Mariz vê indigência de provas por parte do MPF

O criminalista classificou de "indigência probatória" o memorial que a Procuradoria-Geral da República entregou ao STF

Agência Estadopor Agência Estado ter, 14/08/2012 - 10:00

O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira classificou de "indigência probatória" o memorial (documento final) que a Procuradoria-Geral da República entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF), dias antes do início do julgamento do mensalão. Defensor de Ayanna Tenório, ex-dirigente do Banco Rural e ré por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, Mariz enviou nesta segunda-feira (13) aos 11 ministros da Corte documento no qual sustenta que o Ministério Público Federal (MPF) faz menção ao fato de sua cliente ter sido punida administrativamente pelo Banco Central com reprimenda de um ano de inabilitação para gerir instituição financeira.

"No entanto, a decisão administrativa diz respeito a fatos que não estão em apuração na presente ação penal (mensalão)." O advogado trata com ironia e indignação o memorial do procurador-geral, Roberto Gurgel, que anexou documentos que nem sequer citam Ayanna. "Não há, em mais de 90% das folhas (do memorial) referência à acusada". "Indubitavelmente, não foi o objetivo do procurador induzir os ministros a erro", provocou Mariz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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