Biden não participará da COP28
Quase 70.000 pessoas, incluindo líderes de vários países e o papa Francisco, devem comparece à COP28, que começa na próxima quinta-feira
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não participará da reunião de cúpula das ONU sobre as mudanças climáticas em Dubai, depois de comparecer por dois anos seguidos ao evento com o objetivo de ressaltar a liderança americana.
Quase 70.000 pessoas, incluindo líderes de vários países e o papa Francisco, devem comparece à COP28, que começa na próxima quinta-feira (30) e pode ser a maior reunião sobre o clima da história das Nações Unidas.
As agendas publicadas pela Casa Branca para Biden e a vice-presidente Kamala Harris não mostram viagens a Dubai esta semana.
Os compromissos de Biden incluem uma viagem ao estado do Colorado para destacar os investimentos em energia eólica, uma reunião com o presidente de Angola e a iluminação da árvore de Natal da Casa Branca.
Um funcionário do governo confirmou que Biden não planeja viajar à COP28 esta semana nem em uma etapa mais avançada da reunião, que termina em 12 de dezembro.
A fonte, que pediu anonimato, disse que a administração Biden ainda discute o envio de um representante de alto escalão à cidade dos Emirados Árabes Unidos.
John Kerry, enviado climático dos Estados Unidos, ex-secretário de Estado e senador, coordenará a delegação americana nas negociações da COP28.
O funcionário não apresentou explicações sobre a decisão de Biden, que se concentra há mais de um mês na guerra entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas e também tenta destacar a agenda interna a menos de um ano das eleições presidenciais.
Antes das viagens de Biden, não era habitual que o presidente dos Estados Unidos participasse das reuniões do clima da ONU.
Em 2021, Biden viajou a Glasgow para prometer que os Estados Unidos retomariam um papel de liderança no tema, depois que seu antecessor Donald Trump retirou o país do Acordo do Clima de Paris.
Biden também compareceu à COP27, ano passado, em Sharm el Sheikh, Egito.
O democrata priorizou o clima na política nacional, com a chamada Lei de Redução da Inflação, que canaliza bilhões de dólares para a economia verde, incluindo incentivos para automóveis elétricos.