Em Petrolina, quem rejeitar vacina vai para o fim da fila
Recusante terá que assinar um termo de recusa assumindo a responsabilidade pela sua decisão. Caso se negue, duas testemunhas assinarão o documento
Mais um município em Pernambuco adotou a realocação na fila de vacinação contra a Covid-19, como uma forma de lidar com os que tentam driblar as ofertas de imunizantes existentes ou mesmo os faltosos. A partir desta sexta-feira (9), em Petrolina, no Sertão do estado, quem se recusar a ser imunizado com a vacina ofertada na tentativa de escolher o fabricante do imunizante irá para o fim da fila da sua faixa etária e continuará a ser agendado para a vacina disponibilizada no momento.
Ou seja, além de perder a oportunidade de se vacinar mais cedo, junto ao próprio grupo etário, o recusante continuará não podendo escolher a vacina na sua segunda tentativa. Atualmente, Petrolina conta com quatro tipos de imunizantes - CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen - distribuídos nos polos de vacinação de maneira aleatória e dependendo da quantidade recebida de cada vacina.
Todos os imunizantes listados possuem aprovação científica de laboratórios internacionais e nacionais, assim como foram registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em níveis de eficácia diferentes, todos têm eficácia geral na média dos 70% e a eficácia chega a 100% nos casos graves/clínicos da Covid-19.
De acordo com a Secretaria de Saúde do município, a medida é uma tentativa de evitar que aqueles que procuram o imunizante desejado tomem o espaço de outros que não fizeram a escolha e que, por isso, perderam a oportunidade de se imunizar. O movimento começou a ser percebido em Petrolina de forma mais intensa desde a abertura da vacinação para a população em geral e também após a chegada do imuno em dose única (Janssen).
“Algumas pessoas não querem a dose por acreditar em notícias falsas sobre a eficácia dos imunizantes ou simplesmente porque não querem ter que voltar para tomar uma segunda dose. É importante que as pessoas compreendam que todas as vacinas aplicadas foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e que o município não tem como escolher as quantidades e as vacinas que irá receber", explicou a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Marlene Leandro.
A pessoa que recusar a dose oferecida terá que assinar um termo de recusa assumindo a responsabilidade pela sua decisão. Caso se negue, duas testemunhas assinarão o documento.