Jovem tira parte do pulmão, danificado por uso de narguilé
Jovem de 19 anos teve que realizar cirurgia de lobocetomia após descobrir fungos contraídos durante uso de narguilé
Uma jovem de 19 anos, de Cuiabá, Lívia Monteiro, teve que realizar uma cirurgia de lobocetomia nessa segunda-feira (14) após descobrir fungos que foram contraídos durante uso de narguilé.
Lívia passou dois dias internada na UTI após a cirurgia e agora já está se recuperando na enfermaria, mas sem previsão de alta. Em suas redes sociais, ela publicou um alerta para os amigos.
“O pós-operatório não é fácil. É preciso ficar com um dreno o tempo inteiro durante uns cinco dias. Os fungos são silenciosos e se proliferam pelos órgãos, podendo causar morte ou até mesmo paralisação do órgão. A dor é tanta que estou à base de morfina e mesmo assim ainda sinto dor”, contou.
Em entrevista ao G1, Lívia contou que faz uso do narguilé desde os 16 anos, mas sem muita frequência. Ela veio passar mal a primeira vez em abril, sentindo falta de ar e febre.
"Fui ao hospital com falta de ar e febre achando que fosse Covid, mas fiz três testes e todos deram negativo. Depois, fiz tomografia e os médicos de plantão disseram que não era nada”, explicou.
Depois de continuidade nos sintomas, a mãe de Lívia desconfiou e levou o resultado de exames feitos a um pneumologista que diagnosticou aspergilose, uma infecção causada por fungos. Após passar por tratamento rápido ela foi encaminhada direto para a cirurgia, que demorou cerca de 6 horas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a fumaça do narguilé inalada por 20 a 60 minutos equivale a fumar cerca de 100 cigarros. Como o produto tem sabor adocicado, os usuários costumam passar mais tempo consumindo, o que pode acarretar problemas variados de saúde.