Mendonça afirma que haverá demissões na Chesf

Deputado fez o comentário após audiência com o Minstro Interino de Minas e Energia, Marcio Zimmermann

qua, 28/11/2012 - 18:24
André Nogueira/LeiaJaimagens

O deputado federal, Mendonça Filho (DEM), declarou que o esvaziamento da Companhia Hidro Eletrica do São Franscisco (Chesf) é um processo em curso no Governo Federal após a audiência desta quarta-feira (28) com o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. "A Chesf já perdeu autonomia. Um plano de enxugamento com demissão voluntária iria significar perda de pessoal qualificado, de excelência técnica e efetivar o esvaziamento", criticou Mendonça.



Durante a audiência, Zimmermann declarou que a renovação das concessões para o setor elétrico obedecerá regra única e que as empresas terão que passar por um processo de enxugamento de custos para se adequarem as exigências do governo. De acordo com Mendonça, o ministro não descartou um processo de demissão voluntária na Chesf.  



Para  desonerar o setor elétrico, Mendonça sugeriu ao ministro que o governo abra mão de impostos federais como os 9,5% do Pis/Cofins e contribuições sobre lucro. "Se é tão urgente desonerar o setor elétrico, porque não começar por aí, ao invés de sacrificar empresas com a importância da Chesf”, questionou.



Mendonça reforçou que o esvaziamento da Chesf significa perda no planejamento e nos projetos de engenharia no setor de energia, que sempre foram referência nacional. A mudança nas regras de concessão para empresas de energia vai impor à Chesf uma perda de R$ 7,3 bilhões em ativos não amortizados, investimentos feitos ao longo dos anos com hidrelétricas e linhas de transmissão. 



O parlamentar argumentou que o setor elétrico precisa de transparência, estabilidade e regras claras que não mudem de acordo com o humor dos governantes. "O país está pagando um preço alto pela falta dessas regras", disse Mendonça ao lembrar que a própria presidente Dilma (PT) chegou a afirmar, antes de ser eleita, que no Governo do PT não existiriam apagões no país. 



“A gestão petista do setor elétrico mostra exatamente o contrário. Os apagões  são frequentes e o setor, claramente, precisa de correção de rumo”, defendeu Mendonça.

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