Polícia investiga famosos por divulgar pirâmide financeira
De acordo com as investigações, o golpe movimentou cerca de R$ 300 milhões
A Polícia Civil desmontou um esquema pirâmide que envolvia artistas, celebridades e jornalistas nessa quarta-feira (16), em São Paulo. A investigação estima que o golpe movimentou cerca de R$ 300 milhões.
Além de famosos, como o jornalista Alexandre Garcia e o cantor Léo Chaves, a empresa identificada como Agro S/A também envolvia contadores, advogados e marqueteiros. Ela foi aberta com documentos falsos de outras empresas para realizar o esquema de estelionato.
O registro informava que a atuação era no mercado de commodities agrícolas, mas a instituição incentivava o uso de criptomoedas e exigia que os investidores recrutassem outros investidores para receber os lucros, apontou o inquérito.
Celebridades na mira da Polícia
Após as primeiras denúncias, a Agro S/A mudou o nome para Pacific Bank, Quivra, Tamino, conforme a Polícia, que apura se que os famosos também foram enganados para participar de campanhas de marketing ou se realmente integravam a pirâmide financeira.
"Nós acreditamos que eles são contratados para divulgar, mas, ao mesmo tempo, a gente está vendo se existe alguma ligação deles para aplicar os golpes. É isso que a investigação hoje está com essa colheita de documentos, e a gente vai analisar com cuidados para ver até que ponto eles são parceiros ou não", disse o investigador-chefe da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas (DIG), Marcelo Hayashi ao G1.
Operação Queóps
Ao todo, 13 mandatos de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Idaiatuba, Itu, Jundiaí, São Paulo, Diadema e Santos contra a empresa de fachada e em endereços de suspeitos.
Documentos, celulares, computadores, cartões de memória, pen drives foram apreendidos, mas ninguém foi preso. Os materiais serão periciados para a continuidade das investigações.