Bebê foi encontrado em cadeirinha no carro do casal, em São Paulo Reprodução/TV Globo

Em uma coletiva de imprensa realizada nessa terça-feira (9), a delegada Sandra Mara, responsável pelo caso envolvendo o menino Nicolas Areias Gaspar, de dois anos, atualizou as informações da investigação. A criança, que é de Santa Catarina, era considerada desaparecida desde 30 de abril, até ser encontrada em São Paulo esta semana. Na coletiva, a agente afirmou que a mãe do bebê teria sido forçada a doá-lo devido sua vulnerabilidade emocional.

Nicolas foi levado a São Paulo por um casal. Roberta Porfírio, de 41 anos, e Marcelo Valverde, de 52 anos, foram presos em flagrante por suspeita de tráfico de pessoas na Zona Leste paulistana. Eles teriam conhecido a mãe do bebê quando ela entrou em grupos sobre gravidez nas redes sociais, depois que descobriu a gestação. Por dois anos, ela negou a doação, mas acabou cedendo.

A genitora, que não teve a identidade revelada, tem 22 anos, e teve a saúde mental fragilizada após a notícia da gravidez, que aconteceu entre os 19 e 20 anos da mulher. Ela também já foi vítima de violência, de acordo com a Polícia Civil.

“A mãe tem uma fragilidade emocional muito grande e psicológica. Ela foi convencida por conta dessa fragilidade ela. Ela é muito jovem, ficou grávida com 19, 20 anos", disse a delegada.

Durante coletiva na terça, a agente também falou sobre o pai do menino. “A criança está somente registrada no nome da mãe. Mas foi apontado um possível pai para nós. Nós cumprimos mandado na casa dele também, de todas as pessoas que foram indicadas pela investigação”, continuou a delegada.

A polícia vai investigar também se houve algum tipo de troca financeira na doação. “A mãe nega ter recebido vantagem, mas nós só teremos essa certeza com a quebra do sigilo bancário de todos os envolvidos”, declarou a delegada.