiroz, de 71 anos, foi confundido com o estuprador conhecido como “maníaco de Anchieta” e ficou na cadeia de 1995 até 2012

por César Lui qua, 28/04/2021 - 12:48
DPMG Eugênio Fiúza de Queiroz, de 71 anos DPMG

Nessa terça (27), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenou o Estado a indenizar em R$ 2 milhões, Eugênio Fiúza de Queiroz, de 71 anos, que foi preso injustamente em 1995, confundido com o “maníaco de Anchieta”. Ele passou 17 anos na prisão, até o verdadeiro culpado, Pedro Meyer Guimarães, ser preso em 2012.

Junto com a indenização, foi determinado ainda o pagamento mensal vitalício de cinco salários mínimos, por danos materiais.

Na época da sua prisão, Eugênio foi preso sem mandato, enquanto conversava com sua namorada, em uma praça do Bairro Colégio Batista, em Belo Horizonte.

Levado à delegacia, várias vítimas dos estupros o reconheceram como quem cometeu os crimes.

Segundo o Estado de Minas, o artista plástico alegou que confessou o crime por estar sofrendo tortura física e psicológica e já na prisão pensou em se matar por ter sido submetido a situações que o fizeram perder a honra, imagem e dignidade, perdendo contato com a família, amigos e filho.

Em 2019, em primeira instância, havia sido decidido o pagamento de indenização de R$ 3 milhões, além do pagamento dos cinco salários mínimos mensais vitalícios.

O Estado recorreu e no novo julgamento ficou determinado o pagamento de agora R$ 2 milhões e os cinco salários vitalícios. Ainda cabe recurso.

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