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Policiais israelenses e manifestantes palestinos voltaram a se enfrentar nesta quinta-feira (5) na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Leste, no retorno dos fiéis judeus para rezar após a pausa do Ramadã.

A polícia israelense afirmou em um comunicado que "repeliu os desordeiros que atiraram projéteis na Esplanada das Mesquitas" e informou que pelo menos um agente ficou levemente ferido.

A polícia reforçou a presença diante da mesquita de Al Aqsa, que fica na esplanada.

A Esplanada das Mesquitas é o terceiro local sagrado do islã e o local mais sagrado do judaísmo, com o nome de Monte do Templo.

Desde meados de abril, confrontos recorrentes entre policiais israelenses e manifestantes palestinos deixaram quase 300 feridos, em sua grande maioria palestinos, neste complexo localizado em Jerusalém Leste, ocupado desde 1967 por Israel.

Os distúrbios desta quinta-feira acontecem na data do 74º aniversário da criação do Estado de Israel, de acordo com o calendário hebraico, e no dia de retorno dos fiéis judeus ao local depois da pausa durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã.

Com base em um acordo tácito entre as diferentes religiões, os não muçulmanos podem comparecer à esplanada, mas sem rezar.

Mas o número crescente de judeus que entram no local e o fato de que alguns rezam de maneira escondida provocam o temor entre os muçulmanos de uma possível mudança de 'status quo'.

Na semana passada, o líder do movimento islamita palestino Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, ameaçou Israel com disparos de foguetes a partir deste território palestino em caso de "nova agressão" na mesquita de Al Aqsa, onde as forças de segurança israelenses entraram em abril, o que provocou uma onda de indignação no mundo árabe.

Uma dúzia de pessoas ficaram feridas em distúrbios entre manifestantes palestinos e policiais israelenses neste domingo (17) em torno da Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, o terceiro lugar sagrado do Islã que já foi palco de confrontos violentos na sexta-feira.

Na manhã deste domingo, "centenas" de manifestantes palestinos começaram a recolher pedras na esplanada antes da chegada dos judeus que podem visitar este local, considerado o mais sagrado do judaísmo, em determinados horários e sob certas condições, conforme indicado pela polícia.

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As forças de segurança israelenses entraram na Esplanada das Mesquitas para "despejar" esses manifestantes e "restaurar a ordem", disse a polícia.

Testemunhas e socorristas indicam que uma dúzia de palestinos ficaram feridos nesses distúrbios. "Nossas equipes trataram uma dúzia de feridos (...) oito deles durante um ataque (pela polícia) e dois com balas de borracha", disse o Crescente Vermelho palestino.

Em outro incidente, desta vez na Cidade Velha, localizada na parte leste de Jerusalém ocupada por Israel desde 1967, palestinos atiraram pedras em ônibus, ferindo levemente cinco israelenses, segundo a mídia e a polícia israelenses.

Esses incidentes ocorrem quando a missa cristã da Páscoa é celebrada neste domingo, e as orações para Pessah, a Páscoa judaica, e para o mês muçulmano do Ramadã na Cidade Velha de Jerusalém, um centro às vezes conflituoso onde as três religiões monoteístas coincidem.

Na sexta-feira, mais de 150 pessoas ficaram feridas em confrontos entre manifestantes palestinos e policiais israelenses na Esplanada das Mesquitas, após semanas de tensão por uma série de ataques anti-israelenses na região de Tel Aviv, seguidos por operações "contra-terroristas" do Estado hebraico na Cisjordânia ocupada.

A Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, o terceiro local sagrado mais importante do Islã e o primeiro fora da Arábia Saudita, reabriu as portas neste domingo depois de passar dois meses fechada pela pandemia do novo coronavírus.

Nenhum incidente grave foi registrado, mas oito residentes árabes foram detidos por "perturbar a visita" organizada de quase 100 judeus, informou a polícia israelense.

Pouco depois das 03H00 (horário local, 21H00 horário de Brasília, sábado), os primeiros fiéis, com o rosto coberto por máscaras, foram autorizados a entrar no complexo da Esplanada, localizado na cidade antiga de Jerusalém, para participar da primeira oração do dia.

"Deus é grande, protegeremos Al-Aqsa com nossa alma e sangue", cantaram os fiéis, que foram recebidos pelo diretor da mesquita de Al Aqsa, Omar Kiswani, que os parabenizou por sua paciência.

Conhecido como Haram al-Sharif - "Nobre santuário"- pelos muçulmanos e Monte do Templo pelos judeus, a Esplanada das Mesquitas abriga o Domo da Rocha e a mesquita de Al-Aqsa, que é administrada pelo Waqf de Jerusalém, um órgão vinculado à Jordânia.

Poucas horas mais tarde, quase 100 judeus entraram na esplanada, o primeiro local sagrado do judaísmo sob o nome Monte do Templo. Os judeus estão autorizados a visitar o local durante horas determinadas, mas não podem rezar, para evitar o aumento das tensões religiosas.

Oito moradores árabes foram detidos por tentativa de "perturbar esta visita, aos gritos de slogans nacionalistas", informou o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld.

O Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa também abriram para os fiéis neste domingo. Os locais estavam fechados desde meados de março pelas autoridades religiosas no âmbito das medidas adotadas para impedir a propagação do novo coronavírus em Jerusalém, uma cidade disputada, cuja zona leste está ocupada e anexada por Israel desde 1967.

O fechamento da Esplanada das Mesquitas foi determinado no início da crise de COVID-19 nos territórios palestinos e em Israel.

Até o momento, Israel registrou mais de 17.000 casos de novos coronavírus em sua população de quase nove milhões de pessoas e 284 mortes. No lado palestino, menos de 500 casos foram confirmados na Cisjordânia e Gaza e três mortes para uma população de cinco milhões de habitantes.

Nas últimas 10 semanas, os muezins convocaram os fiéis à oração, mas em suas casas, inclusive durante o mês sagrado do Ramadã, que terminou na semana passada.

"Não houve Ramadã, nem Aid al Fitr (Festa do Fim do Jejum, em Al-Aqsa), mas hoje é um dia de festa, tudo é diferente", declarou Ramzi Abisan, um homem de 30 anos que chegou ao amanhecer para acompanhar a primeira oração.

Apesar da reabertura da Esplanada, as autoridades permanecem vigilantes para tentar impedir a propagação do vírus.

Funcionários entregavam máscaras aos fiéis e mediam a temperatura de quem entrava no complexo. Nos tapetes para oração, fitas brancas marcavam o espaço da distância necessária.

Soldados israelenses estavam a postos neste domingo: a reabertura do local sagrado acontece um dia depois da polícia matar um palestino deficiente de 32 anos, Iyad Hallak, na cidade antiga de Jerusalém.

A vítima, que a polícia acreditava que estava armada, foi perseguida e atingida por um tiro. A morte provocou uma grande comoção.

O Fatah, partido laico do presidente palestino Mahmud Abas, denunciou a "execução de um jovem deficiente".

"Lamentamos verdadeiramente o incidente no qual Iyad Hallak foi alvo de um tiro e apresentamos nossas condolências à família", afirmou neste domingo o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, que pediu uma investigação rápida.

Palestinos e policiais israelenses se enfrentaram neste domingo (2) na Esplanada das Mesquitas, após a visita de nacionalistas judeus ao local, em um contexto de celebração, por parte de Israel, da tomada por seu Exército de Jerusalém Oriental.

A Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar santo do Islã e considerado um espaço sagrado também pelos judeus, fica em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade ocupada desde 1967 por Israel, que foi anexada.

As forças israelenses controlam todos os seus acessos e entram nela em caso de distúrbios.

Os judeus estão autorizados a ir ao local em horários específicos, mas não podem orar ali, para evitar tensões.

Cerca de 1.200 nacionalistas judeus estavam no local, segundo o diretor da mesquita de Al Aqsa. A polícia israelense, que normalmente proíbe a entrada de judeus na esplanada durante os dez últimos dias do ramadã, desta vez autorizou excepcionalmente.

Isso provocou a cólera dos fiéis palestinos, que se fecharam na mesquita de Al Aqsa, de onde lançaram pedras e cadeiras contra as forças de segurança, antes de serem dispersados, informou a polícia israelense em um comunicado.

Segundo o diretor da mesquita de Al Aqsa, Omar Kaswani, 45 pessoas ficaram feridas, uma delas em gravemente, e sete foram presas.

Neste domingo, os israelenses celebram o "Dia de Jerusalém", que comemora a tomada da cidade por seu Exército, após a Guerra dos Seis Dias em 1967, da Cidade Velha, então sob controle jordano.

A prefeitura de Jerusalém anunciou o fechamento de um trecho do Muro das Lamentações nesta segunda-feira devido ao desprendimento de uma pedra de 100 kg, que caiu na Esplanada das Mesquitas sem causar feridos.

"Uma pedra de 100 kg caiu perto de uma fiel sem atingi-la", afirmou o prefeito Nir Barkat em um comunicado explicando o motivo do fechamento de uma parte da Esplanada das Mesquitas.

O Muro das Lamentações é o único vestígio de um muro do segundo Templo judeu, destruído pelos romanos no ano 70 de nossa era.

"A Autoridade das Antiguidades se encarregará de comprovar que não há perigo antes de ser autorizada a reabertura", acrescenta a nota.

Israel removeu nesta quinta-feira (27) os últimos mecanismos de controle que restavam no acesso ao Monte do Templo, também chamado de Esplanada das Mesquitas para os muçulmanos, em Jerusalém. Foram retiradas todas as barreiras que eram usadas para o controle de fluxo de pessoas e que levavam até os detectores de metais.

O local tinha sido equipado com detectores de metais há duas semanas devido a um atentado terrorista cometido por árabes-israelenses que mataram dois policiais. Desde então, Israel havia adotado medidas para reforçar a segurança do local sagrado, mas a decisão gerou tensão com muçulmanos que frequentam a Esplanada para orações. Muitos se recusaram a entrar na Esplanada para rezar.

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Além disso, foram convocados protestos nas ruas. O movimento Hamas, que ontem voltou a ser listado como grupo terrorista pela União Europeia (UE), mantém agendada uma manifestação para esta sexta-feira (28). De acordo com o governo israelense, os detectores de metais serão substituídos ao longo dos próximos meses por câmeras de vigilância de alta tecnologia que poderão fazer reconhecimento facial de suspeitos. 

Novos confrontos foram registrados neste domingo na Esplanada das Mesquitas, poucas horas depois do início da festa judaica dos Tabernáculos, com a qual os palestinos temem um maior fluxo de visitantes judeus neste local extremamente sensível de Jerusalém.

"Al Aqsa é um lugar sagrado, mas também um símbolo nacional para os palestinos e para todos os árabes", declarou o xeque Kamal Khatib, número dois do Movimento Islâmico, um grupo islâmico árabe-israelense que lidera a mobilização em torno da esplanada, onde está localizada a mesquita de Al Aqsa.

Seu movimento organiza há 20 anos uma manifestação anual sob o lema "Al Aqsa está em perigo", mas que este ano diz: "Al Aqsa está em grande perigo".

Há algum tempo, "extremistas judeus querem destruir Al Aqsa para construir o Terceiro Templo (judeu) e são agora apoiados pelo governo" de Benjamin Netanyahu, cuja coalizão inclui ministros religiosos e nacionalistas, diz o xeque.

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As autoridades israelenses negam querer mudar o status quo de 1967, que autoriza os judeus a visitar a esplanada, mas não a rezar na mesma.

Esses mesmos funcionários dizem que a violência ocorrida são atribuíveis ao Movimento Islâmico que financia e leva todos os dias grupos de homens e mulheres gritando "Allahu Akbar" (Deus é grande).

Outra ameaça, de acordo com a polícia israelense, são os "jovens mascarados que atiram pedras" e que se escondem na mesquita de Al Aqsa na véspera de feriados judaicos.

Este foi o caso durante a celebração do ano novo judaico, dez dias atrás. O mesmo poderia acontecer agora em Sucot, a festa judaica dos Tabernáculos, que começa neste domingo e dura oito dias.

A Esplanada das Mesquitas está localizada em Jerusalém Oriental, a parte palestina de Jerusalém ocupada por Israel em 1967 e anexada.

É um local sagrado para ambas as religiões. Ali se encontram o Domo da Rocha e a Mesquita de Al Aqsa, o terceiro local mais sagrado no Islã.

Os judeus também o veneram como o lugar mais sagrado de sua religião e o chamam de "Monte do Templo", pois era neste local que se encontrava o Segundo Templo judeu destruído em 70 d.C pelas tropas romanas de Tito.

'Defender nossa mesquita'

Nos oito dias do feriado judaico "vamos defender nossa mesquita", prometeu um jovem palestino de Jerusalém, chamando a si mesmo de Abu Obeida, nome do famoso porta-voz do braço armado do movimento Hamas.

Bem em frente à mesquita, o Movimento Islâmico realiza uma demonstração de força: várias centenas de militantes desfilam pelo 14 hectares da esplanada aos gritos de "por nossa alma e nosso sangue, nos sacrificamos por ti, Al Aqsa".

Para além desta manifestação, novos confrontos ocorreram neste domingo de manhã entre palestinos e as forças de segurança israelenses na esplanada, no último dia do feriado muçulmano do Eid al Adha.

A polícia israelense indicou em um comunicado que "jovens palestinos atiraram pedras" contra agentes, que responderam para dispersá-los.

A polícia israelense disse que, após o incidente, a situação estava "sob controle".

O governo israelense implantou milhares de agentes da polícia em Jerusalém para garantir a segurança durante o feriado judaico do Yom Kippur, na semana passada, e Eid al-Adha, a Festa Muçulmana do Sacrifício.

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