Tópicos | CPI do Cachoeira

 

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Por 21 votos a 7, os integrantes da Comisssão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira aprovaram o relatório paralelo do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF), encerrando os trabalhos da comissão depois de oito meses.

O texto aprovado tem apenas uma página e meia e não indicia ninguém. O voto não cita nenhum nome de pessoas investigadas, mas critica o trabalho da comissão e pede que todos os documentos recolhidos, inclusive os sigilos bancários e telefônicos, sejam encaminhados ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, para que as investigações sejam aprofundadas. Luiz Pitiman defendeu o relatório por dar andamento ao que já foi feito. "Penso que a única solução seria encaminhar todos os trabalhos realizados pela CPI para o Ministério Público Federal", indica o texto.

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Segundo ele, com a aprovação, a CPMI chegou a um resultado. "Uma página e meia com encaminhamento de tudo. Nós poderemos sim, nessas duas instituições (PF e MP), separados do calor político, separados da questão do momento, termos todas as condições de que haja realmente a continuidade das investigações", declarou.

A decisão de envio os documentos para o MPF foi criticada pelo deputado Silvio Costa (PTB-PE). "Isso já veio de lá. Isso é a maior piada que eu já ouvi, uma brincadeira. Não dá para transformar a CPI numa papagaiada dessas", frisou. Já o deputado Armando Vergílio (PSD-GO) disse que novas informações foram coletadas pela comissão, como as quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico de diversos investigados. Segundo ele, o texto conseguiu reunir o pensamento da CPI, para que a comissão não passe em branco.

Mais cedo, a comissão rejeitou o relatório do deputado Odair Cunha, por 18 votos a 16. Em mais de cinco mil páginas, ele acusava 41 pessoas por relação com as ações ilícitas da organização criminosa chefiada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Odair pediu o indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de outras 12, que têm foro privilegiado.

Com a rejeição do parecer do relator, o voto em separado de Luiz Pitiman tornou-se o relatório final.

Depois de três semanas de discussões, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira rejeitou o relatório do deputado Odair Cunha, por 18 votos a 16. Nesta terça-feira (18), os parlamentares estão reunidos na última reunião da CPI.

O relatório acusava 41 pessoas por relação com as ações ilícitas da organização criminosa chefiada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Odair pediu o indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de outras 12, que têm foro privilegiado.

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O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) reafirmou a insatisfação com o texto. "A CPI terminou onde deveria começar, mas a blindagem e estabeleceu, para proteger o governo federal", afirmou. Apesar de não considerar o conteúdo do relatório completo, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) considerou que o melhor teria sido aprovar o parecer de Odair Cunha, para que a CPMI não terminasse sem relatório.

Ainda nesta terça, serão analisado os votos em separado apresentados pelo senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), pelos deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Rubens Bueno (PPS-PR) e Luiz Pitiman (PMDB-DF) e pelo PSDB.

Reunida nesta terça-feira (18), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira irá enviar todos os documentos e quebras de sigilo para o Ministério Público Federal de Goiás e para a Procuradoria Geral da República. O pedido foi feito pelo relator, o deputado Odair Cunha (PT-MG), e foi aprovado por unanimidade.

Ainda hoje deverá ser votado o relatório final, que foi apresentado há três semanas, mas ainda não foi aprovado por falta de consenso. Se os parlamentares não entrarem em acordo, a comissão ficará sem relatório final, porque o prazo para encerramento dos trabalhos acaba no próximo sábado (22).

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O relatório acusa 41 pessoas. Do total, 29 poderão ser indiciadas e outras 12, responsabilizadas, por terem foro privilegiado. Todas as pessoas tiveram relação com o esquema ilegal de Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro, pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

Depois de divergências sobre o relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG) e a leitura de cinco votos em separado e sugestões ao relator, o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), marcou a sessão de votação para a próxima terça-feira (18). O texto final deve ser votado na ocasião, dias antes do prazo final para o término dos trabalhos, no dia 22 de dezembro.

Odair Cunha já adiantou que, mesmo com a inclusão das observações feitas durante a reunião desta terça-feira (11), não haverá mudanças substanciais no relatório final. "Muito do que foi apresentado nos votos em separado e sugerido pelos parlamentares já está no meu relatório, que englobou tudo o que foi investigado pela CPMI", declarou Cunha.

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Ele precisará fazer uma terceira versão do texto (as duas anteriores tinham mais de cinco mil páginas). No início da sessão desta terça, os parlamentares apontaram erros na segunda versão. O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) apontou que em duas páginas, o relatório mantinha o pedido de indiciamento do jornalista da Veja, Policarpo Júnior. Em seguida, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apontou citações ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “O relatório não elimina do texto as adjetivações maldosas feitas ao procurador-geral da República. Nós não estamos prontos para deliberar sobre o relatório”, considerou o senador.

Odair Cunha tinha dito anteriormente que retiraria do relatório os pedidos de indiciamento de Policarpo Júnior e de outros quatro jornalistas e de investigação da conduta de Roberto Gurgel. Na sessão desta terça, ele reafirmou a intenção e considerou as citações reclamadas como "erros materiais".

Votos

Cinco votos em separado foram apresentados nesta terça. O primeiro foi o do PPS, lido pelo deputado Rubens Bueno (PR). O documento critica o relator por deixar de fora governadores que supostamente teriam ligações com contraventor Carlinhos Cachoeira ou com a empreiteira Delta e pede a inclusão do pedido de investigação dos governadores Agnelo Queiroz (DF), Sérgio Cabral (RJ), Siqueira Campos (TO) e Sinval Barbosa (MT). Odair Cunha incluiu apenas o chefe do Executivo de Goiás, Marconi Perillo.

"Supostamente envolvidos no escândalo, [eles] foram blindados pelas forças governistas. Os requerimentos de convocação foram sistematicamente rejeitados", diz um trecho do texto, que também pede a investigação de empresas fantasmas, suspeitas de serem usadas no esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha.

O voto do DEM também pede a apuração das denúncias contra 18 empresas, não investigadas pela CPMI, que teriam recebido R$ 421,6 milhões da Delta. “A comissão parou onde deveria começar, abdicou da responsabilidade de investigar”, frisou Álvaro Dias.

O PSDB também pediu a investigação das empresas laranja, além do indiciamento do  ex-ministro da casa civil, José Dirceu, entre outras pessoas.

O senador Randolfe Rodrigues também apresentou o voto em separado, ressaltando a necessidade de investigar a atuação da organização criminosa de Cachoeira no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

A última apresentação foi do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF). Ele defendeu a criação de uma comissão de deputados e senadores para acompanhar os desdobramentos das investigações do Ministério Público e da Polícia Federal a partir das conclusões da CPMI.

Relatório

Ao todo, o relatório do deputado Odair Cunha acusa 41 pessoas: 29 foram indiciadas e 12, por terem foro privilegiado, foram responsabilizadas. Nesse último caso, caberá ao Ministério Público Federal analisar se haverá inquérito ou ação penal. Todos os listados são acusados de ter ligação direta com o esquema ilegal de Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar uma quadrilha ligada à exploração de jogos ilegais, envolvendo servidores públicos.

Cunha faz diversas recomendações para que o Ministério Público aprofunde as investigações e prepare as denúncias à Justiça. Na semana passada, Cachoeira voltou a ser preso após ser  condenado a 39 anos de prisão pela Justiça de Goiás.

Com informações da Agência Brasil.

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), anunciou agora há pouco que a votação do parecer do relator Odair Cunha (PT-MG) será adiada. O motivo foi a ocorrência de erros na nova versão do texto, que tem mais de cinco mil páginas.

Logo no início da sessão desta terça-feira (11), o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) apontou que em duas páginas, o relatório mantinha o pedido de indiciamento do jornalista da Veja, Policarpo Júnior. Em seguida, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apontou citações ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “O relatório não elimina do texto as adjetivações maldosas feitas ao procurador-geral da República. Nós não estamos prontos para deliberar sobre o relatório”, considerou o senador.

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Odair Cunha tinha dito anteriormente que retiraria do relatório os pedidos de indiciamento de Policarpo Júnior e de outros quatro jornalistas e de investigação da conduta de Roberto Gurgel. Na sessão desta terça, ele reafirmou a intenção e considerou as citações reclamadas como "erros materiais".

Diante das reclamações, o senador Vital do Rêgo anunciou que a votação seria remarcada para outra data oportuna e que a sessão deste terça será reservada para a apreciação dos votos em separado e de outras 13 sugestões ao relatório de Odair Cunha. Os votos em separado foram apresentados pelo PPS, PSDB, DEM e pelo deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF).

A CPMI do Cachoeira tem até o dia 22 de dezembro para encerrar os trabalhos. É necessária a aprovação de maioria simples dos 36 integrantes para o texto final da CPI. Quando for aprovado, o relatório seguirá para o Ministério Público Federal, Receita Federal, Tribunal de Contas da União e Justiça Federal.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira tem reunião marcada nesta terça-feira (11), para a discussão e votação do parecer do relator Odair Cunha (PT-MG). A votação estava marcada para semana passada, mas foi adiada a pedido de lideranças partidárias, já que as atenções estavam voltadas para investigações da Operação Porto Seguro da Polícia Federal.

Outro motivo para o adiamento foi o pedido de vistas ao relatório, que contem 5.100 páginas. No final de novembro, Odair Cunha apresentou uma nova versão do relatório, em que retirou o pedido de indiciamento de jornalistas e de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

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Após as alterações, o parecer final pede o indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de 12 agentes com foro privilegiado na Justiça.

O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), formalizou a retirada do seu relatório final do pedido de indiciamento de cinco jornalistas e a sugestão para que o procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, seja investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Com a retirada dos dois itens polêmicos, Cunha espera conseguir aprovar o restante do relatório, que tem 5.100 páginas. Ele não aceitou o acordo de procedimentos acertado pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que permitia a derrubada de partes do relatório pelo voto dos integrantes da comissão de inquérito. "Não aceito esse acordo. Quem discordar do meu relatório terá que votar contra todo o relatório", disse Cunha, logo depois anunciar a retirada dos pontos polêmicos.

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O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), admitiu nesta terça-feira (27) retirar de seu parecer o pedido de indiciamento de cinco jornalistas e a sugestão para que o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, seja investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Segundo Cunha, esses dois itens são "secundários" e poderão sair se houver compromisso de aprovação de seu relatório final.

"A questão do Procurador e da imprensa são irrelevantes, acessórios. Não são questões centrais no relatório", afirmou Cunha. Ele se reúne nesta terça, às 18 horas, com integrantes da base aliada na CPI do Cachoeira para tentar negociar a aprovação de seu relatório. A votação do texto final só deverá ocorrer na próxima semana. Cunha irá ler um sumário com cerca de 300 páginas de seu relatório na quarta-feira, quando irá bater o martelo sobre a retirada ou não do indiciamento da imprensa e da proposta de investigação do procurador-geral pelo CNMP.

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Mesmo com o recuo, Cunha deverá enfrentar dificuldades para aprovar seu parecer final com as conclusões da CPI do Cachoeira. Parte da base aliada é contra o pedido de indiciamento de Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta. O PSDB é contra o pedido de indiciamento do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, em seis crimes.

O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira deve ser apresentada nesta quarta (28), após dois adiamentos da leitura. O relator, o deputado Odair Cunha (PT-MG), deverá ler um resumo, já que o relatório tem 5.100 páginas.

Até quarta, Cunha pretende continuar conversando com os integrantes da comissão, a fim de chegar a um consenso. "Não jogarei fora o que escrevi. Pretendo continuar dialogando com o conjunto dos membros da comissão", disse. Odair Cunha admite que possa haver alterações no texto, mas não adiantou que mudanças no relatório poderão ser feitas.

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O relatório foi muito criticado pelos parlamentares. Alguns deles foram à Procuradoria-Geral da República na sexta-feira (23) e protocolaram uma representação para que o Ministério Público aprofunde as investigações sobre o caso e apure as possíveis irregularidades que não foram apreciadas pela comissão. "Sempre há espaço para investigação. Como o Congresso Nacional se omitiu da sua obrigação constitucional, o Ministério Público poderá aprofundar a análise dos crimes cometidos não só no âmbito do Centro-Oeste, mas em todo o Brasil", avaliou o senador Pedro Taques (PDT-MT).

O PSDB também já compareceu à Procuradoria para que o MPF investigue a relação da Delta com 29 empresas de fachada que supostamente integravam o esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira.

Desde o início da comissão, a relatoria e a presidência da CPMI tem sido acusada de direcionar os trabalhos por critérios partidários. Mesmo a possibilidade de alterar o relatório não contém os ânimos. "O que ele [o relator] vai fazer? Retirar o pedido de investigação contra o procurador-geral da República? Se o fizer vai se desmoralizar. O relatório é incorrigível. A investigação foi pessoal, direcionada e restrita. Não se apresenta relatório com essa intranquilidade. Demonstra insegurança e falta de compromisso com conteúdo", acusou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

Já o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) aprovou o adiamento da apresentação. "Se temos a chance de aprovar um relatório que mais se aproxime do pensamento médio dos integrantes da comissão, não acho que seja questão de insegurança", argumentou.

Entre as críticas sobre o relatório está a responsabilização do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), além do fato de o relator ter poupado o chefe do Executivo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Odair Cunha também pediu que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) investigue a suposta demora do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em abrir investigação para apurar o elo do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos de Goiás.

A votação não deverá ser seguida da apresentação, já que alguns parlamentares já sinalizaram a intenção de apresentar voto em separado e pedir vista do texto do relator.

Com três dias de atraso, o PT saiu nesta sexta-feira (23) em defesa do relatório apresentado pelo deputado Odair Cunha (PT-MG) com as conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira. Nota assinada pelo líder do partido na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), rebateu as críticas feitas ao documento de mais de cinco mil páginas, que propõe o indiciamento de 46 pessoas, e foi divulgado na madrugada de terça-feira.

Ao sair em defesa de Cunha, Tatto contestou as acusações feitas pelo governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, que divulgou nota na quinta-feira com críticas pesadas ao relator. Cunha propôs o indiciamento do tucano por seis crimes. Para Tatto, a reação de Perillo é uma "tentativa desesperada de salvar seu mandato e seu governo, em razão dos vínculos estreitos e perigosos mantidos com a organização criminosa chefiada por Cachoeira".

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"O relatório demonstra com riqueza de detalhes, substanciado em provas amealhadas pela Polícia Federal durante vários meses de investigação e em documentos em poder da CPMI, que o governador Marconi Perillo havia firmado, já durante a campanha que o levou ao governo de Goiás, uma verdadeira parceria política e econômica com a sociedade Delta/Carlos Cachoeira naquele Estado", escreveu Tatto.

Na quinta, Perillo divulgou nota em que acusa Odair Cunha de ter produzido "uma peça de ficção elaborada exclusivamente como instrumento de vingança"."Não há revanchismo, perseguição ou espírito de vingança por parte do relator. O relatório final da CPMI retrata uma situação que já se mostrava pública. Caberá agora ao governador explicar à sociedade brasileira o motivo que levou seu governo ser partilhado e, em grande parte, conduzido efetivamente pelo chefe de uma das maiores organizações criminosas já estruturadas no país", rebateu nesta sexta o líder petista, na nota.

Em nota, o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmou que o relatório final da CPI é uma ação do PT para se defender após o julgamento do mensalão. Para ele, há uma "ação deliberada" contra o PSDB e o governador Perillo. Guerra criticou ainda o pedido de investigação do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, e o indiciamento do jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja. Para ele são "retaliações puras e simples".

"A CPI do Cachoeira tomou um rumo incoerente e sinuoso, cujo o resultado é a não investigação. O relatório final apresentado é uma colcha de retalhos na qual fica reproduzida uma ação deliberada contra o PSDB e o governador Marconi Perillo, em meio à proteção dos verdadeiros envolvidos no escândalo, que começa no contraventor Carlos Cachoeira e avança para as múltiplas intervenções da Construtora Delta pelo Brasil afora", afirmou o presidente do PSDB.

O contraventor Carlinhos Cachoeira rompeu o silêncio na tarde desta sexta-feira (23) e disse a jornalistas que vai falar "na hora certa". "Vou colocar os pingos nos 'is'", afirmou momentos antes de entrar em uma casa em Anápolis, no interior de Goiás, para onde viajou para visitar o túmulo da mãe.

A breve entrevista de Cachoeira durou menos de três minutos. Ele disse estar passando por um momento difícil e negou que tenha feito festas após ter deixado a prisão nesta semana. "Não é momento de festa. Não fiz festa em casa anteontem. É momento de luto. Perdi minha mãe, perdi um irmão, não de sangue, mas considerava um irmão mais velho."

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Investigado por duas operações da Polícia Federal, Cachoeira é acusado de comandar esquema de jogo ilegal em Goiás e por participar de fraudes em contratos com órgãos públicos. Segundo ele, as teses que sustentam as acusações são "maliciosas" e qualificou como "estrelismo" a atuação do Ministério Público no caso. "É estrelismo. Os grampos são ilegais. O Ministério Público não vai mais fazer estrelismo", afirmou. Ele afirmou ter perdido 13 quilos durante o tempo que esteve preso. Cachoeira prometeu falar futuramente com a imprensa sobre o caso na presença de seus advogados. "Vou falar a história toda. O povo goiano vai ter orgulho de mim."

O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, criticou o desfecho da CPI do Cachoeira dizendo que o relatório final - do deputado federal Odair Cunha (PT-MG) - é uma "ação deliberada contra o PSDB e o governador Marconi Perillo (GO)" e uma tentativa de o PT se defender do envolvimento de petistas com a construtora Delta - um dos pivôs do escândalo.

"O relatório final apresentado é uma colcha de retalhos na qual fica reproduzida uma ação deliberada contra o PSDB e o governador Marconi Perillo, em meio à proteção dos verdadeiros envolvidos no escândalo", afirmou o presidente tucano, por meio de nota oficial do partido distribuída a imprensa. Para Guerra, além de servir para abafar o mensalão, o relatório final busca barrar investigações que relacionem a construtora Delta ao governo federal, comandado pelo PT. A Delta realiza uma série de obras licitadas pela União.

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"É claro que esse relatório nada mais é do que um produto da ação do Partido dos Trabalhadores (PT) para se defender do seu amplo comprometimento com o mensalão e do receio de que a investigação da CPI do Cachoeira pudesse chegar até o campo do maior contratante da Construtora Delta: o governo federal", disse o deputado.

Guerra fez coro às declarações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de que o pedido para investigá-lo é "retaliação" por sua ação no caso do mensalão. "As iniciativas contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, são retaliações puras e simples", avaliou Guerra.

Sobre o pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, para acelerar o início dos depoimentos de envolvidos no caso conhecido como mensalão mineiro, que envolve o ex-governador de Minas Gerais e atual deputado federal do PSDB, Eduardo Azeredo, Guerra disse que o partido é favorável a "toda e qualquer investigação". " O PSDB é a favor de toda e qualquer investigação, seja determinada pelo Supremo Tribunal Federal ou em qualquer outra instância do Judiciário. Essa questão não nos diz respeito. Não procurem o PT no PSDB, porque não vão encontrá-lo", concluiu.

A juventude do PSDB também emitiu nota criticando as declarações a favor de José Dirceu dadas pelo presidente da União Nacional do Estudantes (UNE), Daniel Iliescu. "Pela primeira vez, vimos a Suprema Corte brasileira enfrentar de fato os poderosos e puni-los conforme os rigores da lei. Se mais este escândalo do PT passar impune, os brasileiros perderão a fé na democracia", disse Marcello Richa, presidente nacional da juventude tucana.

Um grupo de parlamentares integrantes da CPMI do Cachoeira  protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República, para que o Ministério Público aprofunde as investigações sobre o caso e apure as possíveis irregularidades que não foram apreciadas pela comissão.

Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Taques (PDT-MT) e Pedro Simon (PMDB-RS) e os deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Ônix Lorenzoni (DEM-RS) foram recebidos pelo procurador-geral, Roberto Gurgel.

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"Sempre há espaço para investigação. Como o Congresso Nacional se omitiu da sua obrigação constitucional, o Ministério Público poderá aprofundar a análise dos crimes cometidos não só no âmbito do Centro-Oeste, mas em todo o Brasil", avaliou Pedro Taques. Pedro Simon também criticou o desfecho da CPMI: "A hora é histórica; mas infelizmente o Congresso, depois de marcar um ponto positivo com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, promove uma CPI com um relatório de mentirinha, perdendo a oportunidade de apanhar um corruptor, o que seria inédito".

O documento, de quase 90 páginas, pede um detalhamento sobre a relação de Cachoeira com o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, com os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB); de Tocantins, Siqueira Campos (PSDB) e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Os parlamentares também pedem a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de 15 empresas tidas como fantasmas, que teriam recebido dinheiro da Delta.

O procurador Roberto Gurgel afirmou que as informações contidas na representação deverão auxiliar o MP em novas frentes de investigação.

O PSDB também já protocolou uma representação para que a Procuradoria amplie as investigações.

Com informações da Agência Senado.

Apesar de o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira já estar disponível aos parlamentares, a leitura do documento em sessão foi adiada mais uma vez. O relator, o deputado Odair Cunha (PT-MG), pretende fazer a apresentação na próxima quarta-feira (28).

Até lá, ele pretende conversar com os integrantes da comissão, a fim de chegar a um consenso. "Não jogarei fora o que escrevi. Pretendo continuar dialogando com o conjunto dos membros da comissão", disse. Odair Cunha admite que possa haver alterações no texto, mas não quis falar sobre o conteúdo das mudanças no relatório, que tem 5.100 páginas.

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Mais uma vez, a decisão de adiar a leitura gerou críticas. "O ele vai fazer? Retirar o pedido de investigação contra o procurador-geral da República? Se o fizer vai se desmoralizar. O relatório é incorrigível. A investigação foi pessoal, direcionada e restrita. Não se apresenta relatório com essa intranquilidade. Demonstra insegurança e falta de compromisso com conteúdo", acusou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

Já o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) aprovou o adiamento. "Se temos a chance de aprovar um relatório que mais se aproxime do pensamento médio dos integrantes da comissão, não acho que seja questão de insegurança", argumentou.

Desde o início dos trabalhos, a relatoria e a presidência da CPMI tem sido acusada de direcionar os trabalhos por critérios partidários. O PSDB elaborou uma espécie de relatório paralelo e protocolou uma representação para que a Procuradoria-Geral da República investigue a relação da Delta com 29 empresas de fachada que supostamente integravam o esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira.

Entre as críticas sobre o relatório está a responsabilização do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), além do fato de o relator ter poupado o chefe do Executivo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Odair Cunha também pediu que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) investigue a suposta demora do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em abrir investigação para apurar o elo do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos de Goiás.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse no início da tarde desta quinta-feira (22) que considera "retaliação" o pedido de indiciamento de seu nome no relatório final da CPI do Cachoeira. Ele avalia que essa solicitação é uma resposta de petistas à sua atuação frente às denúncias do mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal. "Caso se concretize (o indiciamento), eu considero, sim, isso uma retaliação", afirmou Gurgel.

O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), pressionado pela cúpula do PT, propõe em seu parecer que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Cunha traz o relatório final com a proposta de indiciamento de 46 pessoas envolvidas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

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No relatório, Odair Cunha alega que Gurgel suspendeu "sem justificativa" as investigações da Operação Vegas, ação da Polícia Federal iniciada em 2009, que apontou os primeiros indícios de ligação do contraventor com parlamentares, entre eles o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO).

Durante os trabalhos da comissão, Gurgel informou à CPI que decidiu parar as investigações da Vegas para encontrar elementos mais fortes da atuação de Cachoeira. Segundo o procurador-geral, isso só ocorreu quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira em 29 de fevereiro. A leitura do parecer de Cunha estava prevista para esta quinta, mas foi adiada para a próxima semana, e deve ocorrer na quarta-feira (28).

O relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), dedicou 349 páginas de seu relatório ao envolvimento de profissionais de mídia com a organização do contraventor Carlos Cachoeira. No texto pede o indiciamento de cinco jornalistas e o aprofundamento de investigações sobre outros sete. A lista inclui autores de reportagens contra políticos do PT e aliados do governo que usavam a quadrilha como fonte.

Quase 85 páginas do capítulo são dedicadas ao redator-chefe da revista Veja e diretor da sucursal de Brasília da publicação, Policarpo Júnior, alvo de pedido de indiciamento por formação de quadrilha. Ele é autor de denúncias contra o ex-ministro José Dirceu e de reportagens como a que revelou corrupção no Ministério dos Transportes. As escutas da PF mostraram que o editor falava com Cachoeira sobre informações para suas investigações.

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Policarpo é descrito como um "jornalista pronto a atender aos desejos do bicheiro". Analisando diálogo em que Policarpo pede a Cachoeira que "levante umas ligações" sobre o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), o relator sugere que o editor estaria encomendando um grampo ou investigação que "poderia ou não caracterizar algum delito". Em um outro ponto, cita pedido do contraventor para que fosse publicada uma nota em uma coluna da revista. O e-mail foi mandado, mas o texto não foi publicado.

Os outros indiciados são Wagner Relâmpago (formação de quadrilha), da TV Brasília; Patrícia Moraes, do jornal Opção de Goiás; Carlos Antônio Nogueira, do jornal O Estado de Goiás, e João Unes, do jornal online A Redação.

O relator descreveu as relações do grupo de Cachoeira e seus aliados com os jornalistas Cláudio Humberto, Jorge Kajuru, Mino Pedrosa, Magnho José, Renato Alves, Luiz Costa Pinto e Eumano Silva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), acusou nesta quarta-feira (21) o relator da CPI do Cachoeira, deputado federal Odair Cunha (PT-MG), de querer prejudicá-lo por ter feito "uma denúncia relativa ao mensalão" em 2005. O tucano deve decidir nesta quinta-feira se vai procurar a Justiça para evitar o indiciamento pretendido pelo petista em seu relatório, segundo informação de sua assessoria de imprensa.

"O relator, que é ligado a um partido político, tem um único objetivo: me prejudicar politicamente, porque lá atrás eu fiz uma denúncia relativa ao mensalão", disse Perillo, ao visitar nesta quarta um hospital de Goiânia. Em 2005, quando o escândalo da compra de apoio político ao governo Luiz Inácio Lula da Silva veio a público, o tucano exercia o mandato de senador e disse ter alertado o então presidente sobre o esquema.

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"Os envolvidos no mensalão estão sendo condenados. Eu tinha razão quanto a isso", disse Perillo. "O que não pode é essa tentativa de vingança permanente. O que algumas pessoas querem, nesse momento, é tentar politizar e prejudicar alguns por serem adversários."

No relatório, Cunha atribui cinco crimes a Perillo, incluindo formação de quadrilha, corrupção passiva e tráfico de influência. O governador é suspeito de ligação com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A Polícia Federal chegou a interceptar uma ligação de Perillo ao contraventor, para desejar feliz aniversário - o tucano nega ter ajudado o esquema de Cachoeira em seu governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O líder do PSDB no Senado, senador Alvaro Dias (PR), acusou nesta quarta-feira (21) o relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), de se limitar a repetir no seu parecer dados já investigados pela Polícia Federal e Ministério Público e de bloquear o suposto envolvimento dos governos federal e do Rio de Janeiro no repasse ilegal de recursos para a Construtora Delta.

Ele disse que a Delta cresceu de forma extraordinária nos últimos anos, "alavancada por contratos generosos que tiveram origem no tráfico de influência, que produziu licitações fraudadas, aditivos ilegais e até mesmo contratos para realização de obras sem licitação pública". "É uma imoralidade", destacou. "Procurou-se armar uma blindagem intransponível para poupar o governo do Rio de Janeiro, para poupar o governo da União...o roubo, o assalto aos cofres públicos fica impune", disse da tribuna do Senado.

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O líder entende que o relatório de Odair Cunha representa "o enterro de terceira categoria da CPI". "A comissão cuidou apenas de eleger alguns alvos preferenciais com objetivo de desgastar político partidariamente e não de oferecer ao País perspectivas de que estamos realmente combatendo a corrupção no Brasil", justificou. Em aparte, o senador Pedro Taques (PDT-MT) endossou a tese de que a CPI não avançou em nada. "Nós iniciamos com pessoas presas. Hoje o Cachoeira está solto, quem sabe tomando um vinho de R$ 5 mil à beira de uma piscina, piscina aquecida, deve estar lá tranquilo", argumentou. Taques disse que as conclusões do trabalho confirmam a tese de que se tratou da CPI da Vingança.

"Vingança ao Procurador Geral da República, quem sabe até em razão do caso do mensalão; vingança a jornalistas e, hoje, neste derradeiro dia o corpo foi enterrado, mas o seu cheiro está podre ainda e este cheiro ainda está exalando pelo Senado como um todo". O senador concordou com Alvaro Dias quanto à acusação de que o relator se limitou a repetir medidas já adotadas pela PF e Ministério Público Federal contra aqueles que já respondem a inquéritos, como é o caso do governador de Goiás, Marconi Perillo.

O líder do PSDB cobrou do relator da CPI procedimentos que deveriam ter sido adotados, como a quebra dos sigilos bancário e fiscal de empresas fantasmas que funcionam como braços financeiros da Delta. "Obviamente, não estamos asseverando que R$ 12 bilhões foram subtraídos dos cofres públicos desonestamente, mas estamos afirmando convictamente que boa parte desses recursos foi sacada dos cofres públicos desonestamente", acusou, referindo aos valores movimentados pela Delta nos últimos anos.

Pelo pouco que a investigação avançou, ele disse ter ficado provado que a matriz do esquema de corrupção do contraventor Carlinhos Cachoeira é a empresa Delta. "Ainda assim, o relatório de mais de 5 mil páginas de Odair Cunha não chegou ao essencial, limitando-se a incorporar o trabalho realizado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, em razão das operações policiais efetuadas - Las Vegas, Monte Carlos e Saint Michel". "A CPI ficou restrita a fatos ocorridos no eixo Goiás-Tocantins, recusando-se a avançar além dos limites desta fronteira", reiterou. "E nós sabemos, e nós verificamos, e qualquer olhar sobre os fatos enfocados pela CPI vai confirmar que o que há de corrupção maior está além desta fronteira".

A defesa do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, terá cinco dias para recorrer da decisão que o condenou a cinco anos de prisão em regime semiaberto. A prisão foi decidida pela Justiça Federal do Distrito Federal, dentro do julgamento da operação Saint Michel. Na terça-feira (20), Cachoeira conseguiu suspender sua prisão e deixou o presídio da Papuda, em Brasília, onde estava desde fevereiro.

A Justiça do Distrito Federal mandou soltar Carlinhos Cachoeira no início da noite de terça, depois de nove meses de prisão. A juíza Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara Criminal de Brasília, revogou a prisão provisória imposta ao contraventor a partir da Operação Saint Michel, que apurou tentativa de fraude em licitação do governo local.

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Ao estabelecer a sentença na ação, no entanto, a juíza condenou Cachoeira a cinco anos de reclusão, mais 50 dias multa (cerca de R$ 3 mil) pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência. A mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, chegou por volta das 23 horas de terça à penitenciária da Papuda. Da prisão, foram para Goiânia.

O advogado de Cachoeira, Antônio Nabor Bulhões, disse nesta quarta-feira (21) que entrará com uma petição de apelação e depois oferecerá as razões para questionar a decisão da Justiça. Bulhões disse que a operação Saint Michel, que apurou irregularidades na licitação do sistema de bilhetagem do transporte público do DF, não apresentou provas de que Cachoeira tenha integrado uma quadrilha, como avaliou a Justiça. "Afirmava-se que Carlinhos Cachoeira tinha tentado tomar de assalto a administração do Distrito Federal e nada disso se confirmou. A operação Saint Michel fez buscas e apreensões e efetuou quebra de sigilo, mas só verificou que havia a prospecção de um negócio para operar o sistema de transporte. Uma licitação estava aberta a qualquer grupo econômico interessado. Não houve formação de quadrilha ou tráfico de influência", disse o advogado. "Ontem fui certificado da revogação da prisão e agora terei cinco dias para entrar com a petição de apelação e oito dias para oferecer as razões dessa apelação. Poderei fazê-lo na primeira instância ou no tribunal".

Na interpretação do advogado, Cachoeira (que estaria na residência da família, em Goiânia) está em liberdade e não cumprindo pena em regime semiaberto. "Ele tem o direito de recorrer da sentença em liberdade e só estaria cumprindo a pena se a sentença tiver trânsito em julgado", disse o advogado.

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