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Wissam al-Tawil, uma das mais importantes autoridades militares do Hezbollah, morreu nesta segunda-feira (8) em um ataque de Israel no sul do Líbano. Tawil estava dentro de um SUV Honda, durante um bombardeio que matou outras seis pessoas na aldeia de Kherbet Selm, a cinco quilômetros da fronteira.

O líder militar desempenhava um papel importante na direção das operações militares no sul do Líbano e era comandante das Forças Radwan, de elite do Hezbollah. Os militares israelenses não comentaram o ataque, que ocorre em meio a alertas dos EUA e da Europa sobre o risco de a guerra em Gaza se espalhar para outros países do Oriente Médio.

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O risco aumentou ainda mais depois da morte do número dois do Hamas, Saleh al Arouri, durante um ataque com drone de Israel no subúrbio de Beirute, na semana passada. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu vingança e disse que o norte de Israel seria a primeira região a sentir o impacto da morte de Arouri.

No domingo, o Exército de Israel atingiu posições do Hezbollah no Líbano e estava pronto para atacar mais alvos do grupo xiita. Segundo o contra-almirante Daniel Hagari, os militares israelenses estão focados em destruir as Forças Radwan, que pretendem se infiltrar em Israel pela fronteira norte.

Realidade

O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, o general Herzl Halevi, disse que manterá a pressão sobre o Hezbollah. Se esses esforços fracassassem, segundo ele, Israel está pronto para travar "outra guerra". "Vamos criar uma realidade completamente diferente, ou teremos uma outra guerra", afirmou Halevi.

Israel e Hezbollah parecem ter entrado em uma espiral de violência. Os ataques de domingo foram uma retaliação aos disparos do Hezbollah que danificaram uma base militar israelense no sábado. O grupo xiita libanês, apoiado pelo Irã, é um aliado do Hamas e vem realizando ataques de pequena escala na fronteira norte de Israel desde o início da guerra em Gaza, há três meses.

Nos últimos dias, o grupo intensificou os ataques a Israel em virtude da morte de Arouri em Beirute. O lançamento de foguetes contra a base israelense, a Unidade de Controle Aéreo do Norte, no Monte Meron, causou estragos significativos, segundo relatos da mídia israelense, mas ela ainda está operando "e foi reforçada com sistemas adicionais", segundo Hagari.

O risco é que a guerra em Gaza atraia para o conflito grupos aliados do Irã, como o Hezbollah, a milícia houthi, no Iêmen, e as facções xiitas que operam no Iraque, além do governo alauita da Síria, também aliado de Teerã.

Há algumas semanas, os houthis iniciaram uma campanha contra navios no Mar Vermelho e lançaram mísseis contra Israel. Os EUA atingiram alvos no Iraque, enquanto Israel vem realizando assassinatos direcionados na Síria e no Líbano.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está no Oriente Médio para reduzir o risco de uma guerra expandida. Nos últimos dias, ele se reuniu com líderes de Turquia, Jordânia e Catar - e deve se encontrar ainda com diplomatas da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.

Queda de braço

Ontem, Blinken disse que os palestinos "não deveriam ser pressionados a deixar Gaza". "Os civis devem voltar para casa assim que as condições permitirem", disse o secretário de Estado, no Catar. "Eles não podem e não devem ser pressionados a deixar Gaza."

A declaração é uma resposta a alguns ministros israelenses que recentemente se manifestaram em favor de "incentivar" os palestinos a saírem da Faixa de Gaza para que Israel possa restabelecer os assentamentos no enclave, embora essa não seja a política oficial do governo do premiê, Binyamin Netanyahu. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça Federal mandou soltar dois homens que estavam presos preventivamente na investigação da Polícia Federal (PF) sobre uma rede de brasileiros que teriam sido cooptados pelo Hezbollah, grupo paramilitar xiita do Líbano.

Um mês após as prisões, a própria PF pediu que eles fossem colocados em liberdade. O Ministério Público Federal (MPF) concordou. Os alvarás foram expedidos pela juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, da 2.ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, nesta terça.

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A investigação foi aberta em outubro, depois que a Polícia Federal recebeu um memorando da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, por meio do Escritório do Adido Legal do FBI, alertando para as suspeitas de ligação entre brasileiros e terroristas.

"O FBI identificou viagem suspeita ao Líbano de um pequeno grupo de indivíduos possivelmente envolvidos em atividades criminosas no Brasil, tais como atividades criminosas, tráfico de drogas, e potencialmente atividades terroristas", dizia o documento.

- Haissam Housin Diab, libanês naturalizado brasileiro;

- Mohamad Khir Abdulmajid, sírio naturalizado brasileiro, dono de tabacarias em Belo Horizonte;

- Jean Carlos de Souza, Michael Messias e Lucas Passos Lima, brasileiros que viajaram para o Líbano.

"O FBI acredita que uma investigação dos indivíduos mencionados iria revelar uma rede de atividades criminosas ao redor do mundo", sugere o ofício.

O inquérito, conduzido pelo delegado Leopoldo Soares Lacerda, investiga se os brasileiros têm conexão com organizações terroristas e se estavam envolvidos em planos de atentados.

"Conforme a comunicação de fato, tais indivíduos teriam se deslocado recentemente para o Líbano, onde permaneceram poucos dias e retornaram ao Brasil, o que, considerando a rotina, situação financeira e falta de conexão com o país estrangeiro, levantam suspeitas sobre a licitude das viagens", diz um trecho da portaria que instaurou o inquérito.

Mohammad Khir Adbulmajid, apontado como elo entre o Hezbollah e os brasileiros investigados, está na lista de difusão vermelha - mais procurados - da Interpol. Segundo investigadores, ele estaria no Líbano.

 

Depoimentos

Os brasileiros foram presos na Operação Trapiche. O autônomo Lucas Passos Lima, 35, foi detido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, quando voltava do Líbano, o técnico em plásticos Jean Carlos de Souza, 38, foi preso próximo a um hotel onde estava hospedado no centro da capital paulista, e o músico Michael Messias foi detido no Rio de Janeiro. Todos negaram envolvimento no planejamento de atos terroristas.

Lucas narrou que viajou ao Líbano porque recebeu uma proposta de "crescimento de negócio". Ele trabalha com regularização de imóveis, corretagem e venda de grãos, segundo relatou na audiência de custódia. A defesa dele entrou com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso ao inquérito.

Michael disse aos investigadores que viajou com despesas pagas por libaneses que conheceu em um casamento no Alto da Boa Vista, na zona oeste do Rio de Janeiro, e que se "interessaram por sua música". Ele afirmou que a viagem foi um "intercâmbio musical".

Jean Carlos afirmou que vive uma rotina de viagens de trabalho, sem qualquer ligação com grupos extremistas.

O músico Michael Messias, terceiro preso por suspeita de envolvimento com o Hezbollah, grupo paramilitar xiita do Líbano, disse em depoimento à Polícia Federal (PF) que viajou a Beirute duas vezes com despesas pagas. A primeira, no final de 2022, foi para fazer turismo, segundo o depoimento, e a segunda a trabalho, para se apresentar. "Intercâmbio musical", afirmou aos investigadores.

O suspeito narrou que, no ano passado, tocou em um casamento no Alto da Boa Vista, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde "conheceu dois libaneses que se interessaram por sua música". Um deles teria pago sua primeira viagem ao Líbano.

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Messias afirma que não sabe quem custeou a segunda viagem. Ele sustenta que recebeu ligação pelo WhatsApp, de uma pessoa desconhecida, que teria se oferecido para pagar suas passagens e estadia. Os bilhetes e comprovante de reserva do hotel teriam sido encaminhados na sequência. Ao chegar no hotel, ele teria sido procurado por um homem, que não era brasileiro, e os dois teriam conversado apenas sobre o "intercâmbio musical".

O Estadão apurou Michael Messias teria ligação com Mohammad Khir Adbulmajid, apontado como elo entre o Hezbollah e os brasileiros investigados.

Também na mira da PF, o nome de Mohammad está na lista de difusão vermelha - mais procurados - da Interpol. Segundo investigadores, ele estaria no Líbano.

Os dois primeiro presos pela PF na investigação negaram, em audiência de custódia na 5.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, participação em planos terroristas.

Os presos são o autônomo Lucas Passos Lima, 35, detido no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, quando voltava do Líbano, e o técnico em plásticos Jean Carlos de Souza, 38, preso próximo a um hotel onde estava hospedado no centro da capital paulista.

Morador de Brasília, Lucas Lima narrou que viajou ao Líbano porque recebeu uma proposta de "crescimento de negócio". Ele contou que estudou até o oitavo ano e trabalha com regularização de imóveis, corretagem e venda de grãos.

Jean Carlos mora em Joinville (SC). Ele afirmou, na audiência de custódia, que vive uma rotina de viagens e, por isso, já foi parado e revistado inúmeras vezes pela Polícia Federal (PF), mas nunca sob acusação de terrorismo.

As primeiras informações divulgadas pela Polícia Federal indicam que os presos e outros brasileiros investigados planejavam ataques a prédios da comunidade judaica no Brasil. A PF afirma que sinagogas estavam sendo monitoradas e fotografadas.

O inquérito foi aberto a partir de um alerta dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e de Israel. Como mostrou o repórter Marcelo Godoy, do Estadão, a general americana Laura Richardson havia alertado para "intenções malignas" do Hezbollah no Brasil.

Crise

A Operação Trapiche provocou uma crise entre o Ministério da Justiça e o embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, que deu declarações públicas sobre a suposta presença de representantes do Hezbollah no Brasil. O ministro Flávio Dino reagiu e afirmou que "nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal" e que o caso está sob investigação.

A Polícia Federal (PF) prendeu mais um suposto integrante do grupo ligado ao Hezbollah que estava planejando ataques terroristas contra prédios da comunidade judaica no Brasil. A detenção foi realizada no Rio de janeiro no final da tarde deste domingo (12).

A prisão é desdobramento da Operação Trapiche, inicialmente aberta na quarta-feira passada, dia 8. Na ocasião, foram presos dois alvos: o autônomo Lucas Passos Lima, 35, detido no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, quando voltava do Líbano, e o técnico em plásticos Jean Carlos de Souza, 38, preso próximo a um hotel onde estava hospedado no centro da capital paulista.

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Segundo apurou o Estadão, o terceiro preso da investigação é um músico ligado a Mohammad Khir Adbulmajid, apontado como elo entre o Hezbollah e os brasileiros sob suspeita. Em depoimento, o novo alvo da Trapiche alegou que foi contratado para fazer um show no Líbano.

Também na mira da PF, o nome de Mohammad está na lista de difusão vermelha - mais procurados - da Interpol. Segundo investigadores, ele estaria no Líbano.

A Operação Trapiche provocou uma crise entre o Ministério da Justiça e o embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, que deu declarações públicas sobre a suposta presença de representantes do Hezbollah no Brasil. O ministro Flávio Dino reagiu e afirmou que "nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal" e que o caso está sob investigação.

Os dois homens presos pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento com o Hezbollah, grupo paramilitar xiita do Líbano, negaram, em audiência de custódia na 5.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, participação em planos terroristas.

Os presos são o autônomo Lucas Passos Lima, de 35 anos, detido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, quando voltava do Líbano, e o técnico em plásticos Jean Carlos de Souza, de 38 anos, capturado perto de um hotel onde estava hospedado, no centro da capital paulista. As prisões temporárias foram decretadas pela Justiça Federal de Belo Horizonte, como parte da Operação Trapiche.

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Morador de Brasília, Lima narrou que viajou ao Líbano porque recebeu uma proposta de "crescimento de negócio". Ele disse que estudou até o 8.º ano e trabalha com regularização de imóveis, corretagem e venda de mercadorias, como café, grãos e até ouro.

Na audiência, ele afirmou não ver sentido na acusação. "Sair de um lugar, com a idade que eu tenho, para fazer parte de um grupo que está em guerra?", declarou Lima. O investigado relatou, ainda, ter tido uma prisão anterior, por posse de arma, há sete anos.

Souza mora em Joinville (SC) e afirmou trabalhar com "captação de negócios". Ele disse, na audiência de custódia, que vive uma rotina de viagens e, por isso, já foi parado e revistado inúmeras vezes pelas autoridades.

"Sempre que a Polícia Federal me para, eles têm o intuito de procurar drogas na minha bagagem", afirmou. "Sair de uma acusação de um tráfico, onde você vai esclarecer na hora, e me jogar em terrorismo é algo muito sério", alegou. Souza se dispôs a cooperar com a investigação e passou a senha do celular, que foi apreendido. "Vou ficar 30 dias respondendo por algo absurdo, que não vai dar em nada."

A audiência de custódia serve para analisar se a prisão foi legal e se o preso sofreu algum tipo de violência. As prisões de Lima e Souza foram mantidas.

Investigação

Segundo as primeiras informações divulgadas pela PF, os presos e outros brasileiros investigados planejavam ataques a prédios da comunidade judaica no Brasil. Os investigadores afirmaram, ainda, que sinagogas estavam sendo monitoradas e fotografadas e relataram o recrutamento de pessoas para atuar com grupos terroristas que atuam no Oriente Médio.

O inquérito foi aberto a partir de um alerta dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e de Israel. Comunicado do governo israelense mencionou o apoio do Mossad, serviço secreto do país, nas prisões. Como mostrou o colunista Marcelo Godoy, do Estadão, a general americana Laura Richardson havia alertado para "intenções malignas" do Hezbollah no Brasil.

A Operação Trapiche provocou uma crise entre o Ministério da Justiça e o embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, que deu declarações públicas sobre a suposta presença de representantes do Hezbollah no Brasil, insinuando que os terroristas teriam apoio no País.

O ministro Flávio Dino reagiu e afirmou que "nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal" e que o caso está sob investigação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Flávio Dino (PSB), prestou novos esclarecimentos sobre a operação da Polícia Federal (PF) que investiga a possível atuação de um grupo terrorista no Brasil. Sem citar Israel, o chefe da pasta ressaltou que a investigação foi iniciada antes da nova fase da guerra no Oriente Médio, e que não tem relação com aspectos da política externa. A declaração ocorre após o Governo de Israel emitir nota, alegando que “ajudou” o Brasil a identificar e a prender dois suspeitos de atuarem, no Brasil, pelos interesses do Hezbollah, grupo radical financiado pelo Irã. 

“O Brasil é um país soberano. A cooperação jurídica e policial existe de modo amplo, com países de diferentes matizes ideológicos, tendo por base os acordos internacionais. Nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil. E nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento”, escreveu Flávio Dino. 

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Nessa quarta-feira (8), a PF deflagrou uma operação para "interromper atos preparatórios de terrorismo e apurar um possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas" no Brasil. Dois homens foram presos, apontados como "recrutados" pelo grupo Hezbollah. O grupo sob suspeita planejava ataques contra prédios da comunidade judaica no Brasil. Um dos alvos foi preso do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ao retornar do Líbano. 

Após a prisão, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez uma publicação agradecendo o empenho das forças de segurança do Brasil e creditou o Mossad, órgão de inteligência israelense, pelos trabalhos que levaram às prisões dos possíveis membros da célula terrorista. Dino, apesar de ter reforçado a recorrência e importância das cooperações internacionais, destacou que, quando o relatório da operação estiver pronto, será compartilhado exclusivamente com o Judiciário brasileiro. 

“Quem faz análise da plausibilidade de indícios que constam de relatórios internacionais são os delegados da Polícia Federal, que submetem pedidos ao nosso Poder Judiciário. Os mandados cumpridos ontem, sobre possível caso de terrorismo, derivaram de decisões do Poder Judiciário do Brasil. Se indícios existem, é dever da Polícia Federal investigar, para confirmar ou não as hipóteses investigativas”, continuou. “A conduta da Polícia Federal decorre exclusivamente das leis brasileiras, e nada tem a ver com conflitos internacionais”. 

Por fim, o ministro informou que o órgão não investiga a política externa e que as investigações da Polícia Federal começaram antes da deflagração das tragédias em curso na cena internacional. Desde os anos 2000, a polícia brasileira investiga a relação do Hezbollah com grupos criminosos no Brasil, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).  

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Ao menos desde o começo dos anos 2000, autoridades brasileiras investigam relações entre o grupo terrorista Hezbollah, do Líbano, e a organização criminosa PCC. Essa parceria teria como principal foco o domínio na fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina, em uma batalha pelo controle de umas das rotas de drogas e armas na América Latina. Nesta quarta-feira, 8, supostos integrantes do grupo foram presos e outros foram alvo de busca e apreensão por parte da Polícia Federal por suspeita de planejarem ataques a prédios da comunidade judaica no país.

Sobre a relação com o PCC, porém, o assunto sempre foi tratado com cautela pelo governo brasileiro e pouco se fala sobre as relações entre os grupos criminosos. O tráfico de drogas é uma das portas para financiamento de terrorismo e seria o principal motivo para presença do Hezbollah na América Latina. Em troca, o PCC receberia armamento para atuação criminosa.

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Na Justiça Federal, um acusado de integrar o PCC foi preso em fevereiro de 2018, no Rio de Janeiro. Em uma busca realizada por policiais, documentos serviram como provas de um suposto envolvimento de Elton Leonel Rumich da Silva, apontado como um dos líderes da facção paulista, com o grupo terrorista do Líbano.

"Conforme informações da SEAP, quando Elton Leonel foi preso em 27/02/2018 (portando documento falso em nome de 'José Carlos da Silva Júnior', foram encontrados, pela polícia, aparelhos celulares e uma caderneta no apartamento em que Elton Leonel morava. A análise do material apreendido permitiu apurar que existiam indícios de que Elton Leonel possuía ligação com o Hezbollah. O requerimento da SEAP ainda destacou a participação de Elton Leonel na guerra pelo controle das rotas de drogas na fronteira com o Paraguai, sendo suspeito de ser o mandante da morte de Jorge Toumani Rafaat, conhecido como Rei da Fronteira, em julho de 2016", diz trecho de uma decisão judicial do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, que negou habeas corpus a Rumich da Silva. O Estadão procurou a defesa do acusado, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço está aberto a manifestações.

Na ação desta quarta-feira, além de dois brasileiros presos e de outros dois integrantes procurados no Líbano, agentes da PF ainda fizeram buscas em onze endereços de três Estados - Minas Gerais (7), Distrito Federal (3) e São Paulo (1). As ordens foram expedidas pela Justiça Federal de Belo Horizonte.

De acordo com a PF, os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo. As penas para tais delitos, somadas, pode chegar a 15 anos de reclusão.

Nos últimos anos, a atuação do Hezbollah na América Latina chamou atenção do governo americano. A general americana Laura Richardson havia alertado para "intenções malignas" do Hezbollah no Brasil, ao citar como as atividades do grupo radical na América Latina são uma "preocupação".

O chefe do grupo radical islâmico Hezbollah, Hassan Nasrallah, deve fazer nesta sexta-feira (3) o primeiro pronunciamento público desde o início da guerra entre Israel e os terroristas do Hamas. O grupo, que atua no Líbano com financiamento do Irã, tem trocado disparos com os israelenses na fronteira e representa a maior ameaça de ampliação do conflito, que está prestes a completar um mês.

Antes do discurso, o porta-voz do IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel), Daniel Hagari, avisou que as suas tropas estão prontas para lutar em todas as frentes se preciso for. "Estamos preparados no norte e vamos continuar respondendo a todos os ataques hoje e nos próximos dias" alertou.

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"O Irã está inflamando seus aliados contra Israel e nós retaliaremos as ameaças. Estamos em alerta máximo no norte", destacou Hagari, em referência à fronteira que divide com o Líbano, onde Israel e Hezbollah têm trocado disparos.

O recado para os radicais islâmicos também veio dos Estados Unidos. Na véspera do pronunciamento, o porta-voz da segurança nacional, John Kirby, disse que a mensagem da Casa Branca para Hassan Nasrallah é clara: "se vocês estão pensando em ampliar, escalar e aprofundar o conflito, vocês não devem fazer isso. Temos interesses significativos de segurança nacional em jogo. Nós já provamos no passado que vamos protegê-los e defendê-los".

Apesar de expressar preocupação com os ataques ao norte de Israel, no entanto, o americano disse não ver indícios de que o Hezbollah vá entrar com força total na guerra. "Vamos ver o que ele tem a dizer", concluiu John Kirby.

Essa força total é estimada entre 50 mil e 100 mil combatentes, além de um vasto arsenal com 200 mil armas, incluindo mísseis de alta precisão, aponta o Instituto de Estudos para Segurança Nacional, "think tank" com sede em Tel-Aviv. "Isso tudo exige que estejamos em alerta contínuo para as intenções do Hezbollah", destacou o analista associado ao instituto Yehoshua Kalisky, em artigo publicado no mês passado, depois do ataque terrorista do Hamas que matou mais de 1.400 pessoas em Israel.

Um conflito com o Hezbollah não seria inédito. Em 2006, as tropas de Israel invadiram o sul do Líbano, depois que os radicais islâmicos lançaram foguetes na fronteira e sequestraram dois soldados israelenses. O conflito se arrastou por 34 dias e matou quase 1.200 pessoas, apontou uma investigação conduzida pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O enfrentamento daquele ano ajudou a impulsionar o Hezbollah, que também atua politicamente no Líbano e é considerado um ator influente na região. Hassan Nasrallah é a principal liderança do chamado "Eixo da Resistência", uma aliança informal de grupos apoiados pelo Irã, que inclui também o Hamas e os rebeldes Houthi, do Iêmen.

O movimento libanês pró-Irã Hezbollah anunciou, nesta segunda-feira (9), que bombardeou dois quartéis israelenses, em resposta à morte de três dos seus membros em ataques do Exército israelense a uma região fronteiriça do sul do Líbano.

A Jihad Islâmica palestina havia reivindicado, pouco antes, a autoria de uma operação de infiltração em solo israelense a partir do Líbano para apoiar a ofensiva em curso do movimento islamita palestino Hamas contra o sul de Israel.

O Exército israelense, por sua vez, informou que matou "suspeitos armados infiltrados em solo israelense a partir do território libanês" e declarou que continuava "vasculhando a área", alvo de ataques aéreos e de artilharia.

O incidente ocorreu no terceiro dia da guerra. Em comunicados separados, o Hezbollah anunciou a morte de três de seus membros, que descreveu como "mártires após a agressão sionista ocorrida no sul do Líbano nesta tarde".

Mais tarde, o movimento xiita, apoiado pelo Irã, inimigo de Israel, informou que bombardeou dois quartéis israelenses por meio de "mísseis guiados e obuses de morteiro, que atingiram diretamente" seus alvos.

O Hezbollah ressaltou que o ataque foi “uma primeira resposta” à morte de seus três membros. Os Estados Unidos avisaram ao movimento para não abrir uma nova frente no conflito.

O Exército libanês informou que os arredores de Aita al-Shaab e outras áreas fronteiriças haviam sido alvos de "bombardeios aéreos e de artilharia por parte do inimigo".

Famílias libanesas e refugiados sírios fugiram das áreas afetadas pelos ataques de Israel. Na véspera, o Hezbollah já havia lançado projéteis contra posições israelenses em uma área fronteiriça em disputa. Em resposta, o Exército de Israel atingiu com um drone uma de suas posições naquela região.

Israel e o Hezbollah se enfrentaram em 2006, em uma guerra que deixou mais de 1.200 mortos no Líbano, a maioria civis, e 160 mortos no lado de Israel, em grande parte militares.

O movimento libanês Hezbollah, que é apoiado pelo Irã, disse neste domingo que lançou “um grande número de granadas de artilharia e mísseis guiados” contra posições israelenses em uma zona fronteiriça disputada, após a ofensiva lançada pelo grupo palestino Hamas contra Israel.

O Hezbollah garantiu que o ataque foi uma demonstração de “solidariedade” com a operação terrestre, marítima e aérea lançada no sábado pelo grupo islâmico palestino Hamas a partir da Faixa de Gaza contra Israel, que deixou centenas de mortos em ambos os lados.

“A Resistência Islâmica (...) atacou três posições do inimigo sionista na área ocupada das Fazendas Shebaa (...) com um grande número de projéteis de artilharia e mísseis guiados”, informou o grupo xiita libanês em comunicado.

O exército israelense informou que atingiu uma “infraestrutura terrorista do Hezbollah” na área fronteiriça, com um drone. Anteriormente, indicou que lançou a sua artilharia no sul do Líbano em resposta aos disparos na área.

"Aconselhamos o Hezbollah a não intervir. Se o fizer, estamos prontos", alertou o porta-voz do exército israelense, Richard Hecht.

O Hezbollah, um dos maiores inimigos de Israel, tem laços estreitos com o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

Israel e o Hezbollah travaram uma guerra devastadora em 2006 que deixou mais de 1.200 mortos no Líbano, a maioria deles civis, e 160 mortos no lado israelense, em grande parte militares.

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) apelou neste domingo à “contenção” e pediu para “evitar uma escalada mais grave”.

Em Beirute, dias após a fatídica explosão de 4 de agosto, grupos de manifestantes indignados ergueram forcas fictícias com silhuetas de papelão representando os principais líderes, com a corda em volta do pescoço, incluindo o chefe do Hezbollah, outrora considerado intocável.

Essa cena inédita derrubou um velho tabu e foi seguida pela acusação, por parte de um tribunal internacional, de um membro do Hezbollah no assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, há quinze anos. Um novo golpe para o partido xiita aliado do Irã e da Síria.

"Nas horas que se seguiram à explosão, muitos acusaram o Hezbollah", afirma Fares al Halabi, um organizador das manifestações em massa contra o governo em outubro passado.

Muitos libaneses viram nesta explosão, que devastou bairros inteiros da capital e matou pelo menos 181 pessoas, uma prova flagrante de que a corrupção mata e responsabilizaram seus líderes pela tragédia.

Um sentimento de raiva que se fez presente nas redes sociais, como demonstrado em uma imagem da grande fumaça provocada pela explosão, em forma de cogumelo, coberta com um turbante preto com a mensagem "Sabemos que foi você", em alusão ao chefe do Hezbollah, Hasán Nasralá.

Vários libaneses consideram que a responsabilidade da explosão deve recair em todos os partidos no poder, principalmente no Hezbollah, que domina a vida política.

Alguns acusam o movimento xiita de ter guardado a enorme quantidade de nitrato de amônio que causou a catástrofe, e que estava armazenada no porto, para usá-la na guerra da Síria, onde apoia o governo. Uma acusação que o Hezbollah negou firmemente.

Caem os tabus

A tragédia ocorreu em meio a um Líbano afundado em uma grave crise política, econômica e social, e acentuou a rejeição das ruas aos líderes e ao Hezbollah, que também está na mira da justiça internacional.

Na terça-feira, o Tribunal Especial para o Líbano (TSL), com sede em Haia, declarou culpado um suposto membro do partido, Salim Ayash, pelo atentado que matou Rafic Hariri em 2005.

A investigação não estabeleceu nenhum vínculo direto com os líderes do Hezbollah ou com o governo sírio, mas reconheceu o caráter "político" do crime. Depois disso, o lema "Hezbollah terrorista" não demorou a se espalhar pela rede libanesa.

Um partido "como qualquer outro"

O envolvimento do Hezbollah no conflito sírio, oficialmente desde 2013, também manchou a imagem do movimento, construída durante décadas como "resistência" contra Israel.

No entanto, ao se envolver com a política libanesa, o Hezbollah se expôs ao risco de ser responsabilizado pelas decisões do Estado, das quais a explosão de 4 de agosto é um exemplo palpável.

Por muitos anos, "o Hezbollah conseguiu se apresentar como um partido anti-establishment", lembrou Naji Abou Khalil, militante do Bloco Nacional, partido que participou nos protestos.

Segundo ele, hoje o Hezbollah é visto mais como um "partido como qualquer outro" do que como um partido da resistência.

Os Estados Unidos bombardearam cinco bases da milícia islamita Hezbollah no Iraque e na Síria, anunciou o Pentágono neste domingo (29), dois dias depois da morte de um civil americano em um ataque com mísseis contra uma base militar do norte do Iraque.

Quinze combatentes, sendo alguns comandantes, morreram no ataque, informou à AFP um encarregado do Hashd al Shaabi, coalizão paramilitar formada para combater jihadistas.

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Além dos mortos, há outros combatentes feridos, destacou o dirigente desta coalizão de paramilitares que agora integra as forças de segurança iraquianas, das quais fazem parte as brigadas do Hezbollah, visadas pela aviação americana.

Estes bombardeios, lançados "em resposta aos repetidos ataques do Kataeb Hezbollah (KH) contra bases iraquianas que acolhem as forças da operação Resolução Inerente (contra o grupo jihadista Estado Islâmico) (...) fragilizarão a capacidade do KH de realizar ataques contra as forças da coalizão", declarou o porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman, em um comunicado.

Três das instalações bombardeadas ficam no Iraque e as outras duas na Síria, explicou Hoffman. São locais de armazenamento de armas e bases do KB, uma das facções pró-iranianas do Hashd al Shaabi.

O porta-voz do Pentágono acusou o movimento pró-iraniano que lançar na sexta-feira mais de 30 foguetes contra a base militar iraquiana de Kirkuk (norte), matando um americano que trabalhava como funcionário terceirizado e ferindo quatro militares do país e dois soldados iraquianos.

Os Estados Unidos prometeram dar "uma resposta firme" diante da multiplicação de ataques contra seus interesses no Iraque.

Hoffman lembrou que o Hezbollah iraquiano "tem vínculos estreitos" com a força de elite Quds iraniana e exortou Teerã e seus aliados a "cessar seus ataques contra as forças dos Estados Unidos e da coalizão internacional (antijihadista) e a respeitar a soberania do Iraque para evitar qualquer ação defensiva adicional das forças americanas".

"A coalizão está no Iraque a convite do governo iraquiano para garantir a derrota duradoura do grupo Estado Islâmico e proporcionar conselhos e assistência ao exército iraquiano", acrescentou o porta-voz.

"Os Estados Unidos e seus parceiros da coalizão respeitam plenamente a soberania do Iraque e apoiam um Iraque forte e independente. Mas os Estados Unidos não vai abrir mão de exercer seu direito à autodefesa", concluiu.

O movimento libanês Hezbollah divulgou nesta segunda-feira (2), em seu canal de televisão Al-Manar, um vídeo apresentado como o de um ataque de mísseis antitanque realizado no dia anterior contra um veículo militar no norte de Israel.

Neste vídeo, é possível ver um míssil disparado de uma posição do Hezbollah indo na direção de um veículo militar em uma estrada no meio de uma paisagem montanhosa e, na sequência, uma explosão que causa uma nuvem de fumaça.

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No fundo, uma voz garante que esse primeiro míssil antitanque "Kornet" foi seguido por um segundo míssil, disparado de uma segunda posição.

O comentarista explica que o alvo estava a 1,5 quilômetro da fronteira entre Israel e o Líbano e a quase 4 quilômetros da posição do primeiro tiro.

Hoje, o líder do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, garantiu que seu movimento "não tem mais uma linha vermelha" em sua confrontação com Israel.

"Ontem, a resistência rompeu a maior linha vermelha de Israel", frisou Nasrallah em pronunciamento na televisão, destacando o fato de que a resposta de seu movimetno aconteceu em território israelense.

Segundo ele, uma "etapa" do ataque foi "concluída. Nasrallah acrescentou ainda que o Hezbollah está determinado a abater os drones de Israel e que tem capacidade de atingir "em profundidade" o território, em caso de ataque.

"A mensagem é clara: se vocês atacarem, todas as fronteiras, seus soldados, suas colônias, na fronteira, em profundidade (do território), ou em seu centro, poderão ser ameaçados e atingidos", completou o líder do Hezbollah no mesmo pronunciamento.

No domingo, Israel informou tiros de mísseis antitanque no norte de Avivim, antes de retaliar contra o sul do Líbano, causando incêndios em áreas florestais.

Israel também refutou as declarações do Hezbollah que reportou vítimas israelenses em seu ataque.

Inimigo jurado de Israel, classificado como organização "terrorista" pelo Estado hebreu e pelos Estados Unidos, o movimento xiita é um peso pesado na vida política do Líbano, onde está representado no governo e no Parlamento.

O Hezbollah também está militarmente envolvido no conflito na Síria vizinha, onde suas posições e comboios de armas são regularmente alvo de ataques de Israel.

A relação entre grupos terroristas islâmicos e narcotraficantes latino-americanos preocupa a seção de contraterrorismo do Departamento de Estado dos EUA. Um exemplo disso é a cooperação entre o Hezbollah e cartéis no México, apontada pelos governos americano e israelense. Outro foco de escrutínio é a relação entre Venezuela e Irã, assim como a rede de financiadores do grupo xiita libanês na Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

"Temos de estar atentos ao risco de que se estabeleçam relações entre grupos terroristas e o crime organizado", disse o coordenador de contraterrorismo para a América Latina do Departamento de Estado, Nathan Sales. "Eles se adaptam facilmente e trabalham com qualquer parceiro. Os terroristas são oportunistas e buscam janelas para mover armas e pessoal."

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De acordo com o diplomata, esse padrão de conexão do Hezbollah com grupos criminosos pode ser verificado no México, na Venezuela e na Tríplice Fronteira. No começo da semana, o governo de Israel destruiu túneis do Hezbollah. Um dos responsáveis pelo túnel, identificado como Imad Fahs, recebeu treinamento de cartéis mexicanos.

Há três meses, a PF prendeu em Foz do Iguaçu Assad Ahmad Bakarat, apontado como o principal financiador do Hezbollah na região. "Temos muito interesse no desenvolvimento desse caso", disse Sales.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (5) que lançou uma operação para destruir túneis do grupo xiita libanês Hezbollah em território israelense, perto da fronteira com o Líbano.

O anúncio foi feito horas depois de o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, se reunir em Bruxelas com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para discutir as principais ameaças à segurança da região. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 21, em Foz do Iguaçu (PR), o libanês naturalizado paraguaio Assad Ahmad Barakat. Foragido internacional, Barakat é apontado como financiador do grupo terrorista Hezbollah e teve a prisão autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Barakat foi incluído na lista do Departamento do Tesouro dos EUA, em 2006, sobre indivíduos e entidades que financiam o Hezbollah na região da Tríplice Fronteira.

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Quatro anos antes, em 2002, ele teve prisão autorizada pelo STF, que julgou um pedido de extradição efetuado pela justiça paraguaia por envolvimento em delitos relacionados à apologia ao crime, evasão de divisas e falsificação de marcas de produtos.

Em liberdade desde 2008, Barakat continuou vivendo no Brasil e mantendo negócios no Paraguai, Argentina e Chile.

A nova prisão cumprida pela PF é por falsidade ideológica. De acordo com a Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina, membros do Clã Barakat realizaram a compra de prêmios no valor de US$ 10 milhões sem declarar os valores, em um cassino na cidade argentina de Iguazu, na região conhecida como Tríplice Fronteira.

A manobra teria sido feita para lavar dinheiro da organização. O governo argentino congelou bens e valores do clã, que teria ligação com o Hezbollah.

Com uma arma curta e várias granadas, Ahmed passa de uma batalha a outra em território sírio. Ele é o herói de um videogame sobre a guerra na Síria, concebido pelo movimento xiita libanês Hezbollah e lançado nesta quarta-feira (28) em Beirute.

O movimento islamita, que luta na Síria junto ao poder de Bashar al-Assad contra rebeldes e extremistas, organizou uma cerimônia nos arredores de Beirute, seu reduto, para apresentar este jogo, intitulado "Defesa sagrada - Proteger a pátria e os santuários" religiosos.

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O jogo reflete "a experiência do Hezbollah na Síria", afirma à AFP um de seus criadores, Hasan Allam, da unidade de meios eletrônicos do movimento, um departamento que já idealizou outros videogames relacionados com a ação do Hezbollah contra Israel em território libanês.

"A ideia nasceu a partir de acontecimentos reais sobre o terreno, tanto na Síria como na fronteira sírio-libanesa, e no Líbano", acrescenta.

O jogo começa com a entrada de seu herói, Ahmed, no santuário de Sayeda Zeinab, um importante lugar sagrado do xiismo situado nos arredores de Damasco e que abriga o mausoléu de uma das netas do profeta Maomé.

O santuário é bombardeado pelos rebeldes e Ahmed, que aparece usando uniforme militar, pega em armas para se unir a seus irmãos de combate no campo de batalha.

- Explicar o que aconteceu -

Por meio das diferentes etapas do jogo, seus programadores escolheram se centrar, principalmente, no grupo Estado Islâmico (EI), embora a inscrição de sua bandeira preta tenha ficado esfumada.

Aliado do Irã e muito influente na vida política libanesa, o Hezbollah é considerado por Washington como um grupo "terrorista". Oficialmente, participa da guerra na Síria desde 2013.

Principalmente graças a este apoio e ao da força aérea de Moscou, o governo de Bashar al-Assad, que não estava indo bem diante dos rebeldes e extremistas, conseguiu reforçar posições no conflito sírio.

Visando sua comercialização, o videogame aponta especialmente para os simpatizantes do movimento xiita libanês.

O objetivo, explica Allam, é permitir que os jogadores entendam "o que aconteceu e o que faziam os combatentes que se 'sacrificaram'".

Quando começou sua campanha na Síria, o Hezbollah justificou sua intervenção alegando a necessidade de defender o santuário de Sayeda Zeinab, um importante local de peregrinação para muitos xiitas procedentes de Irã, Iraque e Líbano.

Mas sua atuação militar evoluiu até se tornar, segundo a retórica do partido, em uma luta contra os grupos "takfiris", um termo árabe que designa os que se permitem qualificar os demais de "apóstatas".

Para o movimento, esta denominação engloba um amplo leque de facções que combatem o governo sírio, desde grupos rebeldes até extremistas do EI.

- Mais de 12 anos -

As batalhas do videogame se tornam cada vez mais complicadas à medida que passam as telas, até chegar à fronteira libanesa, na região de Al-Quseir, onde o Hezbollah admitiu em 2013 ter lutado contra facções insurgentes, muito antes do auge do grupo EI.

O jogo termina com a batalha de Ras Baalbeck, onde o Hezbollah e o Exército libanês travaram duas ofensivas distintas para expulsar o grupo EI de um enclave montanhoso libanês que conquistou na fronteira síria.

Esta batalha terminou no verão de 2017 com a derrota dos extremistas, cujos últimos combatentes foram evacuados para regiões da Síria que fugiam ao controle do governo.

Em uma sala de recreação da periferia sul de Beirute, Husein Mhanna testa o novo videogame do Hezbollah, pensado para maiores de 12 anos.

"Não sei de onde os tiros vêm!", exclama o rapaz de 25 anos, grande fã dos videogames, mas que, no entanto, não conseguiu passar do nível 2.

Assegura que gostou do jogo, acrescentando que "queria atirar contra todo mundo".

A guerra na Síria, que começou em 2011 por conta de uma revolta contra o governo de Bashar al-Assad, ganhou complexidade ao longo dos anos com o envolvimento dos extremistas e de diferentes potências regionais e internacionais. Deixou mais de 340 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.

O grupo xiita libanês Hezbollah alegou que insurgentes sunitas mataram o comandante de suas operações na Síria, Mustafa Badreddine. O Hezbollah tem apoiado o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad. De acordo com o grupo, uma explosão matou o líder em uma das bases do Hezbollah, nos arredores do aeroporto de Damasco, na sexta-feira.

Neste sábado, o Hezbollah anunciou que suas investigações apontaram os autores do atentado. De acordo com o grupo, a descoberta irá aumentar sua "vontade, determinação e resolução" para lutar contra os sunitas. Milhares de combatentes do Hezbollah, assim como militantes xiitas do Iraque, Irã e de outros países, estão lutando ao lado do governo da Síria contra os grupos extremistas sunitas na Síria, incluindo a al Qaeda e o Estado Islâmico.

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Os detalhes da explosão que matou Badreddine não estão claros e oficiais da região levantam dúvidas sobre a natureza do ataque. O Hezbollah não anunciou quando o ataque aconteceu, e diferentemente dos ataques anteriores, que pareciam ter como alvo comboios e membros do grupo na Síria, o grupo xiita não culpou Israel imediatamente. O comunicado divulgado neste sábado, que apontava insurgentes sunitas como responsáveis pelo ataque, era vago e breve.

Além disso, o governo sírio não comentou o ataque, que teria ocorrido em uma área de alta segurança, nas proximidades do aeroporto, e apenas ofereceu condolências ao Hezbollah pelo que chamou de martírio de Badreddine.

Ao longo dos últimos cinco anos, a guerra civil na Síria, que começou como uma revolta contra o governo em 2011, se tornou uma batalha entre extremistas sunitas e xiitas de todo o mundo. Os grupos xiitas apoiados pelo Irã, incluindo o Hezbollah, são aliados das forças do governo sírio contra os rebeldes sunitas, apoiados pela Arábia Saudita, outros países do Golfo, Estados Unidos e algumas potências europeias. Fonte: Dow Jones Newswires.

Moscou, 21 (AE) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou preocupação nesta quinta-feira ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, de que armas sofisticadas da Síria e do Iraque acabem nas mãos de militantes do grupo libanês Hezbollah, aliado do governo sírio.

Netanyahu esteve em Moscou para reunir-se com Putin, um firme defensor do governo sírio e que abastece o território militarmente, assim como o Hezbollah.

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Em transmissão televisionada do encontro, Netanyahu disse que Israel teme uma abertura de uma "frente do terror" nas Colinas de Golã se o Hezbollah obtiver as armas sofisticadas atualmente em posse síria.

Israel tomou, da Síria, as Colinas de Golã em 1967, durante a Guerra do Oriente Médio, e as anexou ao seu território em 1981. A retirada dos israelenses do território é vista como chave para qualquer acordo de paz entre os dois países. Fonte: Associated Press.

O bloco de seis países árabes do Golfo Pérsico liderado pela Arábia Saudita declarou nesta quarta-feira o Hezbollah uma organização terrorista. O anúncio eleva a pressão sobre o grupo militante libanês, que luta na Síria ao lado do presidente Bashar al-Assad.

A decisão do Conselho de Cooperação do Golfo é tomada menos de duas semanas após a Arábia Saudita anunciar o corte de US$ 4 bilhões em ajuda para as forças de segurança libanesas. O reino e outros Estados do Golfo recomendaram que seus cidadãos deixem o Líbano, em um revés para a indústria do turismo no país.

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Um comunicado do secretário-geral do conselho, Abdullatif al-Zayani disse que o bloco decidiu implementar a designação de terrorista por causa dos atos hostis do Hezbollah contra integrantes do grupo. A autoridade disse que a designação vale para o grupo militante, bem como para seus líderes, suas facções e seus afiliados.

Al-Zayani acusou o Hezbollah de buscar novos integrantes dentro dos países do Golfo. Também disse que o grupo incita a desordem e a violência.

O Conselho de Cooperação do Golfo é formado por Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait, Catar,

Bahrein e Omã.

O movimento xiita do Hezbollah possui tanto um braço político quanto um militar. O Líbano sofreu uma série de ataques militantes nos últimos anos ligados à guerra na vizinha Síria.

Os EUA já consideram o Hezbollah um grupo terrorista. A União Europeia, por sua vez, lista apenas o braço militar do grupo como uma organização terrorista.

A decisão anunciada nesta quarta-feira pelos países do Golfo reflete as maiores divisões regionais entre a Arábia Saudita, sunita, e o Irã xiita, que apoia o Hezbollah. Fonte: Associated Press.

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