Novos distúrbios na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém

A polícia israelense afirmou em um comunicado que 'repeliu os desordeiros que atiraram projéteis na Esplanada das Mesquitas' e informou que pelo menos um agente ficou levemente ferido

qui, 05/05/2022 - 08:38
AHMAD GHARABLI Policiais israeleneses prendem manifestante palestino na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém AHMAD GHARABLI

Policiais israelenses e manifestantes palestinos voltaram a se enfrentar nesta quinta-feira (5) na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Leste, no retorno dos fiéis judeus para rezar após a pausa do Ramadã.

A polícia israelense afirmou em um comunicado que "repeliu os desordeiros que atiraram projéteis na Esplanada das Mesquitas" e informou que pelo menos um agente ficou levemente ferido.

A polícia reforçou a presença diante da mesquita de Al Aqsa, que fica na esplanada.

A Esplanada das Mesquitas é o terceiro local sagrado do islã e o local mais sagrado do judaísmo, com o nome de Monte do Templo.

Desde meados de abril, confrontos recorrentes entre policiais israelenses e manifestantes palestinos deixaram quase 300 feridos, em sua grande maioria palestinos, neste complexo localizado em Jerusalém Leste, ocupado desde 1967 por Israel.

Os distúrbios desta quinta-feira acontecem na data do 74º aniversário da criação do Estado de Israel, de acordo com o calendário hebraico, e no dia de retorno dos fiéis judeus ao local depois da pausa durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã.

Com base em um acordo tácito entre as diferentes religiões, os não muçulmanos podem comparecer à esplanada, mas sem rezar.

Mas o número crescente de judeus que entram no local e o fato de que alguns rezam de maneira escondida provocam o temor entre os muçulmanos de uma possível mudança de 'status quo'.

Na semana passada, o líder do movimento islamita palestino Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, ameaçou Israel com disparos de foguetes a partir deste território palestino em caso de "nova agressão" na mesquita de Al Aqsa, onde as forças de segurança israelenses entraram em abril, o que provocou uma onda de indignação no mundo árabe.

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