Mortes de Covid-19 em Xangai sobe para 25
A cidade de maior população da China, principal motor econômico do país, inicia a reabertura depois de duas semanas de severas restrições, com a maioria dos 25 milhões de habitantes confinados em suas casas
Xangai registrou mais oito mortes por Covid-19 nesta quinta-feira (21), o que eleva a 25 o total de vítimas fatais na cidade chinesa, onde os contágios parecem registrar queda e alguns moradores finalmente foram autorizados a sair de casa após a flexibilização do confinamento.
A cidade de maior população da China, principal motor econômico do país, inicia a reabertura depois de duas semanas de severas restrições, com a maioria dos 25 milhões de habitantes confinados em suas casas.
Com mais de 400.000 casos registrados desde março, a cidade contabiliza oficialmente 25 mortes no surto da doença provocado pela variante contagiosa ômicron, números questionados por alguns especialistas.
As oito pessoas que morreram nesta quinta-feira tinham média de idade de 77,5 anos e apresentavam comorbidades, incluindo tumores malignos ou hipertensão, de acordo com as autoridades municipais.
O governo municipal enfatizou que a causa da morte dos oito era a "doença prévia".
Além disso, a metrópole portuária registrou 18.000 novos casos nesta quinta-feira, a maioria assintomáticos, e pelo segundo dia consecutivo contabilizou menos de 20.000 infecções em 24 horas.
O surto em Xangai é o mais grave na China desde a primeira onda da doença, detectada pela primeira vez em Wuhan, e testa a estratégia inflexível de 'covid zero' do país, que tenta eliminar as infecções com severos confinamentos, testes em larga escala e o fechamento de fronteiras.
As semanas de restrições afetaram a economia e abalaram a moral dos moradores, que denunciaram as dificuldades para conseguir alimentos ou a política rígida de isolamento das pessoas que testavam positivo para covid em centros de quarentena.
As autoridades flexibilizaram as ordens de confinamento domiciliar para quase 12 milhões de pessoas, mas algumas reclamaram que os agentes em seus bairros não permitiram que saiam de suas casas.
"Todo mundo aguentou muito durante este tempo", disse Rui, funcionário de uma empresa de alimentação, que não revelou o sobrenome, e que saiu de sua casa na zona oeste de Xangai pela primeira vez em 20 dias.
Ao seu redor, algumas lojas abriram, mas só permitiam que os clientes fizessem os pedidos na porta. Uma moradora do bairro montou um salão de beleza improvisado porque não havia salões abertos em sua área.
Com a redução do número de casos, a cidade também tenta reativar a economia e autorizou a retomada da produção em mais de 600 empresas esta semana, incluindo Tesla e Volkswagen.