Demóstenes se diz vítima de uma campanha difamatória
O senador goiano fez um pronunciamento nesta terça-feira, no Plenário do Senado
O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) proferiu, nesta terça-feira (3), o segundo de uma série de discursos que fará no Plenário do Senado até o dia 11, quando os senadores deverão decidir se ele perde ou não o mandato. Mais uma vez, o parlamentar goiano questionou a autenticidade das escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal e a consequente divulgação na mídia.
Assim como no pronunciamento feito nessa segunda, Demóstenes se diz vítima de uma campanha difamatória. “A fúria punitiva exige não a elucidação do caso, mas a eliminação do meu mandato”.
Ele seguiu questionando a legalidade das escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmando que houve edição nos áudios. “Perícia não é uma modalidade de enrolação da defesa”, disse. Sobre os trechos em que pediria R$ 3 mil para o frete de um avião, ele afirma que houve fraude nas transcrições, citando as conclusões do perito forense Joel Ribeiro Fernandes: “sua manifestação é de que há ausência de autenticidade. Há fartas evidencias de montagens e edições”.
Segundo ele, as gravações telefônicas foram montadas para render manchetes. Em seguida, ele acusou a mídia de querer o furo de reportagem e não apurar os fatos. Ele concluiu afirmando que está sendo usado como bode expiatório e apelando para que os senadores votem contra a cassação. “Sou inocente e o tempo provará isso. Quero tempo necessário para poder provar a minha inocência”.