Mulher faz desabafo após ser presa por morte de marido
Claudia Fernandes Tavares Hoecker era vítima de violência doméstica e disse estar sentindo uma “sensação de liberdade” após o assassinato
A pedagoga Claudia Fernandes Tavares Hoecker, de 40 anos, que foi presa em Santa Catarina por matar o marido porque era vítima de violência doméstica desabafou que sentiu uma “sensação de liberdade” após o assassinato. “Eu sinto que a minha filha está mais segura, não vai ter ninguém impedindo a gente de se ver. Sei que vou parar de apanhar, não sei explicar, mas é uma sensação de liberdade”, afirmou, ao Beto Ribeiro, no YouTube.
A entrevista foi concedida antes da pedagoga se entregar para a polícia, na segunda-feira (21). “Eu vou agora cumprir minha pena, vou pra cadeia, mas eu nunca me senti tão livre”, disse. Claudia matou o marido Valdemir Hoeckler e escondeu o corpo dele no freezer de casa.
Ela relatou situações de violência em que ela e a filha eram ameaçadas pelo marido. Segundo Fernandes, o estopim para ela foi quando o homem a proibiu de viajar com as colegas de trabalho. “No domingo eu pedi para ir. Ele me bateu e disse que eu não ia. Disse que se eu fosse, ele iria me buscar onde eu estivesse e ia me matar”, relatou.
Claudia confessou ter dado remédio para o marido dormir e o asfixiou. “Dei um surto. E pensei: ‘já que alguém vai morrer, que seja você’”.
Valdemir foi encontrado morto dentro de um freezer na residência do casal no último sábado (19), em Lacerdópolis, Santa Catarina. Ele estava desaparecido há quatro dias.
A esposa chegou a ser submetida a exames de corpo de delito durante as investigações, por conta das lesões e hematomas que tinha no corpo, que eram semelhantes a agressões. O advogado dela informou que a morte foi motivada por episódios de violência doméstica.