Situação em Gaza é 'catastrófica', alertam agências da ONU
A Faixa de Gaza, um território estreito com 362 km², está sob um "cerco total" imposto por Israel desde 9 de outubro, que cortou o fornecimento de água, eletricidade e alimentos
A situação humanitária na Faixa de Gaza é "catastrófica", alertaram neste sábado (21) cinco agências da ONU, onde os hospitais estão lotados e as crianças morrem "a um ritmo alarmante".
A Organização Mundial da Saúde, o Programa Alimentar Mundial, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Fundo das Nações Unidas para a População recordaram em um comunicado que a situação humanitária em Gaza já era "desesperadora" antes do conflito desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestino Hamas em Israel, em 7 de outubro.
"Agora é catastrófica", disseram as agências, pedindo à comunidade internacional que "faça mais" para ajudar os moradores de Gaza.
"O tempo está se esgotando antes que as taxas de mortalidade disparem devido ao surgimento de doenças e à falta de capacidade de cuidados médicos", alertam.
A Faixa de Gaza, um território estreito com 362 km², está sob um "cerco total" imposto por Israel desde 9 de outubro, que cortou o fornecimento de água, eletricidade e alimentos.
De acordo com estas agências da ONU, "as crianças estão morrendo a um ritmo alarmante, privadas de seus direitos à proteção, à alimentação, à água e aos cuidados médicos".
"Os hospitais estão lotados de feridos. Os civis têm cada vez mais dificuldade em ter acesso a alimentos essenciais", acrescentam.
Neste sábado, um primeiro comboio de ajuda humanitária de 20 caminhões, segundo a ONU, procedente do Egito, entrou pela passagem de Rafah, em Gaza, a única porta de entrada que não é controlada por Israel.
No entanto, para a ONU, esta quantidade é insuficiente e a organização pede pelo menos 100 caminhões por dia para os 2,4 milhões de habitantes de Gaza privados de tudo.
Segundo autoridades de Israel, mais de 1.400 pessoas morreram em território israelense desde que o Hamas lançou sua ofensiva, a maioria eram civis que foram mortos no primeiro dia do ataque. Cerca de 1.500 combatentes do grupo islamita foram mortos na contraofensiva lançada pelo Exército de Israel, informou esta força de segurança.
O movimento palestino mantém mais de 200 pessoas em cativeiro.
Já em Gaza, mais de 4.300 palestino, majoritariamente civis, morreram nos constantes bombardeios de represália israelenses, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.