PF dá orientações a torcedores vítimas de extorsão hacker

A Polícia Federal definiu o crime como "Sextorsão"

por Victor Gouveia qua, 28/09/2022 - 10:04
Pixabay Palavra segurança escrita em navegador Pixabay

Com o caso de extorsão a torcedores do Sport por meio de um e-mail enviado por um suposto hacker, a Polícia Federal (PF) indicou recomendações para se proteger contra esse tipo de investida virtual. Na mensagem, o criminoso cobra R$ 3 mil em bitcoin e ameaça vazar supostos conteúdos íntimos das vítimas. 

A PF destacou que esse tipo de crime deve ser denunciado à Polícia Civil e que ele se configura como "Sextorsão", que prevê penas de 2 a 5 anos de prisão. Na prática, a vítima é chantageada por alguém que cobra imagens de sexo explícitas, favores sexuais ou dinheiro para não compartilhar material privado. Segundo as autoridades, 60% das vítimas são mulheres. 

No comunicado, a PF orienta que a vítima deve manter a calma e refletir se realmente fez fotos e vídeos íntimos. Na maioria das vezes, os cibercriminosos enviam a mesma chantagem para milhares de pessoas a fim de pegar algumas vítimas. 

"Os cibercriminosos utilizam desse artifício para causar pânico e medo a fim de que as pessoas possam pagar o dinheiro sem analisar os fatos de uma forma racional", reforça. 

A principal forma de se prevenir é não confiar o envio de conteúdos íntimos, até mesmo para pessoas de confiança. Outra forma de se proteger é ficar atento à sincronização automática das mídias do celular à nuvem, o que pode ser útil para atualizar backups, mas também copia mídias para a nuvem sem que o usuário saiba. 

O ideal é não produzir esse tipo de conteúdo, mas se for produzido, que ele seja apagado da galeria do celular para que ninguém possa ver caso pegue o aparelho emprestado ou seja roubado.  

'Outra dica fundamental ao tirar e enviar fotos íntimas é não expor nenhuma identificação pessoal na imagem. A imagem não deve mostrar o rosto e nem conter dicas da localização em que a foto foi tirada. Isso é necessário para se proteger dos piores casos, em que a foto cai na internet e viraliza. A falta de identificação ajuda a impedir ser reconhecido por outras pessoas, caso a foto vaze ou seja compartilhada com terceiros', acrescenta a nota. 

A PF ainda destaca que é preferível enviar conteúdos privados por compartilhamento com autodestruição, as famosas “bombinhas”, que permitem visualização única antes que a imagem seja deletada da plataforma. 

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