Sem São João, economia de PE perde R$ 433 milhões

De acordo com dados da Fiepe, o impedimento da realização de festas também prejudicou a geração de empregos durante o período junino em municípios pernambucanos

por Jameson Ramos qui, 17/06/2021 - 15:49
LeiaJá Imagens/Arquivo Em Pernambuco Caruaru era o que gerava mais empregos LeiaJá Imagens/Arquivo

Sem a possibilidade da realização do São João por mais um ano, por conta da pandemia da Covid-19, Pernambuco deixa de gerar cerca de R$ 433 milhões, considerando o total que deixará de circular em diversos setores, como comércio e serviços.

O número considera o montante arrecadado em 2019, último ano das comemorações antes da crise sanitária. Naquele ano, pequenos, médios e grandes empresários já comemoravam um aumento de 25% em relação a 2018.

Ao todo, em 2019 Pernambuco recebeu mais de 513 mil turistas para os arraiás de diversas cidades como Caruaru, Gravatá, Arcoverde e Petrolina.  Isso sem contar nos próprios moradores de Pernambuco, que se deslocam anualmente para aproveitar a data nos municípios do estado, principalmente no interior.

De acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o impedimento da realização de festas também prejudicou a geração de empregos durante o período junino em municípios pernambucanos. 

Antes da pandemia, cerca de 12 mil postos de trabalho diretos e indiretos eram criados em Caruaru, a maioria em virtude das comemorações do ‘Maior e Melhor São João do Mundo', como é chamado o evento junino na cidade.

Em junho do ano passado, vários setores industriais relacionados direta ou indiretamente à festa também tiveram queda no faturamento. Segundo o levantamento da Fiepe, enfrentaram retração segmentos como os de metalurgia básica (-15,8%), materiais elétricos (-14,9%), e de celulose e papel (-10,2%).

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