PE pode aumentar restrições pelo avanço da Ômicron
As novas restrições podem ser anunciadas por conta do Carnaval
Com o aumento dos casos de Covid-19 causados pela variante Ômicron, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, afirmou que o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 pode aumentar as restrições que já estão em vigor em reunião que vai acontecer na próxima segunda-feira (7). De acordo com o gestor, há uma grande expectativa para o Carnaval, mas é preciso reavaliar as medidas restritivas.
Segundo Longo, Pernambuco é o 5º Estado com o Plano de Convivência mais restrito, mas ainda assim existe a possibilidade do aumento nas restrições, tendo em vista dois episódios de descumprimento que aconteceram neste final de semana.
"Temos visto alguns descumprimentos dos protocolos que têm acontecido, como os dois últimos casos mais emblemáticos das duas maiores intervenções feitas no final de semana; uma festa no Clube Português e outra no Sítio Histórico de Olinda que a gente precisou dispersar. Precisamos do apoio dos municípios para que os protocolos em vigor possam ser seguidos e da consciência da população. Os eventos controlados têm um risco menor de contaminação do que os que não têm nenhum controle".
"Estamos avaliando esses cenários [de novas restrições], houve recomendação por parte do Ministério Público e do Consórcio Nordeste. Já dissemos que vamos nos posicionar sobre o Carnaval neste mês de fevereiro e, na próxima segunda-feira (7), o Comitê deverá fazer uma avaliação desse cenário já contando com a semana epidemiológica 5 para avaliar se antecipa alguma medida em relação ao decreto em vigor e já vai anunciar como devem se comportar as atividades sociais no período carnavalesco, que há uma grande expectativa, embora a gente já saiba que os principais locais onde haveria Carnaval já anunciaram que não vai ter Carnaval de rua, mas é preciso preparar as medidas para não termos aglomerações".
O Comitê Científico do Consórcio do Nordeste emitiu um documento com recomendações de ampliação das medidas restritivas nos estados e municípios da região, incluindo o Carnaval e festas privadas como forma de combater aglomerações e, assim, diminuir o número de casos de Covid-19 registrados.
A orientação tem como base a taxa de transmissibilidade da variante Ômicron e o número de internações. “Com uma transmissibilidade quatro vezes maior que da variante Delta, em pouco tempo a Ômicron tornou-se a variante dominante, provocando uma nova onda da pandemia iniciada ainda em dezembro, e que rapidamente se disseminou em todo o mundo”, diz o texto.
Além do cancelamento da festa, o Comitê pediu o fim do feriado de Carnaval, que vai de 28 de fevereiro até 1º de março.