Hezbollah bombardeia quartéis em Israel
Ataque foi resposta à morte de três dos seus membros em ataques do Exército israelense a uma região fronteiriça do sul do Líbano
O movimento libanês pró-Irã Hezbollah anunciou, nesta segunda-feira (9), que bombardeou dois quartéis israelenses, em resposta à morte de três dos seus membros em ataques do Exército israelense a uma região fronteiriça do sul do Líbano.
A Jihad Islâmica palestina havia reivindicado, pouco antes, a autoria de uma operação de infiltração em solo israelense a partir do Líbano para apoiar a ofensiva em curso do movimento islamita palestino Hamas contra o sul de Israel.
O Exército israelense, por sua vez, informou que matou "suspeitos armados infiltrados em solo israelense a partir do território libanês" e declarou que continuava "vasculhando a área", alvo de ataques aéreos e de artilharia.
O incidente ocorreu no terceiro dia da guerra. Em comunicados separados, o Hezbollah anunciou a morte de três de seus membros, que descreveu como "mártires após a agressão sionista ocorrida no sul do Líbano nesta tarde".
Mais tarde, o movimento xiita, apoiado pelo Irã, inimigo de Israel, informou que bombardeou dois quartéis israelenses por meio de "mísseis guiados e obuses de morteiro, que atingiram diretamente" seus alvos.
O Hezbollah ressaltou que o ataque foi “uma primeira resposta” à morte de seus três membros. Os Estados Unidos avisaram ao movimento para não abrir uma nova frente no conflito.
O Exército libanês informou que os arredores de Aita al-Shaab e outras áreas fronteiriças haviam sido alvos de "bombardeios aéreos e de artilharia por parte do inimigo".
Famílias libanesas e refugiados sírios fugiram das áreas afetadas pelos ataques de Israel. Na véspera, o Hezbollah já havia lançado projéteis contra posições israelenses em uma área fronteiriça em disputa. Em resposta, o Exército de Israel atingiu com um drone uma de suas posições naquela região.
Israel e o Hezbollah se enfrentaram em 2006, em uma guerra que deixou mais de 1.200 mortos no Líbano, a maioria civis, e 160 mortos no lado de Israel, em grande parte militares.